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Design de
Rossana Fischer
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3.1.04
Saudosa de meu berço, recorro ao poeta de mesma procedência.
É com orgulho e profundo respeito que evoco JORGE DE LIMA, o poeta cujo plano situava-se acima da frágil natureza das coisas. Sua poesia pairava sempre alto, mesmo quando não era inteiramente subjetiva. Ele não transformava dores pessoais em poemas. A subjetividade era inerente à sua poesia e sonorizava seu canto
Trago-lhes hoje CANTIGAS (in "Novos Poemas").
As cantigas lavam a roupa das lavadeiras.
As cantigas são tão bonitas, que as lavadeiras
ficam tão tristes, tão pensativas!
As cantigas tangem os bois dos boiadeiros!
Os bois são morosos, a carga é tão grande!
O caminho é tão comprido que não tem fim.
As cantigas são leves...
E as cantigas levam os bois, batem a roupa
das lavadeiras!
As almas negras pesam tanto, são
tão sujas como a roupa, tão pesadas
como os bois...
As cantigas são tão boas...
Lavam as almas dos pecadores!
Lavam as almas dos pecadores!
Estão vendo? A um assunto trivial, que podia ter sido circunscrito à descrição da paisagem, o poeta conferiu um tratamento religioso. Deu um nome vago ao poema e foi além das lavadeiras e boiadeiros para sugerir que os homens precisam lavar a alma e tirar-lhes as sujidades.
Para poeta de Túnica Inconsútil os problemas humanos e divinos eram os capitais.
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A saudade amainada, vamos ao fato que estragou a entrada do ano . As chuvas, apesar de moderadas, mas constantes, chegaram a causar um grande número de deslizamentos aqui, no Rio. Muita gente desabrigada, sofrimento para muitos.
Esperemos que o tempo mellhore e que as pessoas atingidas logo se refaçam. o que não é tão fácil dado o tipo dos prejuízos sofridos. Mesmo que haja uma ação solidária como sempre acontece, essas ocorrências deixam sinais de desestruturação por um bom tempo.
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Espero que 2004 nos traga solução para muitos dos problemas que emperram o desenvolvimento de nosso país para que o Brasil possa se projetar como uma nação adulta e de grandes possibilidades.
publicado
por Magaly Magalhães às 11:13 PM
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