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Design de
Rossana Fischer
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15.7.02
Problemas com a máquina, pessoal. Uma pena. Dias e dias afastada. Tudo resolvido agora, volto às minhas reflexões.
Ando chocada com as notícias que vêm sendo veiculadas recentemente sobre a onda de racismo que vem percorrendo
a Alemanha e a França, onde grupos populacionais perseguem minorias étnicas de forma constrangedora e odiosa, lembrando de alguma forma as perseguições aos judeus na época do nazismo. E isto ocorre quando o desenvolvimento da Antropologia logra lançar por terra as teorias racistas.
Isto nos coloca diante de duas posições perante o mundo. De um lado, como uma população composta de várias raças, e, portanto, miscigenada, estamos expostos a uma situação de discriminação por parte de populações racistas. De outro lado, somos
os candidatos naturais a liderar as minorias raciais em futuros confrontos. Basta para isso que elevemos o nível cultural de nossas populações. Somos, no momento, o povo que reúne as qualidades necessárias para os postos de comando das organizações internacionais . Temos capacidade de conseguir nossa cadeira no Conselho de Segurança Internacional.
É uma reflexão válida, não ?
Procurando um lado mais ameno, vocês conhecem a poeta Maria Helena Varela?
Há cinco ou seis anos no Brasil, esta poeta nascida em Portugal, com mestrado em Filosofia do Conhecimento na Universidade do Porto e doutorado em Letras - área do Pensamento em Língua Portuguesa - na PUC do Rio de Janeiro, fala-nos com paixão de sua pátria de adoção e de suas raízes lusas em seu inspirado Viagens, Labirintos e Mapas.
Símbolo vivo de luso-brasilidade, Maria Helena canta as duas pátrias de língua comum, língua que ela valoriza, glorifica e na qual ela recupera sua herança cultural.
A Terceira Margem é um dos seus mais belos e cativantes poemas.
A TERCEIRA MARGEM
Este é o meu jeito de ficar, partindo,
fórmula mágica de fruir, fluindo;
meu solo sem raiz, meu credo, meu sistema.
Esta é a saudade que me ata aos mares,
o povo que falta e me ficou no ventre,
meus irmãos que não tive e descobri que tinha;
meu canto, meu conto, meu contento.
Este é o meu modo de pensar sentindo,
meu gesto breve de não amar, amando
e luso fado de existir, navegando;
meu cogito, minha lira, meu poema.
Esta é a história incompleta que restou
dos heróis do mar e quintos dos impérios,
herança doce e leve, minha e vossa,
minha pátria-rio e língua nossa.
Espero que tenha agradado. Fico por aqui. Amanhã estarei de volta.
publicado
por Magaly Magalhães às 1:25 AM
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