Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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24.8.03
 
Ando meio omissa. Perdas lamentáveis ficaram sem registro. A mais recente e chocante por não ter sido natural, a de Sérgio Vieira de Mello, homem lúcido e competente que lutou para implantar a ordem e a paz em todas as missões que cumpriu com brio e destemor. Na situação atual, a reação dos iraquianos à ocupação do país chegou a um ponto de radicalização tal que levou os terroristas a atacarem a única instituição - a ONU - que, desde o princípio, lutou, primeiro, contra a guerra e, em seguida, pela devolução do território aos cidadãos locais. Estava lá o nosso homem em pleno esforço para institucionalizar a presença da organização como força moderadora e foi vitimado. O Brasil perdeu um intermediador como poucos.
Outra morte sentida, a do poeta, ensaísta, tradutor e crítico literário Haroldo de Campos, cuja obra poética estava intimamente ligada ao movimento concretista. Era um temperamento solitário, um indivíduo íntegro de atitudes e intenções. Foi o fundador, junto com o irmão Augusto de Campos e o amigo Décio Pignatari, do ´movimento de poesia concreta, que rompia com as formas tradicionais e discursivas dos versos e valorizava os aspectos visuais e sonoros´.
Mais outra perda, agora, na música. Foi-se o Paulo Nogueira, compositor de primeira categoria, instrumentista extraordinário, o Paulinho Nogueira da bela ´Bachianinha nº1´. Deixou uma grande lacuna no meio musical.


Post triste, é verdade, mas dentro da nossa realidade. O homem não encara a morte com naturalidade. Nossa finitude é
realmente um limite intransponível; não somos preparados para lidar com a inexorabilidade da morte.


Homenagem:

POLIFEMO CONTEMPLA GALATÉIA


o ouro se encorpa:

coxa bruna
flexuoso encurvar-se de um joelho
de brunido metal dulcificado

o ouro chove:

em pó pelos cabelos
por brilhos dispersivos enturvando-se
de seu castanho-louro pôr-de-sol

a outra: a gruta insinuada
que um tecido - seda breve - esconde
e sob crespo tosão ensolarado
mais se oculta - a gruta onde a sereia
essa - a coralina boca dragonária -
quem a pudera escrever?

cerrada em sua legenda áurea
intacta guarda-se
e defere o decifrá-la
ao lanceolado desejo
(que no inócuo papel a pena agora
apenas
extrema e silencia)

HAROLDO CAMPOS



Até outro dia. O clima é de oração pelos que se foram. Façamos a nossa parte.



publicado por Magaly Magalhães às 2:58 AM
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