Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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Imagem tirada de http://terraespiritual.locaweb.com.br


FALANDO DE FÍSICA

Há algumas semanas recebi por e-mail um curioso artigo sobre Aceleração do Tempo. Li e me surpreendi. E aí me veio uma curiosidade. Como se tratava de um assunto científico e a abordagem era feita por pessoa idônea, mas não cientista, resolvi procurar uma opinião baseada na ciência.

Tenho nos Estados Unidos uma amiga internauta, doutora em Física, autora de uma pesquisa de muitos anos sobre relâmpagos. Pedi-lhe que me mandasse referências sobre o fenômeno da ressonância de Schumann, que servira de base para as considerações de Leonardo Boff, ilustre autor do artigo a que me refiro.

Coincidentemente, a Dra. Natália Solorzano é casada com o cientista americano Jeremy Thomas, também físico, que atualmente desenvolve os estudos sobre ressonância: * a Ressonância Schumann*.

Transcrevo para os amigos leitores tanto o artigo de Leonardo Boff como o trecho em que a Dra. Natália, dona do blog A base do Otimismo, explica à luz da ciência o fenômeno da ressonância, de forma accessível ao leitor comum, além de emitir sua opinião sobre as conclusões a que chegou o Sr. Boff.

ACELERAÇÃO DO TEMPO

Não apenas as pessoas mais idosas, mas jovens também fazem a experiência de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi Carnaval, dentro em pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal. Esse sentimento é ilusório ou é bem real?

Pela ressonância Schumann se procura dar uma explicação. O físico alemão W.O.Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletro-magnético poderoso que se forma entre o pólo e aparte inferior da ionosfera, cerca de 100km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (daí chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma freqüência de 7,83 hertz.

Empiricamente faz-se a constatação de que não podemos ser saudáveis fora dessa freqüência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagensa espaciais, ficam fora da ressonância Schumann, adoecem. Mas, submetidos à ação de um simulador Schumann, recuperam o equilíbrio e a saúde. Por milhares de anos, as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio biológico. Ocorre que, a partir dos anos 80, e de forma mais acentuada a partir dos anos 90, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz.. O coração da Terra disparou. Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, mais atividade nos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido à aceleração geral, a jornada de 24horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas tem base real nesse transtorno da ressonância Schumann..

Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui, abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ou dramáticos, com catástrofes terríveis, ou esperançadores, como a irrupção da quarta dimensão, pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o biorritmo da terra.

Não pretendo reforçar esse tipo de leitura. Apenas enfatizo a tese recorrente entre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um superorganismo vivo, de que Terra e humanidade formamos uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais.

Nós, seres humanos, somos Terra que sente, pensa, ama e vence. Porque somos isso, possuímos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schumann.


EXPLICAÇÃO E CONSIDERAÇÕES DA DRA. NATÁLIA SOLORZANO SOBRE O ARTIGO ACIMA EXPOSTO

Falando de maneira simplista, o sistema Terra/Ionosfera constitui um capacitor imperfeito. Esse capacitor é continuamente recarregado pelos relâmpagos. Sem os relâmpagos, o capacitor, por ser imperfeito, descarregaria em questão de minutos. A Ressonância de Schumann (doravante RS) é o conjunto discreto de freqüências naturais desse circuito, o que significa que impulsos eletromagnéticos (ondas de radio, por exemplo) dentro desse conjunto de freqüências se propagarão pelo globo terrestre sem sofrer distorções. Essas freqüências são (arredondando) 8, 14, 20, 26, 32, 37 e 45 Hz. Alguns autores afirmam que esses números sofreram variacões nos ultimos 4.000 anos e, provavelmente, haverão de variar no futuro, principalmente em função da flutuação do campo magnético da Terra. Há uma hipótese de que o aquecimento global também provocaria uma variação: maiores temperaturas provocariam maior convecção e mais tempestades. As freqüências de Schumann também mudam com a altitude.

O mais interessante da RS, para mim, é que é possível monitorar a atividade global de relâmpagos medindo a amplitude dos picos dessas freqüências. Isso porque os relâmpagos emitem sinais de várias freqüências; os sinais de freqüência mais baixa coincidem com o espectro de Schumann, o que possibilita que sejam transmitidos sem nenhuma distorção, e possam ser medidos em qualquer parte do mundo. E talvez seja possível monitorar também o Efeito Estufa através da RS.

Mas há também um interesse estratégico na RS, porque certas freqüências de rádio também pertencem ao espectro de Schumann e os sinais se propagam sem distorções.

O problema é que a RS é alvo de um sem-número de especulações. Dizem que uma das freqüências desse conjunto coincide com a freqüência do cérebro humano e, portanto, se a RS variar, algo terrível vai acontecer. Mas a RS tem uma variação natural diurna, além de variacões maiores que já aconteceram e que vão continuar acontecendo. Tem gente até vendendo aparelhos para adequar a freqüência do cérebro a RS.

E sem essa de que a RS seria o batimento cardíaco da Terra. Como eu disse, é um CONJUNTO de freqüências. Só se a Terra tiver vários corações, todos eles com arritmia cardíaca.

Vou copiar o que se falou sobre a RS no site "Pergunte a um Astronomo", mantido pelo Observatório Nacional (http://www.on.br/):

Eu gostaria de saber o que há de verdadeiro, deixando as especulações místicas e opiniões pessoais isentas de observação e maior rigor na análise, o que a ciência conhece sobre o dito campo de ressonância Schumann e suas implicações para a vida na Terra, que foi objeto de recente artigo de Leonardo Boff, disponível no link: http://www.adital.org.br/asp2/noticia.asp?idioma=PTicia=11197

Frei Leonardo Boff, nesse texto, mistura fatos e conclusões. Os fatos, em sua maioria, são verdadeiros. As conclusões são enviesadas. Pelo que eu saiba, investiga-se a ressonância de Schumann no quadro da regulação dos relâmpagos. Possui uma distribuição de freqüências de 5 a 50 Hz (ref. http://www.oulu.fi/~spaceweb/textbook/schumann.html). Seu máximo é em torno 7,8 Hz, mas existem picos secundários em 14, 20 26 33, 39 e 45 Hz.

Se há relação entre a freqüência da ressonância de Schumann e as freqüências cerebrais dos animais vertebrados, desconheço. Situações de *crises de abstinência* das freqüências de Schumann nos astronautas, desconheço. Finalmente, não existe qualquer informação do valor das freqüências de ressonância de Schumann no passado. Esse efeito é mal e porcamente detectado nos dias de hoje, o que se dirá de evidências fósseis de tal efeito em outras eras. Se tal efeito tivesse importância capital nos seres vivos e se estamos assistindo a uma mudança em seus valores em até 80%, os resultados a se esperar deveriam ser catastróficos assim que tais mudanças se manifestassem.

Leonardo Boff é um autor sério. Leio seus textos com vivo interesse, sobretudo aqueles relacionados à ética e à espiritualidade. Mas é preciso considerar que, enquanto teólogo, suas considerações extravasam o nível do teórico, fazendo dele mais um metafísico do que qualquer outra coisa. É no plano metafísico que devemos considerar o que diz Leonardo Boff. Se o levarmos para o plano prático, o autor, às vezes, parece "viajar na maionese".


OBSERVAÇÃO:

Os leitores poderão comentar a postura dos intelectuais que se pronunciaram, enviar perguntas para elucidação de algum conceito, pedir alguma explicação a mais.
Tentaremos responder dentro de nossas possibilidades, criteriosamente.

publicado por Magaly Magalhães às 11:57 AM
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