Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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19.8.04
 
The Dance
Oil Painting - Henry Matisse

Quem não conhece a bela e ingênua música de JAYME OVALLE?

Ovalle "é o poeta em estado virgem. A mais bela crisálida de poesia que jamais existiu desde William Blake. É o mistério poético em toda a sua inocência, em toda a sua beleza natural. É vôo, é transcendência absoluta. É amor em estado de graça." (Sabino, Fernando. Fragmentos de uma suíte ovalliana. Jornal do Brasil., 15.07.1974.)

É dele a música que atravessou fronteiras e teve na voz de Bidu Sayão sua interpretação mais expressiva:

AZULÃO

Jayme Ovalle e Manoel Bandeira

Vai azulão, azulão

Companheiro, vai

Vai ver minha ingrata

Diz que sem ela

O sertão não é mais sertão

Ai, voa azulão

Vai contar companheiro, vai


Ovalle era uma personalidade singular. Suas conversas distinguiam-se pelo humor, pela poesia e pela religiosidade. Seu lado místico causava espécie a seus amigos, pois ele assegurava que conversava com os anjos. De fato, era comum vê-lo aos brados a discutir com seu anjo da guarda.
Ovalle lançou mão de temas religiosos e folclóricos para compor Berimbau, Três pontos de Santo, Chariô, Aruanda e Estrela do Mar.

A obra Azulão trouxe-lhe grande notoriedade. Inspirado no poema de Manuel Bandeira, Ovalle compôs esta canção em que melodia e letra refletem um lirismo acentuadamente brasileiro.
Bidu Sayão divulgou a canção nos Estados Unidos e na Europa, alcançando enorme popularidade.

Jayme Ovalle nasceu no dia 5 de agosto de 1894, em Belém do Pará, tendo fixado residência no Rio de Janeiro em 1914.
Costumava dizer:"Nasci no Pará, mas sou carioca, ou seja, um sujeito nascido no Espírito Santo ou em Belém do Pará, ou em Campina Grande." (O Estado de São Paulo. A música de Jayme Ovalle. 14.09.1980,p 11.).

Jayme Ovalle faleceu no dia 9 de setembro de 1955, no Rio de Janeiro

"Que um dia afinal seremos vizinhos

Conversaremos longamente

De sepultura a sepultura

No silêncio das madrugadas

Quando o orvalho pingar sem ruído

E o luar for uma coisa só."

(De Manuel Bandeira para Jayme Ovalle)

* * * * * * * * * *


Tocada pela cândida melodia de Azulão, sobreveio-me a saudade das cantigas de roda de minha infância. Lembrei-me de que tenho o CD das 16 cirandas, de Villa-Lobos, executadas pelo eloqüente pianista Arthur Moreira Lima. Estou agora a me deleitar com tão saborosas melodias e não vou me furtar ao prazer de mandá-las pra vocês, pelo menos aquelas de que mais gosto:

O Cravo e a Rosa

O Cravo brigou com a rosa

Debaixo de uma sacada

O Cravo ficou ferido

E a Rosa despedaçada

O Cravo ficou doente

A Rosa foi visitar

O Cravo teve um desmaio

A Rosa pôs-se a chorar


Peixe Vivo

Como pode o peixe vivo

Viver fora da água fria

Como poderei viver

Como poderei viver

Sem a tua, sem a tua

Sem a tua companhia

Os pastores desta aldeia

Já me fazem zombaria

Por me verem assim chorando

Sem a tua, sem a tua

Sem a tua companhia


Nesta Rua

Nesta rua, nesta rua, tem um bosque

Que se chama, que se chama Solidão

Dentro dele, dentro dele mora um anjo

Que roubou, que roubou meu coração

Se eu roubei, se eu roubei teu coração

É porque tu roubaste o meu também

Se eu roubei, se eu roubei teu coração

É porque eu te quero tanto bem

Se esta rua, se esta rua fosse minha

Eu mandava, eu mandava ladrilhar

Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante

Para o meu, para o meu amor passar.

Este post é dedicado à nossa companheira Meg , conterrânea de Jayme Ovalle, e, certamente apreciadora das melodiosas cantigas de roda.



publicado por Magaly Magalhães às 11:34 PM
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