Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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10.1.04
 
Uma sensação difusa me toma o peito agora, exatamente na hora de postar, de conversar com vocês. Nada me aconteceu durante o dia que me causasse algum mal-estar... Ah! o assalto a um apartamento na vizinhança.

Meu dia corrido, cheio de ocupações rotineiras me tirou a atenção do ocorrido em plena manhã, já clara, em sua sétima hora. Numa esquina, um sujeito, empunhando uma AR15, funcionava como olheiro a uns 12 metros da entrada do edifício em que moro. Na outra esquina, outro olheiro aparelhado com mais uma AR15. Num edifício da transversal curtinha, de um trecho só, assaltantes, armados até os dentes, molestavam, amedrontavam e saqueavam os moradores de dois dos dez apartamentos. Nem desço a detalhes. O Globo de quinta-feira fez isso muito bem.

O amargo que me ficou na alma traduz toda a minha indignação diante de nossa impotência. É muita insegurança!

A Ladeira do Sacopã tem vivido dramas semelhantes com freqüência assustadora, segundo os jornais.

Há poucos anos, no edifíco vizinho ao meu, uma médica de 62 anos, que havia vindo abraçar sua mãe no Dia das Mães, não logrou voltar para casa. Foi morta dentro do elevador por dois marginais que haviam entrado no edifício como entregadores de flores e aguardavam as vítimas no elevador.

Como se não bastassem os jornais cuspindo fogo, furtos e fatos escabrosos, estou eu aqui a engrossar este rosário de casos deprimentes.
É que, quando o caso se passa tão proximamente, nossa inquietação redobra. O medo se instala, nossa vida vira um tumulto.

E não há um poder efetivo que consiga controlar essa horda insana que vive de praticar roubos e crimes?

Precisamos de tantas providências!

De um sistema penitenciário onde se reeduque o malfeitor; não de prisões desaparelhadas que amontoam desumanamente os indivíduos, piorando-lhes o caráter, fomentando rebeliões, abrindo margem à corrupção deslavada.
De uma polícia adestrada, incorruptível.
De uma fórmula para uma distribuição de renda menos injusta.
De uma mobilização mais significativa da sociedade no sentido de atingir esses objetivos.

E precisamos de um sistema educacional, onde a criança se forme para a vida plena, moldada pelos princípios éticos, em que companheirismo, solidariedade, ombridade sejam uma constante.

Sinto-me menos pesada dividindo com vocês esse desgosto. Não me levem a mal.


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O Globo de hoje, sábado (sim, ontem o cansaço me venceu e terminei não concluindo o post, o que vou fazer já) traz em seu caderno Prosa e Verso um artigo do jornalista Elias Fajardo fazendo um paralelo entre as “duas baleias no oceano global: Brasil e Índia”.
Ele fala da Índia, país que vai sediar o Fórum Social Mundial e seus pontos em comum com o Brasil, como a biodiversidade e o clima.
E traz à baila a lira de Cecília Meireles nos versos “Eu vi o mundo recoberto/pela manhã de claridade/ da incandescente eternidade”, onde ela insinua as diferenças entre os dois universos.
Vieram-me à mente os lindos poemas que a poeta e educadora , em sua viagem à Índia , dedicou ao país que visitava. Logo imaginei oferecer-lhes um deles que acho magnífico:

A LEI DO PASSANTE

Passante quase enamorado,
Nem livre nem prisioneiro,
constantemente arrebatado,
- fiel? saudoso? amante? alheio?
a escutar o chamado,
o apelo do mundo inteiro,
nos contrastes de cada lado...

Chega?

Passante quase enamorado,
já divinamete afeito
a amar sem ter de ser amado,
porque o tempo é traiçoeiro
e tudo lhe é tirado
repentinamente do peito,
malgrado sem querer, malgrado...

Passa?

Passante quase enamorado,
pelos campos do inverdadeiro,
onde o futuro é já passado...
- Lúcido, calmo, satisfeito,
- fiel? saudoso? amante? alheio?
Só de horizontes convidado...

Volta?


publicado por Magaly Magalhães às 2:53 PM
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