
Incompreensão, insensibilidade, intolerãncia.
Como andam soltas e que mal suscitam!
Ainda estupefacta com o aluvião que varreu nosso mundo blogueiro.
Aos poucos, os ânimos arrefecem graças à palavra competente, ao espírito de justiça e sensibilidade de blogueiros amigos e experientes.
Agradeço a preocupação de alguns em relação ao choque que eu teria experimentado, dados os casos recentes de morte na família e dada a minha idade avançada.
Não nego que me abalei e sofri, como a maioria dos amigos da Meg, mas, a partir da onda de suspeitas que se levantou, é claro que o que me acudiu foi a certeza imediata de que se tratava de um posicionamento limite partido de uma situação constrangedora.
E muito me admira que a compreensão dessa situação não se tenha aberto a todos os seus amigos imediatamente. Muitos, justiça seja feita, cantaram alvíssaras com a constatação da não-morte da blogueira evoluída que sempre se mostrou decidida a encaminhar valores novos.
Peço desculpas a todos pelo meu silêncio durante o desenrolar do caso, mas eu estava vazia e angustiada, incapaz de me manifestar.
Vamos cumprir o papel de amigo a distância, oferecendo, mesmo indiretamente, o apoio que está em nossas mãos, a palavra, o incentivo, o carinho, com bondade, tolerância, amor. Dever cristão que todo mundo conhece teoricamene e que temos oportunidade, agora, de exercitar.
Um poema de Celan:
COMO TE EXTINGUES em mim:
ainda no último
e gasto
nó de ar
estás lá com uma
faísca
de vida.
( tradução: Claudia Cavalcanti )
E a rosa de hoje
Edouard Manet
Siga em frente, Meg,rumo à recuperação e à vida plena, sentindo a força em que repousa este nosso desejo.