Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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1.10.05
 

Falando de TROVAS


Trova: composição lírica ligeira, quadra popular, com versos de 7 sílabas.

Datam do século XII e eram cantadas ou recitadas pelos trovadores.


As trovas se mantêm nos dias de hoje com o mesmo sabor antigo Vamos ver exemplos de trovas portuguesas e brasileiras .



Quem não conhece alguma trova em nossa língua?

O anel que tu me deste
Era de vidro quebrou;
O amor que tu me tinhas
O anel o demonstrou.

A rosa depois de seca
Foi-se queixar ao jardim;
O cravo lhe respondeu:
Tudo o que nasce tem fim...

Costumei tanto os meus olhos
A namorarem os teus,
Que de tanto confundi-los,
Nem sei quais são os meus.


Não são graciosas estas trovas portuguesas?
(Encontradas em Cantares do Minho, de Fernando de Castro Pires de Lima e em O que o povo canta em Portugal, de Jaime Cortesão).

As trovas brasileiras são também muito sonoras:

Chuva que tem que chover
Por que é que está peneirando?
Amor que tem de ser meu,
Por que está negaceando?

Andorinha do coqueiro,
Dá-me novas do meu bem...
Os meus olhos estão cansados
De esperar por quem não vem.

Lá vai a garça voando
Coas penas que Deus lhe deu.
Contando pena por pena,
Mais penas padeço eu.

(Tiradas de Trovas Brasileiras, de Afrânio Peixoto)

Outras trovas:

De Belmiro Braga:

Vi teus braços... que ventura!
teu colo... as pernas... que gosto!
Agora, tira a pintura,
Que eu quero ver o teu rosto.


Mui decentes eu não acho
teus vestidos, minha prima:
são altos demais em baixo,
são baixos demais em cima!


De Bocage:

Aqui jaz um homem rico
nesta rica sepultura;
escapava da moléstia,
se não morresse da cura.


De Pe. Celso de Carvalho:

Se toda ilusão frustrada
se tornasse assombração,
que casa mal assombrada
não seria o coração!

Vá que se louve a formiga,
e à cigarra se condene...
Mas, quem teceu essa intriga
foi a cigarra: La Fontaine!


Vão Gogo (Millôr Fernandes):

Garota que fica ao sol
em largas horas à toa,
tostada fica gostosa,
mas crua já é bem boa.

Quando a garota morena
mergulha assim tão segura,
não sei por que lembro a frase
"água fria na fervura".

As garotas se banhando:
belo quadro sem moldura.
Para vê-lo emoldurado
eu olho na fechadura.

Namorar, minha menina,
é andar de caminhão:
a gente só passa à frente
se andar na contra-mão.

(Textos extraídos de Antologia de Humorismo e Sátira, de R. Magalhães Júnior e de Humor e Humorismo - Poesias e versos, de Idel Becker).

***

Depois de tanto falar sobre trovas, pergunto:

Sendo uma forma simples de versejar, quem se habilitaria a compor uma ou duas trovas utilizando nomes pré-escolhidos? Estes seriam:

a) primavera - volta - mais

b) olhos - sonhos - ilusão

O(a) autor(a) da melhor trova poderá dar os elementos pra a rodada seguinte. Vamos tentar esta animação?


ATENÇÃO!!! ATENÇÃO!!!

Uma alteração será feita na proposta para as quadras a serem apresentadas pelos leitores voluntários. Em vez dos 3 termos obrigatórios em cada quadra, vai vigorar 1 só, a saber:

1) Primavera 2) Olhos 3) Sonhos 4) Ilusão

O candidato escolherá um destes motes para sua quadra, podendo concorrer com uma trova para cada mote, se assim o desejar. (A alteração vai deixar os participantes mais soltos para criar).

Obs.:

Esta foi uma sugestão partida de nossa companheira e colaboradora Meg, amiga muito querida e aplaudida por todos nós.

publicado por Magaly Magalhães às 11:11 PM
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