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 | 30.1.04
 
 Que vêem aqui? Nâo é bela? Belíssima? Uma viola medieval.
 Imaginemos ouvir um fundo musical da época e um belo trovador a declamar uma cálida cantiga de amor.
 
 Trago aqui uma cantiga de inspiração espanhola que faz parte do Cancioneiro Geral:
 
 CanTYGUA  SUA  PARTINDOSSE
 
 de Joâo Rodrigues de Castelo Branco
 
 Senhora, partem tam tristes
 meus olhos por vós, meu bem,
 que nunca tam tristes vistes
 outros nenhuns por ninguem.
 
 Tam tristes, tam saudosos,
 tam doentes da partyda,
 tam cansados tam chorosos,
 da morte mays desejosos
 cem mil vezes que da vida.
 Partem tam tristes os tristes,
 tam fora desperar bem
 que nunca tam trystes vistes
 outros nenhuns por ninguem.
 
 
 As cantigas portuguesas (séculos XII a XIV) eram de quatro tipos: cantigas de amor, cantigas de amigo, cantigas de escárnio e cantigas de maldizer.
 As cantigas de amor eram de eu lírico masculino. O trovador falava de seu amor por uma dama (geralmente da corte, veladamente, para não a expor) e do tormento que esse amor lhe causava por não ser correspondido.
 As cantigas de amigo eam de eu lírico feminino (feitas por um trovador) em que  as preocupações da moça com o amigo eram contadas, às vezes, em forma de diálogo entre ela e a mãe, ou entre ela e a natureza. Tomavam nomes diferentes de acordo com o cenário em que eram compostas, podendo ser Alvas (amanhecer), Barcarolas (mar/destino:Cruzadas), Bailias (danças) e outras.
 As cantigas de escárnio eram de natureza satírica, envolvendo algum membro das Cruzadas sobre casos de deserção, por exemplo, mas em tom sempre velado.
 Finalmente, as cantigas de maldizer eram sátiras pesadas em que eram dados ícios claros da pessoa que se quer ofender, geralmente um senhor feudal, ou um político
 influente e malquisto.
 
 Apresento, como exemplo, uma canção de amigo do gênero barcarola:
 
 BARCAROLA
 
 Ondas do mar de Vigo,
 se vistes meu amigo!
 E ai, Deus, se verrá cedo!
 
 Ondas do mar levado,
 Se vistes meu amado!
 E ai, Deus, se verrá cedo!
 
 Se vistes meu amigo,
 o por que eu suspiro!
 E ai, Deus, se verrá cedo!
 
 Se vistes meu amado
 o por que ei gran cuidado!
 E ai, Deus, se verrá cedo!
 
 Martim Codax, apud Ernani Cidade
 
 Obs.  Para melhor apreensão do sentido da cantiga, entender o termo verra como virá e a expressão o por que como aquele por quem eu
 
 ******************
 
 "Sou feliz como um relâmpago no trigo"
 
 Vinte anos sem Cortázar
 
 
 ******************
 
 
 Boa- noite! Com belos sons de viola, intuídos.
 publicado 
            por Magaly Magalhães às 11:00 PM
 
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