Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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Rossana Fischer










17.7.02
 
Antes de qualquer comentário, quero me penitenciar aqui, em público. Cometi a falta de omitir o nome da autora do poema transcrito no meu útimo post, de 15 do mês corrente. Nada intencional. Reverencio de modo especial a obra dessa poeta, de metáforas esplêndidas e de linguagem contundente. Poeta que se destaca no panorama das letras com brilho e com desenvoltura ímpar.

Infelizmente, estou meio apressada hoje. Estou passando ligeirinho para dizer que sinto falta já deste encontro quase diário em que deixo impressões das notícias do dia, do que me pesa no conteúdo dessas notícias, do que me põe em alerta, do que me agrada ou me dá alguma esperança, enfim, um desabafo com simpatizantes.
Vou providenciar recursos para que haja possibilidade de troca de idéias entre nós. Comecei a usar o weblog há muito pouco tempo
e ainda não tenho muito "jogo de cintura" nesse terreno.Tenho que explorá-lo e aprender seus segredos. Aí, vai ficar mais interessante
com vocês dando idéias, contribuindo com argumentos e dados materiais, enfim, interagindo no melhor dos estilos.
E, realmente, minha passagem hoje, por aqui, é de tal modo corrida que não selecionei um poema sequer para copiar para vocês.
Vou, então, satisfazer o pedido de um irmão e passar a vocês um poema desta escriba aqui que, por sua vez, humildemente, pede que relevem a sua pretensão de produzir versos.

BUSCA

"Ser como o rio que flui"
Manuel Bandeira

Por que calar?
Por que fugir?
Por que mesclar?
Por que diluir?

São tantas áreas
incongruentes
conflitantes...

Como manifestar?
Como interagir?
Como elaborar?
Como persistir?

São tantos espaços
recipientes
estimulantes...

A vida é um rio como todos
obedece a uma correnteza
em seu caminho para o mar

Pra que desconstruir?
Pra que desnortear?

As águas do rio são profundas
A alma pode apreender
a tranquilidade dessa profundeza...

Magaly Campelo de Magalhães
1999/Rio

publicado por Magaly Magalhães às 5:56 PM
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