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Design de
Rossana Fischer
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1.2.06
Roses and Jasmins in a Delft Vase Pierre Auguste Renoir www.wholesaleoilpainting.com
É... Chego à conclusão de que estou incapaz de escrever qualquer coisa que possa interessar a alguém. Há como que um muro, um paredão obstruindo minha capacidade de pensar, de refletir, de organizar as idéias. E isso me tem desgostado tanto! Tolhida, assim, não tenho alternativa senão recorrer a coisas escritas em passado recente, retalhos de vivências antigas, em forma de poemas ligeiros, despretensiosos, vazados em termos do falar corriqueiro.
Tento entender o que diz nosso poeta Ferreira Gullar ao sentenciar que *o poema é o lugar onde a prosa vira poesia, é um artefato construído de modo que a energia potencial, que está nas palavras, acenda e vire uma outra coisa, transfigurando a linguagem usual.*
Não há pretensão de que haja esse efeito no caso de meus versos, mas há uma esperança de que eu possa passar através deles algo mais que uma emoção fugidia.
Enquanto dura essa inapetência, peço que leiam meus pretensos versos e opinem sobre eles com intenção construtiva, pinçando o que pode ser julgado como passável e rejeitando o que não tiver valor em definitivo.
Assim é que hoje deixo dois desses poemas, escolhidos a esmo, e subordino-os à crítica dos meus cooperativos e pacientes leitores.
CANTIGA TRISTE
Está tarde, está frio Tão escuro, tão sombrio! Quem vem afagar-me a testa? Quem vem encher-me o vazio?
O vento geme lá fora A chuva fria não pára Meu coração também geme geme baixinho e cala
Por que chora a natureza? Por que o vento fustiga? Tem coração o mundo? Tem o vento o dom da intriga?
Como estou triste, eu choro Não posso culpar ninguém Nem a chuva, nem o vento Nem o mundo, nem meu bem
Choro porque estou triste.
1998/Rio
VIVÊNCIAS
Se eu pudesse externar sem medo nem censura as situações que vivi no espaço que ocupei :
lembranças suaves que guardei incômodos receios que afugentei uns poucos sonhos que não realizei as fibras sensíveis que acomodei no íntimo o fino amor que cultivei
como acontece à maioria dos viventes.
Mas por que expor vivências?
Não vai promover nada não vai ajudar ninguém
Cada um age em espaço independente do jeito que lhe ocorre viver o momento.
A vida é um ato recorrente só mudam os protagonistas
Rio/2000
publicado
por Magaly Magalhães às 10:53 PM
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