Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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20.4.03
 
80 anos de beleza e invenção, repetindo o título do artigo com que Eduardo Portella brinda a nossa sempre presente e brilhante escritora Lygia Fagundes Telles. Está na última página do Prosa e Verso de O Globo (de 19/ 04) A autora de "Ciranda de pedra" e "Antes do baile verde" comemora este ano os 30 anos de "As meninas", obra de grande repercussão em que exercita sua capacidade de entremear inventividade e memória, dando-nos lições de eqilíbrio e destreza em seu "arriscado percurso de subjetividade". Parabéns, Lygia, você merece todas as homenagens de seu público pela sua sensibilidade e refinamento .


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Voltei hoje rapidamente par falar de Lygia, mas não pretendo ir embora sem deixar um poeminha pra vocês, nem que seja um curto e leve. Vejamos:

Tema e Voltas

Manuel Bandeira

Mas para quê
Tanto sofrimento,
Se nos céus há o lento
Deslizar da noite?

Mas para quê
Tanto sofrimento,
Se lá fora o vento
É um canto na noite?

Mas para quê
Tanto sofrimento
Se agora, ao relento
Cheira a flor da noite?

Mas para quê
Tanto sofrimento,
Se o meu pensamento
É livre na noite?


Por hoje, é só . Bom domingo pascal e até amanhã, se Deus quiser...

publicado por Magaly Magalhães às 1:59 AM
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