Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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9.2.07
 

PRAIA DE PAJUÇARA / MACEIÓ


AVISANDO

Até que enfim, posso começar a procurar meu novo paradeiro.
Daí o aviso que anuncio: vou afastar-me da internet por um bom período para dar seguimento ao meu há 6 meses anunciado triplo programa.

Cirurgia feita, ap vendido, vem agora a procura de um imóvel menor, seguida de mudança, o que vai ocupar-me totalmente, levando em conta ainda que pretendo logo em seguida ir descansar um pouco em minha terra, aonde não vou desde 1996.
Vou ter muitas saudades, mas reconheço que este descanso junto aos meus é inadiável.

Estarei de volta queimadinha, falando mais arrastado ainda e feliz que nem um anjo para retomarmos o papo blogueiro.

Deixo sinais de reminiscências que me chamam pra lá.

ENCONTRO DA LAGOA MUNDAÚ COM O MAR



NA POEIRA DO TEMPO


Tudo está tão distante!
A casa e o quintal grandes
Os barulhos domésticos
As vozes familiares
Sol ? alegria certa
Chuva ? quietude triste
Em circulação tias-avós, tios,
Irmãos, primos, agregados
As gargalhadas felizes
As implicâncias por nada
As ordens mal percebidas
Nem sempre cumpridas
Minha irmã negra (inesquecível!)
A arquitetar maravilhas
Encenando conosco a cada ano
O pastoril do Natal
*-Boa-noite, meus senhores todos
Boa-noite, senhoras também
Eu peço palmas, peço fita e flores...*
Meus pais em idílio permanente
Nas horas de alegria
Ou em perigo iminente
Tudo agora é tão longínquo!
Pingos de chuva estalam no pátio
Molhando fundo o coração da gente
As vozes estão quase indistintas...
As imagens esgarçadas
Num horizonte sem volta
Da maioria, só a memória do ontem
Diluindo-se inapelavelmente no tempo...
No ar...

1997 / Rio

PERFIL


Pequena
Formosa
Suave
Maria


Caprichos
À parte
Sensível
Maria


Atuante
Pensante
Valente
Maria


Maria sem mágoas
Maria exemplo
Maria estandarte
De força e talento


Maria de um
Maria de tantos
Maria de todos
Por fé e por Deus


Bendita Maria
Que honra me deste!
Minha mãe Maria
Maria Elisabeth

1997 /Rio

SAUDADE


de seu jeito escondido de ser,
de sua humildade altiva,
de sua grandeza disfarçada,
de sua mania de doar-se,
de jamais pensar em si mesma,
de viver a vida de cada um
a desfazer-se em atenções,
preocupações, cuidados.

Saudade
de suas emulações para que
recitássemos, cantássemos,
parecêssemos sempre gentis
e nos distinguíssemos
nas brincadeiras, no palco,
nos concursos escolares.
Você me fazia sentir a sua preferida
Hoje sei que eram equivalentes
os quinhões de amor
destinados a cada irmão.
Um dia você testemunhou
o segundo dos casamentos
com que vivia a sonhar.
Casei e voei pra longe de você.
O tempo passou célere
causando-nos os previsíveis desgastes
até um dia trazê-la de volta a mim
com a diligência de sempre
com a solicitude de sempre
com o amor de sempre,
mas com uma inquietude fluida no olhar
uma sutil insegurança nos gestos
como a pressentir
que o circuito de seu tempo
estava prestes a fechar-se.
De suas mãos de artista
brotavam flores, arranjos
accessórios, peças de artesanato.
Sábia contrapartida aos tempos adversos
como fora sempre a sua marca

Saudade, Dadá,
de suas iluminadas lições
de sabedoria, de vida.

Saudade, Dadá, de você !

SAUDADE ...

Rio / 1998

Entenderam? Precso ir lá, ressuscitar meus fantasmas tão queridos, sentir o sol, a brisa os aromas de lá. Reestruturar-me para cumprir o tempo que me for confiado pela sabedoria do NOSSOAMIGOLÁDECIMA

Fiquem bem.


publicado por Magaly Magalhães às 9:02 AM
6.2.07
 
Ponta Verde / Maceió


Taí, hoje estou com saudade dos ritmos nordestinsos, tanto daqueles baiões bem terra, bem chão ressecado, como dos de composição mais refinada. Tudo por causa do ASSUM BRANCO, de José Miguel Wisnik na voz suave e macia de Eveline Hecker do disco PONTE AÉREA, realização da BISCOITO FINO. E aí me vieram à lembrança tantos outros rítmos de lá : o coco, o frevo, a roda, a chegança, o forró, um mundo muito meu de onde me arredei há tanto tempo.


ASSUM BRANCO

Quando ouvi o teu cantar
Me lembrei nem sei do quê
Me senti tão-só
Tão feliz tão só
Só e junto de você
Pois o só do meu sofrer
Bateu asas e voou
Para um lugar
Onde o teu cantar
Foi levando e me levou
E onde a graça de viver
Como a chuva no sertão
Fez que onde for
Lá se encontre a flor
Que só há no coração
Que só há no bem-querer
E na negra escuridão
Assum preto foi A
sa branca dói
Muito além da solidão

Vocês merecem ouvir a música, mas não onsigo colocar. Antes de encerrar o post, vou tentar mais vezes.

E não me vou sem deixar aqui também o conhecido e reverenciado

ASSUM PRETO

Luiz Gonzaga

Tudo em vorta é só beleza
Sol de Abril e a mata em frô
Mas Assum Preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor (bis)
Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do Assum Preto
Pra ele assim, ai, cantá de mió (bis)
Assum Preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil vez a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá (bis)
Assum Preto, o meu cantar
É tão triste como o teu
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus.


Ai, lembrar é tão gostoso!

publicado por Magaly Magalhães às 12:13 PM
1.2.07
 
SONHAR

Se desejo falar de sonho, o interessante seria conseguir uma imagem onírica que revelasse algo do que pretendo descrever sobre o ato de sonhar. Não consegui a imagem ideal. O jeito é me conformar com a que posso ofrrecer.

Tomada esta providência, conto-lhes um fato reorrente em minhas noites meio insones.



Sonhar


Espero.
Nunca acontece.

Nebulosas imagens ocorrem.
Queria tanto sonhar!

De verdade, abrigar-me
em outro plano.

Aninhar-me em outra esfera.
Que são os sonhos?

Uma forma de pensar
concretos nossos desejos?

Ensaios de vida
noutra dimensão?

Um modo de entrar num
mundo desmaterializado?

Sonhos...sonhos...

Neles eu abrigaria
toda esta saudade

este devorar-me
interiormente

este constrangimento,
esta asfixia

esta angústia
incontida

esta forma de morrer
aos pouquinhos, aos pouquinhos...


Rio de Janeiro
06-12-06



Sonhem com os anjos, os que podem sonhar e sejam felizes.

publicado por Magaly Magalhães às 1:05 AM