Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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31.5.05
 


Roses from Nice Camille Pissarro
www.wholesaleoilpainting.com

...

Juventude
a jusante a mar� entrega tudo

maravilha do vento soprando sobre a maravilha
de estar vivo e capaz de sentir
maravilhas no vento
amar a ilha, amar o vento, amar o sopro, o rasto
maravilha de estar ensimesmado
(a maravilha: vivo!)
tragado pelo vento, assinalado
nos p�lagos do vento, recomposto
nos p�steros do tempo, assassinado
na pletora do vento
maravilha de ser capaz
maravilha de estar a postos
maravilha de em paz sentir
maravilhas no vento
e apascentar o vento,
encapelado vento
mar � vista da ilha,
eternidade � vista
do tempo
o tempo: sempre o sopro
et�reo sobre os pagos, sobre as r�gias do vento,
do montuoso vento
e a terna idade amarga
juventude
�xtase ao vivo, ergue-se o vento l�vido
vento salgado, paz de sentinela
maravilhada � vista
de si mesma nas algas
do tumultuoso vento,
de seus restos na m�goa
do tumul�rio tempo,
de seu pranto nas �guas do mar justo
maravilha de estar assimilado
pelo vento repleto
e pelo mar completo
juventude

a montante a mar� apaga tudo

...

Claro que pensei em todos ao transcrever este vibrante poema do grande poeta M�rio Faustino, embora ele seja endere�ado particularmente � Meg , forma de agradecer seu e-mail decorado com um belo buqu� de rosas mais um lindo poema com acompanhamento de um som muito, muito bonito mesmo. Obrigada, Meg, adorei tudo.

Sou mesmo uma pessoa feliz! Voc�s me fazem feliz.


Gente! Que novidade!
Voc�s viram no Inform�tica etc o artigo *Internet Iluminada*, de Elis Monteiro? Sobre a cria��o do padr�o de uso da energia el�trica para acesso � web? Pois �. O Brasil foi o �nico pa�s fora do velho mundo a ser escolhido pela Comunidade Europ�ia para contribuir com o projeto 2, que prev� a viabilidade comercial da tecnologia, repetindo as palavras de Elis.
Na Comunidade Europ�ia, a ado��o da Power Line Communications (PLC) ser� r�pida. Aqui, no Brasil, h� problemas na *defini��o do modelo de neg�cios*. Mas chegaremos l�; em mat�ria de tecnologia e equipamentos, estamos preparados, o que � muito importante.
A inclus�o digital ganhar� corpo, sem d�vida. Esta � a principal vantagem da ado��o do PLC.
V�o l� no Inform�tica etc e fiquem a par dos detalhes do movimento minunciosamente noticiado por Elis.


E que me dizem do Concurso de Microcontos M�rio Henrique Leiria? Inscreveram-se? Capricharam na forma e nos temas? A gente pode ver, clicando aqui os microcontos j� inscritos at� agora e posso garantir que h� trabalhos interessantes. As inscri��es terminam amanh�, � meia-noite.
A contribui��o dos blogueiros brasileiros tem sido muito boa. H� umas duas semanas j� passava de 250 o n�mero de contos enviados daqui do Brasil.


Pra encerrar nosso encontro de hoje, um par de versos na medida do talento de M�rio Faustino e que sugere sua concep��o po�tica do mundo:

*N�o morri de mala sorte,
Morri de amor pela morte.*

publicado por Magaly Magalhães às 12:45 AM
22.5.05
 


Mittedrin, a�reo, por Bruma e Roberto Silva
Festival Mundial do Circo do Brasil
Foto de Guto Muniz



QUEM SE LEMBRA?

O GRANDE CIRCO M�STICO

1981: Surge o espet�culo de dan�a, O Grande Circo M�stico, baseado no poema hom�nimo, do poeta alagoano Jorge de Lima, com roteiro de Naum Alves de Souza e coreografia de Carlos Trincheiras, pelo Ballet Gua�ra.

1983: Grava��o do disco O Grande Circo M�stico. M�sicas de Edu Lobo e letras de Chico Buarque, baseadas no mesmo poema.

Todos devem estar lembrados e os mais novos, pelo menos, informados a respeito, pois falo realmente de trabalhos de qualidade. Em se tratando do disco, na minha opini�o, o melhor e mais inspirado trabalho desta magn�fica parceria, Edu/Chico. Gravadas 11 m�sicas interpretadas por excelentes vozes, na seguinte ordem:

Abertura do Circo
Beatriz
Valsa dos Clowns
Opereta do Casamento
A hist�ria de Lily Braun
Meu Namorado
Sobre Todas as Coisas
A Bela e a Fera
Ciranda da Bailarina
O Grande C�rco M�stico
Na Carreira


O que importa saber � que m�sicas e letras foram inspiradas em uma das obras de maior relevo em nossa poesia: "A T�nica Incons�til"(1938) do j� nomeado poeta Jorge de Lima.

Do texto original:

O GRANDE CIRCO M�STICO

Jorge de Lima (1893-1953)

O m�dico de c�mara da imperatriz Teresa - Frederico Knieps
resolveu que seu filho tamb�m fosse m�dico,
mas o rapaz fazendo rela��es com a equilibrista Agnes,
com ela se casou, fundando a dinastia de circo Knieps
de que tanto se tem ocupado a imprensa.
Charlote, filha de Frederico se casou com o clown,
de que nasceram Marie e Oto.
E Oto se casou com Lily Braun a grande deslocadora
que tinha no ventre um santo tatuado.
A filha de Lily Braun, a tatuada no ventre,
quis entrar para um convento,
mas Oto Frederico Knieps n�o atendeu,
e Margarete continuou a dinastia do circo
de que tanto se tem ocupado a imprensa.
Ent�o, Margarete tatuou o corpo
sofrendo muito por amor de Deus,
pois gravou em sua pele r�sea
a Via-Sacra do Senhor dos Passos.
E nenhum tigre a ofendeu jamais;
e o le�o Nero que j� havia comido dois ventr�loquos,
quando ela entrava nua pela jaula adentro,
chorava como um rec�m-nascido.
Seu esposo, o trapezista Ludwig, nunca mais a p�de amar,
pois as gravuras sagradas afastavam
a pele dela e o desejo dele.
Ent�o, o boxeur Rudolf que era ateu
e era homem fera derrubou Margarete e a violou.
Quando acabou, o ateu se converteu, morreu.
Margarete pariu duas meninas que s�o o prod�gio do Grande Circo Knieps.
Mas o maior milagre s�o as suas virgindades
em que os banqueiros e os homens de mon�culo t�m esbarrado;
s�o as suas levita��es que a plat�ia pensa ser truque;
� a sua pureza em que ningu�m acredita;
s�o as suas m�gicas em que os simples dizem que h� diabo;
mas as crian�as cr�em nelas, s�o seus fi�is, seus amigos, seus devotos.
Marie e Helene se apresentam nuas,
dan�am no arame e deslocam de tal forma os membros
que parece que os membros n�o s�o delas.
A plat�ia bisa coxas, bisa seios, bisa sovacos.
Marie e Helene se repartem todas,
se distribuem pelos homens c�nicos,
mas ningu�m v� as almas que elas conservam puras.
E quando atiram os membros para a vis�o dos homens,
atiram as almas para a vis�o de Deus.
Com a verdadeira hist�ria do grande circo Knieps
muito pouco se tem ocupado a imprensa.


O CIRCO M�STICO

Edu Lobo/Chico Buarque

N�o
N�o sei se � um truque banal
Se um invis�vel cord�o
Sustenta a vida real

Cordas de uma orquestra
Sombras de um artista
Palcos de um planeta
E as dan�arinas num grande final

Chove tanta flor
Que sem refletir
Um ardoroso espectador
Vira colibri

Qual
Na� sei se � nova ilus�o
Se ap�s osalto mortal
Existe outra encarna��o

Membros de um elenco
Malas de um destino
Partes de uma orquestra
Duas meninas no imenso vagao

Negro refletor
Flores de organdi
E o grito do homem voador
Ao cair em si

N�o sei se � vida real
Um invis�vel cord�o
Ap�s o salto mortal

(Interpretada por Zizi Possi)


N�o consigo deixar de trazer aqui, mais uma vez, aquela que � a minha predileta desta cole��o de j�ias, qui�� do cancioneiro brasileiro:

SOBRE TODAS AS COISAS

Edu Lobo/Chico Buarque

Pelo amor de Deus
N�o v� que � pecado, desprezar quem lhe quer bem
N�o v� que Deus fica zangado vendo algu�m
Abandonado pelo amor de Deus
Ao Nosso Senhor
Pergunte se Ele produziu nas trevas o esplendor
Se tudo foi criado: o macho, a f�mea, o bicho, a flor
Criado para adorar o Criador
E se o Criador
Inventou a criatura por favor
Se do barro fez algu�m com tanto amor
Para amar Nosso Senhor
N�o, Nosso senhor
N�o h� de ter lan�ado em movimento terra e c�u
Estrelas percorrendo o firmamento em carrossel
Pra circular em torno ao Criador
Ou ser� que o deus
Que criou nosso desejo � t�o cruel
Mostra os vales onde jorra o leite e o mel
E esses vales s�o de Deus
Pelo amor de Deus
N�o v� que isso � pecado, desprezar quem lhe quer bem
N�o v� que Deus fica zangado vendo algu�m
Abandonado pelo amor de Deus

(Interpretada por Gilberto Gil)

publicado por Magaly Magalhães às 9:33 PM
13.5.05
 

OB�, do livro Orix�s, editora Tr�s

N�o sei se vou discorrer sobre um assunto que interesse a muitos, mas deve haver os que, como eu, t�m curiosidade de saber algo mais concreto sobre a Din�mica da Comunica��o Simb�lica.
No passado, houve a tentativa de se entender a sociedade como um sistema fechado. N�o h�, entretanto, como se estudar uma sociedade isoladamente. Ela pode at� ser entendida dentro de si mesma, mas n�o isolada de outras. Com entender, por exemplo, os iorub�s no Brasil (os iorub�s s�o origin�rios da Nig�ria) se considerarmos tal n�cleo populacional de modo fechado, sem levarmos em conta suas origens?
A sociedade deve ser estudada como um processo de comunica��o pela intera��o incessante de seus elementos, j� que � a capacidade que tem o homem de se comunicar simbolicamente que o distingue das outras esp�cies.
Esse tipo de comunica��o s�cio-cultural (abrangendo os tipos de comunica��o bi�tica, biol�gica e psico-social) tenderia para o caos (entenda-se como caos a aus�ncia de sentido, o nada, o vazio) n�o no sentido positivista, de ordem est�tica, pr�-estabelecida e sim como organiza��o que permite que o sistema fracasse, facultando simultaneamente a sua reformula��o futura - ordem din�mica.
Para melhor esclarecimento das id�ias em exposi��o, temos que tecer considera��es em torno da diferen�a entre homem e animal. Ora, sabemos que o animal nasce com programa��o completa que ele cumprir� atrav�s da vida, enquanto o homem nasce com a programa��o em aberto para receber, por est�mulos externos, sua identidade e toda uma carga program�tica ditada pelo contexto em que est� inserido. Neste campo, existem correntes de pensamento que se op�em.
Lacan, por exemplo, considera o inconsciente individual inteiramente vazio, isto �, n�o reconhece a personalidade oculta. A Antropologia Estrutural discorda de Lacan, quando este pensa no homem como uma caixa vazia. Acha que h� um vazio, mas com caracter�sticas pr�prias de instintos com predomin�ncia deste ou daquele elemento.
Tentando apresentar um exemplo elucidativo, imaginemos um par de g�meos. Por maior que seja a semelhan�a f�sica entre eles, h� sempre um ponto de diferen�a no agir, qualquer coisa que marca a distin��o entre os dois. Essa diferen�a � necess�ria para a dinamiza��o do sistema de comunica��o.
Desse modo, podemos afirmar que cada ser � pessoal, intransfer�vel, �nico, mesmo codificado pelo mesmo grupo social, ao mesmo tempo, nas mesmas circunst�ncias.
Entre os animais, a comunica��o s� se produz por est�mulos externos. Com o homem n�o, n�o na comunica��o simb�lica.
Se cada pessoa � necessariamente diferente da outra, um mesmo fato pode causar rea��es diferentes em pessoas mesmo afins, pode traumatizar intensamente uma pessoa e deixar outra mais ou menos indiferente. S�o essas as diferen�as que promovem a comunica��o; � a necessidade de troca de diferen�as que a torna poss�vel. � o contr�rio da coisa repetida, da comunica��o morta (entropia) que perde seu significado inicial. Essas diferen�as necess�rias � comunica��o n�o englobam id�ia de valora��o: � a desordem na ordem ou a ordem na desordem ( ordem e desordem: caracteres do s�mbolo). � esta polissemia que constitui o interesse do antrop�logo estrutural.
Podemos, ent�o, ficar seguros de que a socializa��o uniforme e homog�nea empobrece a capacidade de comunica��o, que � estimulada pelas diferen�as: mais trocas de diferen�as X melhor comunica��o.

A t�tulo de fixa��o de conceitos, � bom repetir: Quando uma sociedade percorre todo o c�digo previsto, acaba-se seu vocabul�rio. A�, come�a a escamotea��o do c�digo levando ao discurso invertido.
A quebra do c�digo pode ser fracionada. N�o se pode prever se um grupo vai mudar ou se sofrer� mudan�as fracionadas.

Agora, a t�tulo de curiosidade: O desaparecimento dos �ndios bororos e dos �ndios apinag�s n�o ocorreu pela falta de vocabul�rio, pelo esgotamento sem�ntico, mas pela interfer�ncia de um c�digo t�o diferente do deles, t�o absurdo para eles, que eles n�o tiveram capacidade de sobreviv�ncia.


Estes pensamentos foram anotados de uma palestra ouvida na FACHA, proferida pela Prof� Walderez, da cadeira de Antropologia no fim da d�cada de 80. Como acho um assunto palpitante, inclino-me a registr�-lo aqui, com a finalidade de partilhar com quem aprecie a mat�ria.



E pra n�o dizer que n�o falei de ... poesia



P�S-TUDO, de Augusto de Campos(1984)

publicado por Magaly Magalhães às 12:39 AM
8.5.05
 


Gabrielle et Jean / Pierre Auguste Renoir / Oil painting
www.wholesaleoilpainting.com

DIA DAS M�ES

Minha homenagem a todas as m�es do planeta: m�es atuantes, m�es passivas, m�es pelo cora��o, m�es no desejo de virem a ser m�es, m�es em esp�rito e verdade, m�es simplesmente m�es.

Com a alma voltada para a imagem em vida de minha m�e, falecida em 1997, aos 93 anos, deixo aqui um breve perfil desta mulher tenaz e iluminada: Maria Elisabeth Duarte Campello (Elisita, entre familiares e amigos), exemplo de m�e abnegada, generosa e antenada a seu tempo e circunst�ncias.

PERFIL

Pequena
Formosa
Suave
Maria

Caprichos
� parte
Sens�vel
Maria

Atuante
Pensante
Valente
Maria

Maria sem m�goas
Maria exemplo
Maria estandarte
De for�a e talento

Maria de um
Maria de tantos
Maria de todos
Por f� e por Deus

Bendita Maria
Que honra me deste!
Minha m�e Maria
Maria Elisabeth

1997 / Rio

Que as m�es de hoje consigam sentir-se dispostas e vibrantes ainda que na presen�a de problemas ou na aus�ncia de recursos, munidas da for�a especial que caracteriza o perfil de M�e!


O cora��o de uma M�E � um profundo abismo no fundo do qual encontrar�s sempre o perd�o.
[Balzac]


A M�E � um poema de sensibilidade, uma fonte perene de bondade e perd�o ...
[Perez Escrich]

publicado por Magaly Magalhães às 12:23 PM
1.5.05
 

Guar�s, p�ssaros da regi�o amaz�nica

Hoje � dia de variedades. H� tanto o que comentar!

Voc�s t�m passado no Imagens e Palavras , da Meg? Est� cheio de artigos novos, mas muitos mesmo. Quando falo em novos, n�o quero dar a conota��o de artigos recentes. S�o artigos especiais que transmitem id�ias especiais, que n�o sofrem o desgaste do tempo. S�o o testemunho de um momento importante, o registro de um fato ou de uma vida proveitosa, ensaios sobre temas palpitantes. Enfim, o I&P � um reposit�rio inestim�vel de cultura.
Vamos adquirir o h�bito de visit�-lo de quando em quando, deixando l�, nos coment�rios, nossa opini�o, nossas d�vidas (�s quais certamente, Meg responder�). Vamos?

Uma curiosidade: J� visitaram o Verbeat? Como diz minha neta, bom que vcs d�em uma fuxicadinha na p�gina que vcs v�o se surpreender. O pessoal � bom e sabe dizer a que veio. Passem por l�.




Algu�m precisando de professor de viol�o? H� um site que leva o interessado ao endere�o certo: o Curso de Viol�o Andr� Campello. Trata-se de meu filho e, por isso, posso dizer de cadeira: � um professor consciente, amante da boa m�sica e tem conseguido encaminhar com seguran�a muita gente na carreira musical. Detalhes no site.


Olhe o concurso, gente!

Promovido pelo blogueiro/escritor Lu�s Ene, o conhecido autor de Mil e uma pequenas hist�rias, o Concurso de micro-contos M�rio Henrique Leiria j� se encontra em plena execu��o e receber� contribui��es durante todo o m�s de maio.



Blogueiros portugueses e brasileiros podem habilitar-se enviando seus contos (em n�mero de tr�s) por todo o m�s de maio, os quais ficar�o expostos em http://leituras.com.net, onde se encontra o regulamento do concurso e mais detalhes.
Espero que muitos, muitos blogueiros queiram participar. Durante o m�s de junho, ser�o julgados os contos por uma seleta composi��o de ju�zes, havendo previs�o de o resultado sair em fins do mesmo m�s. Os vencedores ter�o seus contos publicados.



Marinha / Carlos Scliar / �leo sobre tela

Ih! Tenho um poema t�o lindo hoje de uma autora lusitana, hoje estabelecida no Brasil.Trata-se da fil�sofa-poeta Maria Helena Varela.

BRASIL, BRASIS E EU...

Meu Brasil virtual,
Ilha continental encoberta
E desejada pelos homens de quinhentos;
Porto seguro de um povo de poetas,
Navegantes do infinito;
Terra prometida de profetas,
Vision�rios febris dum quinto imp�rio
A terra e o c�u fundidos no amor e no mist�rio.

Meus brasis de outros epos e mitos,
Povoado de deuses, sem her�is nem Graal;
Humanos sem inoc�ncia nem pecado,
For�a da terra pujantes e excessivas,
Vontades de viver afirmativas
Al�m do bem e do mal.

Meu Brasil natureza,
Grande sert�o intemporal,
Dentro e fora das gentes,
Cantado por fil�mitos-poetas,
Tra�ado pela vontade das bandeiras.
Meu Brasil l�ngua geral,
Supra senso m�tico, original,
Mais perto dos deuses, da poesia,
Meu Brasil minha l�ngua
Transplantada, mesti�a e sem fronteiras,
Criada e recriada na magia;
Meu mar de outrora
E minha p�tria de agora.

Meu Brasil selvagem e menino
Em seu logos l�dico,
Jogo l�gico do ef�mero n�o banal,
Em seu mythos eterno e festa natural.
Meu Brasil do por-vir, do poder ser,
Do sentir e do deixar viver.
Meu Brasil que procura
Um sentido, um her�i, uma mem�ria
No devir da lonjura,
No desafio e na aventura,
Mais do que na hist�ria.

Meu Brasil de contrastes e confrontos,
Para�so terreal e purgat�rio das gentes,
Terra e fogo,
Profundo e superficial.
Meu Brasil miscigenado e plural.
Terceiro inclu�do, religador e arlequinal.
Meu Brasil ideal,
Quinto Imp�rio poss�vel,
Fluido e intemporal,
Terceira margem de um epos imperec�vel,
Heran�a sutil de her�is do mar,
Pioneiros nas artes de fluir,
Amar e navegar.

publicado por Magaly Magalhães às 11:43 PM