Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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26.7.04
 

Why - do - gees...
James Marsh
http://illoart.com


Conseguimos! Parreira est� orgulhoso. Sofremos numa partida apertada, mas acertamos no �ltimo minuto da prorroga��o. E nos p�naltis, ai! Que agonia! MARAVILHA!


* * *

Eu j� tinha conhecimento de um certo ga�cho, novo nas letras, mas n�o estreante, autor de Deixe o Quarto Como Est� . Ele se chama Am�lcar Bettega Barbosa .
Quem curte Cot�zar vai sentir-se � vontade lendo Os Lados do C�rculo, em que o autor assume abertamente a influ�ncia do escritor portenho.
Para Cot�zar, o conto � *a imagem do c�rculo, forma geom�trica perfeita, em que um ponto n�o pode se separar da superf�cie total*, tese que permeia os doze breves contos de Os Lados do C�rculo, montada sobre ciclos que se fecham e se renovam continuamente.
Em seu terceiro livro, Battega continua questionando sobre *a obedi�ncia cega a uma id�ia de real que comporta permanentemente em uma falta, e nunca nos redime*.
*Com seu centro fixo, um quadrado em movimento gera o c�rculo que o aprisiona*, o que explica o esfor�o in�til para ir a qualquer lugar, movimento de eterno retorno que se observa em todo o livro.

* * *


Vi no Afrodite, da Cl�udia Letti, e adorei. Trouxe para voc�s:

Rabisco
e arrisco
um risco

risco o risco
e arrisco
um riso

Risco
em giz
e arrisco
um risco

Texto de Cl�udia Letti

Palmas para a Cl�udia, gente!


publicado por Magaly Magalhães às 11:19 PM
20.7.04
 
Not�cia  alvissareira:
 
Para os leitores que se interessam por textos escolhidos, h� material novo, excelente , atual�ssimo no Imagens e Palavras, a saber: artigos sobre vida, morte e obra do grande escritor paraense Haroldo Maranh�o e entrevistas a tr�s dos onze Wunder que formam o portal Wunderblogs.com, agora, livro, editado pela Editora Barracuda, sob o mesmo nome. Estas s�o entrevistas inteligentes, preparadas pela nossa companheira Meg e por ela conduzidas com humor e sabedoria.
Est�o todos convidados a consultar o referido material com irrestrita liberdade. Leiam, comentem (no pr�prio Imagens e Palavras), perguntem, sintam-se � vontade.

 
Falando de leituras:
 
Acabei de ler Os Dez mandamentos da �tica de Gabriel Chalita.
A busca da excel�ncia em todas as coisas, ou seja, a �tica, tem sido estudada ao longo dos tempos, tendo sido a Gr�cia o ber�o do debate filos�fico. Arist�teles foi um dos primeiros a tentar sistematiz�-la e o fez em um extenso tratado dirigido a seu filho Nic�maco.
As quest�es �ticas t�m sido discutidas ao longo dos tempos, ao sabor das mudan�as hist�ricas.
Atualmente, o eminente Professor Gabriel Chalita, doutor em Direito e em Comunica��o e Semi�tica, mestre em Ci�ncias Sociais, bacharel em Filosofia,  logrou discutir os pontos fundamentais da mat�ria, renovando-os, adaptando-os ao nosso tempo em seu  recente livro, j� em 2� impress�o,  Os Dez Mandamentos �tica, editora Nova Fronteira, 2003.
Os mandamentos que ele estuda e esmi��a:
1 - Fazer o bem
2 - Agir com modera��o
3 - Saber escolher
4 - Praticar as virtudes
5 - Viver a justi�a
6 - Valer-se da raz�o
7 - Valer-se do cora��o
8 - Ser amigo
9 - Cultivar o amor
10- Ser feliz

Vale a pena a leitura deste trabalho inteligente, elucidativo e muito bem elaborado.

 
Nota: 
Meu abra�o de amizade e carinho a todos voc�s pelo dia dedicado ao Amigo, acompanhado destes  presentinhos:

AMIGA
 
Deixa-me ser tua amiga, Amor,
A tua amiga s�, j� que n�o queres
Que pelo teu amor seja a melhor
A mais triste das mulheres

Que s�, de ti, me venha m�goa e dor
O que me importa a mim?! O que quiseres
� sempre um sonho bom! Seja o que for
Bendito sejas tu por mo dizeres!

Beija-me as m�os, Amor, devagarinho...
Como se os dois nasc�ssemos irm�os,
Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho...

Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas m�os,
Os beijos que que sonhei pra minha boca!...

Florbela Espanca 

  Diferen�a de Opini�o Oil Painting  de Sir Lawrence Alma-Tadema
http://www.wholesaleoilpainting.com 




publicado por Magaly Magalhães às 11:19 PM
14.7.04
 
LIBERDADE - IGUALDADE - FRATERNIDADE



http://educaterra.com.br

Este lema motivou as a��es contra o arb�trio e a desigualdade entre as classes sociais, no Estado franc�s, no ano de 1789.

A queda da Bastilha aconteceu a 14 de julho de 1789.

A Marselhesa, composta pelo oficial franc�s Rouget de Lisle, canta essa luta do povo contra o despotismo.
Mais tarde, torna-se o hino oficial franc�s.

LA MARSEILLAISE

Allons enfants de la Patrie
Le jour de gloire est arriv� !
Contre nous de la tyrannie
L'�tendard sanglant est lev� (bis)
Entendez-vous dans nos campagnes
Mugir ces f�roces soldats?
Ils viennent jusque dans vos bras.
�gorger vos fils, vos compagnes!
Aux armes citoyens
Formez vos bataillons
Marchons, marchons
Qu'un sang impur
Abreuve nos sillons
Que veut cette horde d'esclaves
De tra�tres, de rois conjur�s?
Pour qui ces ignobles entraves
Ces fers d�s longtemps pr�par�s?
Fran�ais, pour nous, ah! quel outrage
Quels transports il doit exciter?
C'est nous qu'on ose m�diter
De rendre � l'antique esclavage!
Quoi ces cohortes �trang�res!
Feraient la loi dans nos foyers!
Quoi! ces phalanges mercenaires
Terrasseraient nos fils guerriers!
Grand Dieu! par des mains encha�n�es
Nos fronts sous le joug se ploieraient
De vils despotes deviendraient
Les ma�tres des destin�es.
Tremblez, tyrans et vous perfides
L'opprobre de tous les partis
Tremblez! vos projets parricides
Vont enfin recevoir leurs prix!
Tout est soldat pour vous combattre
S'ils tombent, nos jeunes h�ros
La France en produit de nouveaux,
Contre vous tout pr�ts � se battre.
Fran�ais, en guerriers magnanimes
Portez ou retenez vos coups!
�pargnez ces tristes victimes
� regret s'armant contre nous
Mais ces despotes sanguinaires
Mais ces complices de Bouill�
Tous ces tigres qui, sans piti�
D�chirent le sein de leur m�re!
Nous entrerons dans la carri�re
Quand nos a�n�s n'y seront plus
Nous y trouverons leur poussi�re
Et la trace de leurs vertus
Bien moins jaloux de leur survivre
Que de partager leur cercueil
Nous aurons le sublime orgueil
De les venger ou de les suivre!
Amour sacr� de la Patrie
Conduis, soutiens nos bras vengeurs
Libert�, Libert� ch�rie
Combats avec tes d�fenseurs!
Sous nos drapeaux, que la victoire
Accoure � tes m�les accents
Que tes ennemis expirants
Voient ton triomphe et notre gloire!
 
A MARSELHESA
 
Avante, filhos da P�tria,
O dia da Gl�ria chegou.
O estandarte ensang�entado da tirania
Contra n�s se levanta.
Ouvis nos campos rugirem
Esses ferozes soldados?
V�m eles at� n�s
Degolar nossos filhos, nossas mulheres.
�s armas cidad�os!
Formai vossos batalh�es!
Marchemos, marchemos!
Nossa terra do sangue impuro se saciar�!
O que deseja essa horda de escravos
de traidores, de reis conjurados?
Para quem s�o esses ign�beis entraves
Esses grilh�es h� muito tempo preparados? (bis)
Franceses! Para voc�s, ah! que ultraje!
Que elans deve ele suscitar!
Somos n�s que se ousa criticar sobre voltar � antiga escravid�o!
Que! essas multid�es estrangeiras
Fariam a lei em nossos lares!
Que! as falanges mercen�rias
Arrasariam nossos fi�is guerreiros (bis)
Grande Deus! por m�os acorrentadas
Nossas frontes sob o jugo se curvariam
E d�spotas vis tornar-se-iam
Mestres de nossos destinos!
Estreme�am, tiranos! e voc�s p�rfidos,
Inj�ria de todos os partidos,
Tremei! seus projetos parricidas
V�o enfim receber seu pre�o! (bis)
Somos todos soldados para combat�-los,
Se nossos jovens her�is caem,
A Fran�a outros produz
Contra voc�s, totalmente prontos para combat�-los!
Franceses, em guerreiros magn�nimes,
Levem, carreguem ou suspendam seus tiros!
Poupem essas tristes v�timas, que contra voc�s se armam a contragosto. (bis)
Mas esses d�spotas sanguin�rios
Mas esses c�mplices de Bouill�,
Todos esses tigres que, sem piedade,
Rasgam o seio de suas m�es!...
Entraremos na batalha
Quando nossos antecessores n�o mais l� estar�o.
L� encontraremos suas marcas
E o tra�o de suas virtudes. (bis)
Bem menos ciumentos de suas sepulturas
Teremos o sublime orgulho
De ving�-los ou de segu�-los.
Amor Sagrado pela P�tria
Conduza, sustente nossos bra�os vingativos.
Liberdade, querida liberdade
Combata com teus defensores!
Sob nossas bandeiras, que a vit�ria
Chegue logo �s tuas vozes viris!
Que teus inimigos agonizantes
Vejam teu triunfo e nossa gl�ria. 
 
(Tradu��o encontrada neste site)  


publicado por Magaly Magalhães às 11:57 PM
10.7.04
 


Rose Meditative
Salvador Dali Oil Painting
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De vez em quando, eu penso, sabiam? Pois �. � o que est� acontecendo agora.
Eu, pensando...

Para seguir uma carreira qualquer, o indiv�duo tem que, al�m do estudo fundamental e m�dio, ter conclu�do um curso profissionalizante, ou submeter-se a um concurso, ou ter finalizado um curso universit�rio, enfim, ter uma qualifica��o profissional.

Mas o candidato � carreira pol�tica prescinde dessa qualifica��o. Candidatam-se pessoas preparadas, n�o vou negar, mas os despreparados est�o l�, pretendendo fazer pol�tica sem a menor vis�o do que seja o organismo pol�tico, sem que seja submetido, pelo menos, a testes psicol�gicos (o que ocorre at� com pessoas que fazem concursos p�blicos ou privados),que lhes apontem as tend�ncias e a motiva��o.
O resultado est� a�, em baixo de nossos olhos.

Um pol�tico � teoricamente um indiv�duo que se dedica � causa p�blica. Deve ser uma pessoa dedicada ao bem comum, que veja no bem p�blico toda a motiva��o de sua atividade e tenha capacidade de realizar um trabalho abnegado.

Parece que, hoje em dia, a carreira pol�tica aparece como tentadora pela facilidade com que o indiv�duo arruma sua vida pessoal e familiar, em primeiro lugar. Depois vem o trabalho em si, que se resume a montar projetos de lei, nem sempre socialmente justos. O eleitorado, este, n�o dever� ser submetido a decep��es: que seria da reelei��o?

� tudo muito impr�prio e injusto, mas a sociedade pode ajudar. Ali�s, a solu��o tem que surgir da conscientiza��o do corpo social e de sua participa��o no processo pol�tico.


* * *

Minha cabe�a hoje est� em Parati. Vi as not�cias pela televis�o e estou ansiosa por detalhes sobre o evento. Como h� muitos blogueiros participando da festa, com certeza vamos ter muitos posts sobre os assuntos discutidos l�. Que bom! Por enquanto, tenho que me conformar com o que a imprensa (falada e escrita) nos envia, o que � uma bela contribui��o. Minha curiosidade � com as impress�es pessoais dos felizardos blogueiros presentes ao evento.


* * *

Termino aqui com um versinho gostoso, claro, da Cec�lia:

EPIGRAMA N� 9

O vento voa,
a noite se atordoa,
a folha cai.

Haver� mesmo algum pensamento
sobre essa noite? Sobre esse vento?
sobre essa folha que cai?

Cec�lia Meireles / VIAGEM

publicado por Magaly Magalhães às 12:43 AM
2.7.04
 


Renoir Oil painting
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Ganhei de uma amiga o livro Murilo Mendes, Melhores Poemas. Estou francamente noutra dimens�o. N�o poderia dormir em paz hoje sem dividir com voc�s a beleza desses poemas:

MURILOGAMA A CEC�LIA MEIRELES

Dorme no salt�rio & na magn�lia,
Dorme no cristal & em Cassop�ia

Dorme em Cassop�ia & no salt�rio,
Dorme no cristal e na magn�lia.

O s�culo � violento demais para teus dedos
D�cteis afei�oados ao toque dos duendes:

O s�culo, �cido demais para uma pastora
De nuvens, aponta o rev�lver aos mansos

Inermes no guaiar & columbrando a paz.
Armamentos em excesso, parque sombras de menos

Se antojam agora ao homem, antes criado
Para dan�a, alegria & ritmos de paz.

A faixa do c�u glauco indica-te serena,
Acolhe a ode trabalhada, n�o gemente

Que ainda quer manter linguagem paral�m.
Altas nuvens sacodem as crinas espiando

Teu sono incoativo. A noite vai inoltrada,
Prepara �snea de seda � sagorna da tua lira

Que subjaz no corpo interrompido, diamante
Ahim�! mortal que os deuses reclamaram.

* * *

Dorme em paz Cassop�ia & no salt�rio,
Dorme no cristal e na magn�lia.


PR�-HIST�RIA

Mam�e vestida de rendas
Tocava piano no caos.
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta n�o mais olhou
Para mim, para ningu�m:
Cai no �lbum de retratos.


CAN��O DO EX�LIO

Minha terra tem macieiras da Calif�rnia
onde cantam gaturanos de Veneza.
Os poetas de minha terra
s�o pretos que vivem em torre de ametista,
os sargentos do ex�rcito s�o monistas, cubistas,
os fil�sofos s�o polacos vendendo a presta��es.
A gente n�o pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em fam�lia t�m por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores s�o mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil-r�is a d�zia.

Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabi� com certid�o de idade!


Que tal? N�o valeu a pena?

Murilo Mendes passou fora do Brasil a maior parte de sua vida, na It�lia, tanto que se tornou poeta italiano, pr�mio internacional de poesia Etna-Taormina. No entanto, apesar de seu longo ex�lio, sempre foi, na forma e na inspira��o, poeta brasileiro, na palavra de Luciana Stegagno Pichio
A cr�tica brasileira tem Murilo como uma das vozes mais inovadoras e, por isso mesmo, mais essenciais da l�rica modernista.


publicado por Magaly Magalhães às 12:37 AM