Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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Design de
Rossana Fischer










15.10.04
 
Paisagem, de Aldemir Mendes
http://www.pinturasbrasileiras.com


Estou meio distante de mim hoje. Que tal poemas leves de poetas queridos?

TEMA E VOLTAS

Manuel Bandeira

Mas para quê
Tanto sofrimento,
Se nos céus há o lento
Deslizar da noite?

Mas para quê
Tanto sofrimento,
Se lá fora o vento
É um canto na noite?

Mas para quê
Tanto sofrimento
Se agora, ao relento,
Cheira a flor da noite?

Mas para quê
Tanto sofrimento
Se o meu pensamento
É livre na noite?


IDÍLIO
Florbela Espanca

Um idílio passou à minha rua
Ontem a horas mortas e caladas,
Ele e Ela passaram de mãos dadas,
Mais brancos que a própria luz da lua.

Passaram ao clarão do amor primeiro,
Olhos nos olhos cheios de luar.
E no seio da noite aquele olhar
Par´cia encher de sol o mundo inteiro!

E Deus mandou que a terra se calasse,
Que ouvisse os passos deles, que escutasse
Como o amor caminha devagar...

Era a terra calada como um monge...
E os passos deles ao perder-se ao longe,
O coração da noite a palpitar!...



TRÂNSITO
Cecília Meireles

Tal qual me vês.
há séculos em mim:
números, nomes, o lugar dos mundos
e o poder do sem-fim.

Inútil perguntar
por palavras que disse:
histórias vãs de circunstância,
coisas de desespero ou de meiguice.

(Mísera concessão,
no trajeto que faço:
postal de viagem, endereço efêmero,
álibi para a sombra do meu passo...)

Começo mais além:
onde tudo isso acaba, e é solidão.
Onde se abraçam terra e céu, caladamente,
e nada precisa de explicação...


publicado por Magaly Magalhães às 11:38 PM
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