Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

online


envie-me um



Links:

Imagens e Palavras
Sub Rosa v.2
Meg
Xico
Cora Ronai
Flavia
Divagando
Carminha
Subrosa
Claudio Rubio
Lou
Laurinha
Matusca
Suely
Claudia Letti
Aninha Pontes
Valter Ferraz
Telinha
Giniki
Teruska
Helo
Fal
Dudi
Fer
Lord Broken Pottery
Nelson da praia
Marco
Arquimimo
Angela Scott
Dauro
Bia Badaud
Angela do Mexico
Andre Machado
Aurea Gouvea
Ruth Mezeck
Ronize Aline
Ane Aguirre
Elis Monteiro
Cath
Wumanity
Telhado de Vidro
Beth
Milton Ribeiro
Stella
Veronica
Renata
Lucia
Thata
Zadig
Lamenha
annemsens
Cesar Miranda
Paulo Jose Miranda
Eiichi
Li Stoducto Stella Ramos Santos





Arquivos
junho 2002
julho 2002
agosto 2002
setembro 2002
outubro 2002
novembro 2002
dezembro 2002
janeiro 2003
fevereiro 2003
março 2003
abril 2003
maio 2003
junho 2003
julho 2003
agosto 2003
setembro 2003
outubro 2003
novembro 2003
dezembro 2003
janeiro 2004
fevereiro 2004
março 2004
abril 2004
maio 2004
junho 2004
julho 2004
agosto 2004
setembro 2004
outubro 2004
dezembro 2004
janeiro 2005
fevereiro 2005
março 2005
abril 2005
maio 2005
junho 2005
julho 2005
agosto 2005
setembro 2005
outubro 2005
novembro 2005
dezembro 2005
janeiro 2006
fevereiro 2006
abril 2006
maio 2006
junho 2006
julho 2006
agosto 2006
setembro 2006
dezembro 2006
janeiro 2007
fevereiro 2007
maio 2007
junho 2007
julho 2007
agosto 2007
setembro 2007




Design de
Rossana Fischer










6.9.04
 

CONTOS E CANTOS POPULARES

Contos populares são contos com funções definidas: de entretenimento e de educação. Muitos são os temas tratados nos contos populares: há os de exemplo, os de encantamento, os religiosos ou morais, os de animais, os que dizem respeito à fundação de um local, entre outros.

Como cantos populares conhecemos: acalantos, batuques, canções, modinhas, cirandas, trovas, lundus, rondas, as produções do ciclo junino e do natalino, as canções recolhidas da tradição oral e muitas outras modalidades.

Um conto popular:

A Cumbuca de Ouro e os Marimbondos

Havia dois homens, um rico e outro pobre, que gostavam de fazer peças um ao outro. Foi o compadre pobre à casa do rico pedir um pedaço de terra para fazer uma roça. O rico, para fazer peça ao outro, lhe deu a pior terra que tinha. Logo que o pobre teve o sim, foi para casa dizer à mulher, e foram ambos ver o terreno. Chegando lá nas matas, o marido viu uma cumbuca de ouro, e, como era em terras do compadre rico, o pobre não a quis levar para casa, e foi dizer ao outro que em suas matas havia aquela riqueza. O rico ficou logo todo agitado e não quis que o compadre trabalhasse mais nas suas terras. Quando o pobre se retirou, o outro largou-se com a sua mulher para as matas a ver a grande riqueza. Chegado lá, o que achou foi uma grande casa de marimbondos; meteu-a numa mochila e tomou o caminho do mocambo do pobre, e logo que o avistou foi gritando:*Ó compadre, fecha as portas e deixa somente uma banda da janela aberta!* O compadre assim fez, e o rico, chegando perto da janela, atirou a casa de marimbondos dentro da casa do amigo, e gritou: *Fecha a janela, compadre!* Mas os marimbondos bateram no chão, transformaram-se em moedas de ouro, e o pobre chamou a mulher e os filhos para as ajuntar. O ricaço gritava então: *Ó compadre, abra a porta!* Ao que o outro respondia: *Deixe-me, que os marimbondos estão-me matando!* E assim ficou o pobre rico, e o rico ridículo.

(SÍLVIO ROMERO / Contos Populares do Brasil / 3ª ed / Rio de Janeiro, 1903, pág. 248.)


Um canto popular

Trovas Brasileiras

No lugar aonde eu canto
Todos me tiram o chapéu;
Cada repente que tiro,
Corre uma estrela no céu

- Dizem que mulher é falsa,
É falsa que nem papel,
Mas quem vendeu Jesus Cristo
Foi homem, não foi mulher...

Não tenho medo de homem,
Nem do ronco que ele tem;
O besouro também ronca,
Vai-se ver, não é ninguém.

Chuva que tem de chover,
Por que é que está peneirando?
Amor que tem de ser meu
Por que está negaceando?

Andorinha do coqueiro,
Dá-me novas do meu bem...
Os meus olhos estão cansados
De esperar por quem não vem.

Lá vai a garça voando
Com penas que Deus lhe deu.
Contando pena por pena,
Mais penas padeço eu.

(AFRÂNIO PEIXOTO / Trovas Brasileiras / Rio de Janeiro, 1919.)

publicado por Magaly Magalhães às 11:20 PM
Comments:
<$BlogCommentBody$>
<$BlogCommentDeleteIcon$> (0) comments
Postar um comentário