Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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5.2.04
 
Mais uma escritora que nos deixa...

HILDA HILST - poeta, dramaturga, ficcionista. Faleceu na madrugada dia 4 de janeiro, em Campinas/SP, aos 73 anos de idade, cinqüenta e dois dos quais dedicados à literatura.

Achei a notícia aqui, num elucidativo texto, onde vamos encontrar, além de dados biográficos, informações preciosas sobre a obra de Hilda e sua repercussão aqui, no Brasil, e no exterior.

Hilda não foi uma autora muito prestigiada pelo público, mas, nos meios literários, seu valor foi reconhecido desde cedo e alguns de seus livros vieram a ser traduzidos para o francês, inglês, italiano e alemão. Os sete prêmios literários que conquistou são uma prova evidente da força de sua palavra, da profundidade de sua obra.

Prêmios alcançados:

Em 1962, o Prêmio PEN Clube de São Paulo, por "Sete Cantos do Poeta para o Anjo" (Massao Ohno Editor, 1962).

Em 1969, pela peça "O Verdugo", o Prêmio Anchieta, um dos mais importantes do país na época.

Em 1977, a Associação Paulista dos Críticos de Arte - Prêmio APCA - elege "Ficções" (Edições Quéron, 1977) o melhor livro do ano.

Em 1981, o Grande Prêmio da Crítica para o Conjunto da Obra, pela mesma APCA.

Em 1984, a Câmara Brasileira do Livro concede o Prêmio Jabuti a "Cantares de Perda e Predileção" (Massao Ohno - M. Lydia Pires e Albuquerque editores, 1983).

Em 1985, a mesma obra recebe o Prêmio Cassiano Ricardo (Clube de Poesia de São Paulo).

Em 1993, "Rútilo Nada" (editora Pontes) arrebata o Prêmio Jabuti como melhor conto.



Hilda foi uma mulher preocupada com a imortalidade da alma e vivia estudando
Física, Filosofia e Matemática para deixar de considerar só lado metafísico e conseguir provar suas teses cientificamente.
Não foi levada a sério.



Sobre o valor de Hilda Hilst, manifestaram-se:

CAIO FERNANDO ABREU: "Eu nunca conheci uma escritora tão tomada pela paixão da palavra como a Hilda. Ela é bárbara."

CLAUDIO FRAGATA: "Deus, a paixão e a morte. Estes são os três temas sobre os quais a escritora paulista construiu uma das mais intrigantes obras da literatura mundial".

J. L. MORA FUENTES: (...) "Hilda Hilst pertence ao patamar dos grandes artistas, cuja essencialidade nos impõe o dever de preservar todos seus escritos. Não é surpresa, portanto, que a Unicamp tenha comprado, recentemente, seu arquivo particular. Da mesma forma, ao editar a totalidade das crônicas, a editora Nankin não apenas respeitou a vontade da autora, mas beneficiou o leitor com esse registro permanente. Sábia de requintes que nos permitem avançar no pouco-nada que intuímos de nós mesmos, Hilda desmascara sem pudor, seja com cascos, suaves garras, ríspidas carícias, nossos mais preciosos ícones. E assim revela nosso rosto verdadeiro."

ANTÔNIO OLINTO: (...) "Estamos ingressando num período de pós-modernidade na poesia brasileira? Ou ele já veio, disse ao que veio, e sumiu, sem que o notássemos? Se a palavra "modernidade" não pode, segundo inúmeros tratadistas, ser definida com precisão, a "pós-modernidade" o seria ainda menos. Vejo, contudo, no riquíssimo panorama da poesia brasileira deste momento, uma representante da mais desabrida e forte pós-modernidade. Falo de Hilda Hilst, cujo livro "Do Amor", agora publicado, é de uma perfeita adequação ao desejo, normal numa poesia liberta, de ir além do que foi feito antes e chegar à conquista de um verso inconfundivelmente original."

.
Pra homenageá-la, uma de suas composições poéticas:


POESIA XXII

Não me procures ali
Onde os vivos visitam
Os chamados mortos.
Procura-me
Dentro das grandes
águas
Nas praias
Num fogoso coração
Entre cavalos, cães,
Nos arrozais, no arroio
Ou junto aos pássaros
Ou espelhada
Num outro alguém,
Subindo um duro
caminho

Pedra, semente, sal
Passos da vida.
Procura-me ali.

publicado por Magaly Magalhães às 11:21 AM
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