Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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17.2.04
 
EU, PENSANDO...

Às vezes, penso inteiro, claramente, sem tropeços, como um carretel que libera seu conteúdo ao mais leve estímulo recebido.
Às vezes, o pensamento parece preso, contido, como se uma concha o retivesse inexoravelmente em seu interior. Que dificuldade para liberá-lo, nem sempre inteiramente, e com dor, com sofrimento.
Hoje? Barreiras despencam e dificultam a passagem. Sensação de insucesso por uma assimilação que não se completou ainda, ausência dorida, renitente...



Nem só de saudade a gente vive. Há alegrias que vêm em compensação. Dois netos ingressam na faculdade de medicina. Como tantos que tiveram esta mesma satisfação, eu estou feliz e peço aos céus que esses rapazes e moças mantenham o clima de ardor e entusiasmo que os levaram a realizar essa primeira conquista.


PERGUNTA


Estes meus tristes pensamentos
vieram de estrelas desfolhadas
pela boca brusca dos ventos?

Nasceram das encruzilhadas,
onde os espíritos defuntos
põem no presente horas passadas?

Originaram-se de assuntos
pelo raciocínio dispersos
e depois na saudade juntos?

Subiram de mundos submersos
em mares, túmulos ou almas,
em música, em mármore, em versos?

Cairiam das noites calmas,
dos caminhos dos luares lisos,
em que o sono abre mansas palmas?

Provêm de fatos indecisos,
acontecidos entre brumas,
na era de extintos paraísos?

Ou de algum cenário de espumas,
onde as almas deslizam frias,
sem aspirações mais nenhumas?

Ou de ardentes e inúteis dias,
com figuras alucinadas
por desejos e covardias?...

Foram as estátuas paradas
em roda da água do jardim...?
Foram as luzes apagadas?

Ou serão feitos só de mim,
estes meus tristes pensamentos
que bóiam como peixes lentos

num rio de tédio sem fim?



LEVEZA


Leve é o pássaro:
e sua sombra voante,
mais leve.

E a cascata aérea
de sua garganta,
mais leve.

E o que lembra, ouvindo-se
deslizar seu canto,
mais leve.

E o desejo rápido
desse antigo instante,
mais leve.

E a fuga invisível
do amargo passante,
mais leve.


Os dois poemas são de Cecília Meireles
Que lindeza!

publicado por Magaly Magalhães às 12:13 AM
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