Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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29.12.03
 





O �TERO

Leonardo da Vinci

publicado por Magaly Magalhães às 11:21 PM
28.12.03
 
2004 se esbo�a, est� prestes a iniciar-se. O Tempo, como o �tero que projeta um ser para o mundo, parir� mais um ano.
Desafios novos para a ci�ncia humana, propostas globais nos campos da pol�tica, das rela��es humanas e sociais, das pesquisas cient�ficas.

O mundo melhorar�?
O homem encontrar� sua f�rmula existencial?
Detectar� os princ�pios �ticos que dever�o reger seus passos?
Perceber� que a paz entre os povos � uma necessidade premente ?

Esperemos que sim, embora isto soe ut�pico. Mas que seja um alinhavo de conscientiza��o, uma promessa de movimento positivo em torno dos problemas que assediam a humanidade. J� � um posicionamento , j� � um come�o de liberta��o dos males que nos fustigam. Vamos ter esperan�as.

Que nas�a bem o quarto ano do s�culo XXI.



Trago-lhes hoje a poesia de Eucana� Ferraz.:


NOT�CIAS PARA GRA�A E QUIT�RIA

As terras est�o l�
e os c�us de sempre.
As casas s�o as mesmas,
pequeninas, pele e osso.
De ser feliz n�o se sabe,
nem h� not�cias de Deus.
Usinas, canaviais, como um dil�vio.
Morrer � f�cil
e n�o h� justi�a.
O ch�o que voc�s pisaram,
o azul que seus olhos viram - eternos.
A m�e, o irm�o,
eternamente, dormindo
no Olho d��gua da Pedra.


LONGE

Da terra

a vista nua,
n�o v�s,
pousados l�,
homens
e naves.

H� que supor
que a lua, esta,
� a mesma porcelana
- branco da china -
vista por Li Po, o poeta,

h� mais de mil anos.


O poeta (do Rio de Janeiro) � professor de Literatura Brasileira na UFRJ. Publicou poemas e ensaios de cr�tica em jornais, revista, e antologias. � tamb�m autor de Livro primeiro (1990,) e Martelo (1997).


FELIZ ANO NOVO!

publicado por Magaly Magalhães às 9:41 AM
20.12.03
 
Flower Bodega Bay
Anil Rao 02a
August 2002


publicado por Magaly Magalhães às 12:10 AM
19.12.03
 
CAN��O QUASE INQUIETA

De um lado, a eterna estrela,
e do outro a vaga incerta,

meu p� dan�ando pela
extremidade de espuma,
e meu cabelo po uma
plan�cie de luz deserta.

Sempre assim:
de um lado, estandartes do vento...
- do outro, sepulcros fechados.
E eu me partindo, dentro de mim,
para estar no mesmo momento
de ambos os lados.

Se existe a tua Figura,
se �s o Sentido do Mundo,
deixo-me, fujo por ti,
nunca mais quero ser minha!

(Mas, neste espelho, no fundo
desta fria luz marinha,
como dois ba�os peixes,
nadam meus olhos � minha procura...
Ando contigo - e sozinha.
Vivo longe - e acham-me aqui...)

Fazedor da minha vida,
n�o me deixes!
Entende a minha can��o!
Tem pena do meu murm�rio,
re�ne-me na tua m�o!

Que eu sou gota de merc�rio,
dividida,
desmanchada pelo ch�o...

Cec�lia Meireles


Tenho quase certeza de que estou reprisando este poema aqui. em meu blog, mas a vontade de tornar a ele foi maior do que a conveni�ncia. E, finalmente, o ganho � para todos porque Cec�lia � inimit�vel quando descreve sentimentos.
A voz dessa inquietude habita em todos n�s e, �s vezes, vem � tona.
Ela expressa esses estados d�alma de forma delicada ao captar os diversos matizes da fragilidade humana.


E a del�cia deste poema infantil?

PESCARIA


Cesto de peixes no ch�o.

Cheio de peixes, o mar.

Cheiro de peixe pelo ar.

E peixes no ch�o.

Chora a espuma pela areia,
na mar� cheia.

As m�os do mar v�m e v�o,
em v�o.
N�o chegar�o
aos peixes do ch�o.

Por isso chora, na areia,
a espuma da mar� cheia.


N�o � mesmo uma lindeza?


Ah! vou ler mais poemas. De Cec�lia.


publicado por Magaly Magalhães às 11:50 PM
15.12.03
 

publicado por Magaly Magalhães às 11:56 PM

 
Estamos a 10 dias do Natal. Quero louvar meus amigos e desejar-lhes um noite natalina perfeita de alegria e festa familiar, mas tamb�m de medita��o e louvor a Jesus Menino, mandado por Deus a nosso encontro para nos conscientizar do nosso papel no mundo.

Uma amiga muito querida, L�da Mello, de quem voc�s j� conhecem belos poemas, acaba de oferecer-me excelente contribui��o, sa�da agorinha do forno

NATAL DE AMOR

L�da Mello


Estive meditando sobre o Natal.
N�o consegui me fixar na imagem
de uma doce crian�a adormecida,
repousando sobre um leito de palha.

Meditar sobre o Natal levou-me a Jesus
nos trazendo a Boa Nova.
"Eu lhes dou um novo mandamento:
Amem uns aos outros, assim como eu os amei."
(Jo,13,34)

Passaram-se dois mil�nios...
A ci�ncia e a tecnologia
descortinaram horizontes ilimitados.
A humanidade deveria estar em paz!
Mas n�o est�.

Confusas, as pessoas n�o encontram uma forma
de como ser gente no mundo das m�quinas.
Apesar do conforto e das comodidades,
vivemos uma grande solid�o.
Esquecemos o Mandamento do Amor!
E, assim, vivemos a solid�o do desamor.

O Amor � gratuito. N�o se compra e nem se troca.
O Amor requer profundidade. N�o sobrevive na superf�cie.
O Amor repousa na alma
de onde transborda para o corpo e para o universo.
O Amor tece la�os com as linhas do infinito.
O Amor � nosso tra�o de uni�o com Deus,
atrav�s dos nossos companheiros de caminhada.

Natal.
O Amor pede permiss�o para nos entregar
a Paz e a Felicidade que nos foram destinadas.

Um Feliz Natal de Amor para todos n�s!



Uma boa reflex�o sobre o real significado do Natal e da situa��o em que a humanidade se encontra 2.000 anos depois do advento de Cristo.


publicado por Magaly Magalhães às 11:55 PM
14.12.03
 

publicado por Magaly Magalhães às 12:37 AM

 
Gente! Fui l� nos coment�rios de Imagens & Palavras e conclu� que, neste corrido m�s de dezembro, n�o d� para esperar que os leitores num s� post tenham que clicar em links pra ler algo al�m do que o post em que est�o lhes oferece. Mas digo: voc�s n�o sabem o que est�o perdendo.
E como n�o quero que isto aconte�a, partindo do fato de que as mini-est�rias s�o realmente condensadas em pouqu�ssimos per�odos, vou transcrev�-las aqui para facilitar a a��o de voc�s. Leiam-nas, opinem sobre elas nos coment�rios daqui mesmo, escolhendo a preferida e opcionalmente aplicando uma nota de 1 a 5.

3 narrativas de ELSA L
ELSA L (Portugal)


01 - Est�ria do momento

N�o h� nada.
Nem os rel�gios que nos levam minutos, nem as medidas que nos separam. Nem os que nos amam, nem os que nos odeiam. N�o h� nada aqui que nos impe�a nesses caminhos cruzados.
S� h� estes dois corpos l�quidos abra�ados num encontro et�reo. Essa mistura coloidal que se completa.


02 - Sobre o tempo que passa

No fumo das velas que nos leva o tempo (ou na ponta do teu cigarro) tudo se esfuma, tudo se esvai, enquanto n�s ficamos na espera constante desse h�lito branco que nos teima em dar futuros dos passados que desejamos.


03 - Sozinha no Majestic

A temperatura do caf� desceu enquanto o cigarro se esfumou. Ela realmente n�o gostava de caf�. Nem de cigarros. Mas a tentativa de se distrair na cad�ncia das notas sobre a coluna de fumo falhou. A espera deixava-a cada vez mais deserta naquele canto entre os espelhos velhos do Majestic.
N�o deixava mais.
Quando sentiu o sopro da chuva que se escapava pela porta aberta, ele compreendeu: quem estava s� era ele. Com Chopin.


E ent�o? Vamos � leitura e � cr�tica? � um belo exerc�cio. A gente absorve a id�ia do outro, elabora-a, pensa-a, repensa-a e devolve-a. O resultado � um enriquecimento do pr�prio pensamento um alargamento de perspectivas.
N�o deixem de colaborar. Cada um tem o que acrescentar sempre. Ora um detalhe ora uma id�ia paralela.

************

E o desafio? Nenhum palpite? Est� a� outra coisa em que posso ajudar. Vou adiantar detalhes da vida do autor, �poca em que atuou, caracter�ticas de estilo ou de personalidade e espero que haja participa��o.

Pernambucano, nascido na segunda d�cada do s�culo passado, contempor�neo do poeta alagoano Ledo Ivo, fez carreira diplom�tica, tendo estado em Barcelona Londres, Sevilha, Marselha, Genebra, Berna, Assun��o, Dacar.
Durante uma estada em Recife, fez uma pesquisa geogr�fico-sentimental do amado rio de sua inf�ncia - o Capibaribe - resultando da� seu longo poema O Rio

O reconhecimento de seu trabalho aconteceu com o poema dram�tico Morte e Vida Severina, de 1956, levado ao palco dez anos dpois e musicado por Chico Buarque de Holanda.

Ficou f�cil agora? Ent�o, a resposta �_______________________________

************

Refresco para os olhos. Adivinhem que lugar � este.


publicado por Magaly Magalhães às 12:16 AM
12.12.03
 
Saindo no Imagens & palavras o quarto semi-finalista de Concurso de Narrativas Breves Haroldo Maranh�o, al�, al�!

Trata-se de uma candidata lusitana (e n�o h� somente esta procedente de Portugal entre as semi-finalistas). Dona de uma estilo econ�mico, s�brio, Elisa L. sabe, como poucos, reter o momento que descreve com admir�vel concis�o e eleg�ncia.

Vamos a uma visita ao Imagens & Palavras? O �bottom� competente est� � esquerda da �rea de edi��o, logo acima do espa�o ocupado por links. Vamos gastar uns cliques l�? N�o esque�am de comentar e optar por uma das narrativas. Meg vai agradecer o gesto de colabora��o.

E mais: procurem l�, no lado esquerdo, logo abaixo da rosa, um campo destinado a artigos anteriores, procedentes das melhores penas do pa�s, pois est�o l� Paulo R�nai, Millor Fernandes, Pedro D�ria, Eraz� Martinho.

Logo ser� divulgado o nome real da candidata. Elisa L. � seu pseud�nimo


******************************

DESAFIO: Quem identifica o autor do poema

O FOGO NO CANAVIAL

A imagem mais viva do inferno
Eis o fogo em todos seus v�cios:
eis a �pera, o �dio, o energ�meno,
a voz rouca de fera em cio.

E contagioso, como outrora
foi, e hoje n�o � mais, o inferno:
ele se catapulta, exporta,
em brulotes de de curso a�reo,

em petardos que se disparam
sem pontaria, intransitivos;
mas que queimada a palha dormem,
b�bados, curtindo seu litro.

(O inferno foi fogo de vista,
ou de palha, queimou as saias:
deixou nua a perna da cana
despiu-a, mas sem deflor�-la.)


Quem vai acertar?


***************************

publicado por Magaly Magalhães às 12:48 AM
10.12.03
 
Fl�via, gosto tanto deste seu DIVERTIMENTO que o deixei sozinho, reinando em espa�o exclusivo, alegrando a vista da gente, enobrecendo a �rea que ocupa. As cores est�o perfeitas, os matizes cativantes.

Mestra em design � assim. Gl�ria termos voc� como como companheira de blog.

publicado por Magaly Magalhães às 1:48 AM

 

publicado por Magaly Magalhães às 1:38 AM

 
Lembran�a de Severo Sarduy

Ao ferir
com a tesoura
a haste
da manga,
escorre
o l�quido,
visco
oloroso
prenunciando
nas ventas
o doce gozo.
Antecipa��o
do para�so
na tarde calorenta
do gelado
suco de manga
deslizando
na garganta.


Apanhei l� na Meg

publicado por Magaly Magalhães às 1:32 AM
4.12.03
 





Voltemos aos pequenos contos do Concurso Narrativas Breves Haroldo Mahanh�o, iniciativa feliz de Meg, do SubRosa, como todos j� sabem.
O autor da vez apresenta-se com o pseud�nimo de Ov�dio Dantelli. Concorreu com tr�s narrativas, classificou as tr�s e colocou-se com uma delas como semifinalista.
Trata-se de um dos autores de blog dos mais competentes e com incurs�es em literatura. Muito lido e reconhecido pela maioria dos blogueiros.

Vou transcrever a mais festejada das tr�s narrativas de Ov�dio, de acordo com os coment�riios j� feitos no Imagens & Palavras.

GOIABA EM CALDA

Altamiro, nascido em Rondon�polis, chegou a funcion�rio da NASA. Departamento de Rastreamento Molecular dos Corpos Celestes, para orgulho da v� Nitinha, que at� hoje envia a insuper�vel goiaba em calda � sede da institui��o, no Texas. O problema � que Altamiro, workaholic, descobriu que a fus�o nuclear do hidrog�nio do Sol, o principal combust�vel do astro e previsto para acabar daqui a cinco bilh�es de anos, s� tem g�s para mais cinq�enta anos. Perguntando com muito jeitinho ao chefe do departamento o porqu� da malversa��o da informa��o, Altamiro ouviu o clich� de filme B: ?Evitar o p�nico da popula��o?. Indignado, Altamiro preparou um dossi� completo sobre a situa��o do astro-rei e o iminente colapso do sistema solar, para distribuir �s autoridades constitu�das e � imprensa (?brasileira, que seja?). ?V�o querer me matar, mas vale a causa?, disse ele aos bot�es de seu jaleco. Mas quando chegou o pote mensal de goiaba em calda, Altamiro, vendo as fatias vermelhinhas � contraluz, pensou ?Espera a�?. Neste momento ele observa o dossi� ser fatiado pelo triturador de papel.


Gostusura, hein? Como goiaba em calda de verdade!

Com a amostragem, est� feito o convite. V�o ao Imagens & Palavras, leiam os outros dois trabalhos de Ov�dio e fa�am sua escolha deixando um pequeno coment�rio, sem
maiores preocupa��es de acerto. Tudo � v�lido quando feito com esp�rito aberto .


@@@@@@@@@@@@@@


� Fal, meu abra�o pelo sucesso de suas interessant�ssimas hist�rias que brilharam perante o j�ri do concurso. Sob o pseud�nimo de Marly, Fal agradou em cheio.
Parab�ns!


@@@@@@@@@@@@@@@@


Meg, a autora deste movimento, tem realmente motivos de sentir-se ufana e muito feliz. E j� est� gerando novas id�ias... Que bom!









publicado por Magaly Magalhães às 10:49 PM
1.12.03
 
Aten��o!

O artigo Preconceito e Discrimina��o, utilizado no post abaixo, foi colhido de trechos do texto: AIDS - Manual de Sobreviv�ncia em http://openlink.br.inter.net/aids

publicado por Magaly Magalhães às 10:32 PM

 






PRECONCEITO E DISCRIMINA��O:

Historicamente � muito comum se atribuir ao pr�prio doente a responsabilidade pela doen�a que o vitimou, associando-se ao semodo de vida, h�bitos e costumes, que muitas vezes s�o considerados, por parte da sociedade n�o apenas como diferentes mas, desviantes ou desregrados. A partir de ent�o surge a id�ia, hoje combatida, dos chamados "grupos de risco". Identificar respons�veis � uma maneira simplista de explicar o que n�o se compreende, e tamb�m uma atividade "terap�utica" pois uma vez achados os "culpados" os demais est�o automaticamente eximidos de toda e qualquer responsabilidade. No inconsciente coletivo esses indiv�duos deveriam ent�o ser penalizados pelo seu delito e seus agravos.
Diante de toda e qualquer epidemia h� sempre um movimento acusat�rio de maior ou menor intensidade, variando de acordo com a gravidade. Por mais incr�vel que possa parecer, em vez de se adotar uma conduta consciente, solid�ria e construtiva diante da AIDS, ainda existem aqueles que buscam segregar "os culpados pelos pecados da humanidade", discriminando algumas minorias j� bastante marginalizadas, simplesmente mais vulner�veis.
L.F.Sangenis ressalta com bastante lucidez, no seu livro: AIDS e Juventude: "Ainda que n�o aceitemos certos comportamentos e op��es das pessoas, nem por isso estamos eximidos de respeita-las na sua dignidade humana, inclusive considerando os seus direitos inalien�veis".
O livro Direito das Pessoas Vivendo com HIV e AIDS Grupo PELA retrata esta realidade de forma clara: "O fato de a Infec��o pelo HIV e AIDS ter sido detectada inicialmente em determinadas pessoas ou grupos sociais como os homossexuais masculinos e os usu�rios de drogas endovenosas, concorreu objetivamente para a estigmatiza��o e a discrimina��o que, somadas � incurabilidade da doen�a (ou conjunto de doen�as), determinaram para a pessoa com HIV e AIDS uma condena��o n�o s� � morte biol�gica, natural e reservada a todos, independente da sorologia para o HIV, mas, com muito mais rigidez, � morte civil, impedindo-a de exercer plenamente todos os seus direitos de cidad�. A AIDS deixa de ser uma doen�a para ser uma "pena" aplicada aos "criminosos morais".
� muito importante salientar que a contamina��o pelo HIV n�o est� restrita aos chamados "grupos de risco". Qualquer pessoa, de qualquer grupo social, est� sujeita a contrair o v�rus. Ao mesmo tempo � preciso desmistificar e desdramatizar a doen�a: n�o se pega AIDS simplesmente pelo conv�vio di�rio com um soropositivo. Contatos diretos como aperto de m�o, abra�o e outros casuais, at� mesmo o beijo n�o provoca contamina��o. Tamb�m n�o se pega AIDS atrav�s de picadas de insetos, mordidas de animais, partilhando a mesma �gua da piscina, pelo uso comum de banheiros: privadas, pias, chuveiros, assentos e etc. Muito menos no uso de utens�lios dom�sticos como: talheres, pratos, toalhas, vestu�rio, roupa de cama e etc.. No local de trabalho, o v�rus n�o circula pelo ar, n�o se transmite pelo espirro, tosse, suor, saliva, ou pelo uso de objetos comuns de trabalho.
NOTA: Os �nicos objetos pessoais de um soropositivo que n�o devem ser usados (compartilhados) por outras pessoas s�o os chamados perfuro cortantes, tais como: alicate de unha, de cut�cula, l�minas de barbear e os de higiene pessoal: como escova de dentes, porque a utiliza��o desses instrumentos pode ocasionar sangramento e os res�duos podem provocar cont�gio.
Lamentavelmente, ainda � muito comum no meio social um soropositivo masculino que n�o seja hemof�lico ou assumidamente gay, carregar sobre seus ombros o peso inc�modo e desafortunado da desconfian�a injustificada de parentes, amigos, ou terceiros, de que ele seja usu�rio de drogas injet�veis ou bissexual. As pessoas leigas ainda relutam em acreditar que os heterossexuais, mesmo aqueles que n�o se drogam, tamb�m podem ser contaminados pelo HIV. Para as mulheres, o fantasma de uma conduta prom�scua, clandestina e do consumo de drogas pesar� da mesma forma, porque a AIDS est� associada historicamente a uma forma de uma vida il�cita, libertina e pecaminosa.
A imagem de um portador da AIDS que nos salta dos arquivos da mem�ria � sempre a de uma pessoa magra, debilitada, com o corpo coberto de manchas, deitada sobre uma cama definhando, sofrendo solit�ria e abandonada. Esta imagem foi verdadeira um dia, � bem verdade, mas j� faz muito tempo. Hoje com o advento de novas e potentes drogas e os avan�os terap�uticos, na maioria das vezes � muito dif�cil, reconhecer um portador do HIV, principalmente quando em estado assintom�tico, simplesmente olhando-se para ele. No cotidiano, o que diferencia uma pessoa soropositiva das outras � o preconceito.


Procuremos ajudar, dentro de nossas possibilidades, a acabar com o pensamento preconceituoso ainda corrente, agindo com coer�ncia e esp�rito crist�o.

publicado por Magaly Magalhães às 10:20 PM

 


� amanh� o dia! Vamos fazer nossa parte?


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Para refrescar os olhos.

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publicado por Magaly Magalhães às 12:07 AM