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Design de
Rossana Fischer
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6.2.04
Estou aqui, agora, por um motivo muito especial. Uma amiga alagoana, da cidade de Arapiraca, sensível poeta e inspirada criadora de belas telas faz o lançamento de seu livro de poesias. Trata-se da já conhecida na Internet, através de alguns sites de poesia, Lêda Yara Motta Mello, e conhecida também aqui entre meus leitores, que, de vez em quando, recebem um poema saidinho do forno, tal qual ela me manda.
A Noite de autógrafos será hoje, em sua cidade natal. O livro - Meus Sonhos - reproduz na capa uma de suas telas, intitulada Faça-se a Luz.
Criadora versátil, ela passeia por todas as sendas da poesia, indo de versos ingênuos a contundentes versos de denúncia; da sensualidade à mais pura fé; e ainda nos brinda com poemas em linguagem inculta, "matuta", com uma graça inimitável.
Esperamos seu livro, Leda, amorosamente e esteja certa de que já
estamos dizendo:
Bem-vindos sejam os seus sonhos.
Assim é que, com muita alegria e entusiasmo, deixo aqui dois de seus poemas: o poema com que ela inicia o livro e o poema com que o finaliza.
MEUS SONHOS
Meus sonhos não morrem. São parte de mim.
Retalhos de vida, marcando um tempo.
Constelações que vislumbro
no dorso do cavalo alado da esperança,
percorrendo caminhos, idealizando um amor,
escutando, na alma, um acalanto de espera,
antecipando o futuro, com sabor de presente
que degusto, mansamente,
na ante-sala do gozo das realizações plenas.
Meus sonhos não morrem. São fragmentos de alma.
São a brisa do mar refrescando o meu espírito,
a correnteza caudalosa que me impulsiona para a vida,
a relva macia em que repousa o meu cansaço.
Meus caminhos de ir, às vezes de chegar.
Meus sonhos não morrem. São sementes de vida.
Há os sonhos que germinam, florescem
e produzem os frutos que alimentam a minha história.
Abençoados sejam os sonhos que frutificam!
São os que irradiam para o universo
o sorriso e a alegria do colorido da vida.
Meus sonhos não morrem. São regaços que abrigam.
Há os sonhos que, apesar da fé e da persistência,
não conseguem eclodir para o real.
Nasceram para preencher lacunas de solidão,
adoçar com mel o amargor dos combates perdidos,
repousar o cansaço da alma inquieta.
Abençoados sejam os sonhos que não eclodem!
São anjos de candura que nos embalam
quando a aridez da vida
apresenta o seu cartão de visita.
Meus sonhos na morrem.
Integram-se no universo.
Os sonhos não vividos
liberto-os, para que abençoem outras vidas.
Um último afago, um pensar de saudades,
um brilho de lágrima, um aceno de adeus...
Voam para o infinito, nos braços da esperança
até confundirem-se, suavemente,
com as últimas luzes de um pôr de sol.
REALIDADE OU SONHO?
Sim, eu te amo, disso tens certeza
O mesmo amor que conheceste um dia
Completo, pleno e cheio de alegria.
Difere, apenas, no tom de tristeza
Pela saudade que de tão antiga
Já nem dói tanto, como em anuência
Por tua escolha em se fazer ausência,
Por me levares a presença amiga.
Devagar a bruma envolve o teu olhar
O teu sorriso, o jeito de falar,
Nossas lembranças de um tempo risonho...
Imagens tão vagas, no meu recordar
Que, às vezes, chego a me perguntar
Se foi real ou se foi tudo um sonho.
Vamos dar parabéns à Leda?
publicado
por Magaly Magalhães às 6:04 PM
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