Divulgar
idéias próprias, combater o discurso invertido corrente,
aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste
veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
Roses from Nice Camille Pissarro www.wholesaleoilpainting.com
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Juventude a jusante a mar� entrega tudo
maravilha do vento soprando sobre a maravilha de estar vivo e capaz de sentir maravilhas no vento amar a ilha, amar o vento, amar o sopro, o rasto maravilha de estar ensimesmado (a maravilha: vivo!) tragado pelo vento, assinalado nos p�lagos do vento, recomposto nos p�steros do tempo, assassinado na pletora do vento maravilha de ser capaz maravilha de estar a postos maravilha de em paz sentir maravilhas no vento e apascentar o vento, encapelado vento mar � vista da ilha, eternidade � vista do tempo o tempo: sempre o sopro et�reo sobre os pagos, sobre as r�gias do vento, do montuoso vento e a terna idade amarga juventude �xtase ao vivo, ergue-se o vento l�vido vento salgado, paz de sentinela maravilhada � vista de si mesma nas algas do tumultuoso vento, de seus restos na m�goa do tumul�rio tempo, de seu pranto nas �guas do mar justo maravilha de estar assimilado pelo vento repleto e pelo mar completo juventude
a montante a mar� apaga tudo
...
Claro que pensei em todos ao transcrever este vibrante poema do grande poeta M�rio Faustino, embora ele seja endere�ado particularmente � Meg , forma de agradecer seu e-mail decorado com um belo buqu� de rosas mais um lindo poema com acompanhamento de um som muito, muito bonito mesmo. Obrigada, Meg, adorei tudo.
Sou mesmo uma pessoa feliz! Voc�s me fazem feliz.
Gente! Que novidade! Voc�s viram no Inform�tica etc o artigo *Internet Iluminada*, de Elis Monteiro? Sobre a cria��o do padr�o de uso da energia el�trica para acesso � web? Pois �. O Brasil foi o �nico pa�s fora do velho mundo a ser escolhido pela Comunidade Europ�ia para contribuir com o projeto 2, que prev� a viabilidade comercial da tecnologia, repetindo as palavras de Elis. Na Comunidade Europ�ia, a ado��o da Power Line Communications (PLC) ser� r�pida. Aqui, no Brasil, h� problemas na *defini��o do modelo de neg�cios*. Mas chegaremos l�; em mat�ria de tecnologia e equipamentos, estamos preparados, o que � muito importante. A inclus�o digital ganhar� corpo, sem d�vida. Esta � a principal vantagem da ado��o do PLC. V�o l� no Inform�tica etc e fiquem a par dos detalhes do movimento minunciosamente noticiado por Elis.
E que me dizem do Concurso de Microcontos M�rio Henrique Leiria? Inscreveram-se? Capricharam na forma e nos temas? A gente pode ver, clicando aqui os microcontos j� inscritos at� agora e posso garantir que h� trabalhos interessantes. As inscri��es terminam amanh�, � meia-noite. A contribui��o dos blogueiros brasileiros tem sido muito boa. H� umas duas semanas j� passava de 250 o n�mero de contos enviados daqui do Brasil.
Pra encerrar nosso encontro de hoje, um par de versos na medida do talento de M�rio Faustino e que sugere sua concep��o po�tica do mundo:
*N�o morri de mala sorte, Morri de amor pela morte.*
publicado
por Magaly Magalhães às 12:45 AM
22.5.05
Mittedrin, a�reo, por Bruma e Roberto Silva Festival Mundial do Circo do Brasil Foto de Guto Muniz
QUEM SE LEMBRA?
O GRANDE CIRCO M�STICO
1981: Surge o espet�culo de dan�a, O Grande Circo M�stico, baseado no poema hom�nimo, do poeta alagoano Jorge de Lima, com roteiro de Naum Alves de Souza e coreografia de Carlos Trincheiras, pelo Ballet Gua�ra.
1983: Grava��o do disco O Grande Circo M�stico. M�sicas de Edu Lobo e letras de Chico Buarque, baseadas no mesmo poema.
Todos devem estar lembrados e os mais novos, pelo menos, informados a respeito, pois falo realmente de trabalhos de qualidade. Em se tratando do disco, na minha opini�o, o melhor e mais inspirado trabalho desta magn�fica parceria, Edu/Chico. Gravadas 11 m�sicas interpretadas por excelentes vozes, na seguinte ordem:
Abertura do Circo Beatriz Valsa dos Clowns Opereta do Casamento A hist�ria de Lily Braun Meu Namorado Sobre Todas as Coisas A Bela e a Fera Ciranda da Bailarina O Grande C�rco M�stico Na Carreira
O que importa saber � que m�sicas e letras foram inspiradas em uma das obras de maior relevo em nossa poesia: "A T�nica Incons�til"(1938) do j� nomeado poeta Jorge de Lima.
Do texto original:
O GRANDE CIRCO M�STICO
Jorge de Lima (1893-1953)
O m�dico de c�mara da imperatriz Teresa - Frederico Knieps resolveu que seu filho tamb�m fosse m�dico, mas o rapaz fazendo rela��es com a equilibrista Agnes, com ela se casou, fundando a dinastia de circo Knieps de que tanto se tem ocupado a imprensa. Charlote, filha de Frederico se casou com o clown, de que nasceram Marie e Oto. E Oto se casou com Lily Braun a grande deslocadora que tinha no ventre um santo tatuado. A filha de Lily Braun, a tatuada no ventre, quis entrar para um convento, mas Oto Frederico Knieps n�o atendeu, e Margarete continuou a dinastia do circo de que tanto se tem ocupado a imprensa. Ent�o, Margarete tatuou o corpo sofrendo muito por amor de Deus, pois gravou em sua pele r�sea a Via-Sacra do Senhor dos Passos. E nenhum tigre a ofendeu jamais; e o le�o Nero que j� havia comido dois ventr�loquos, quando ela entrava nua pela jaula adentro, chorava como um rec�m-nascido. Seu esposo, o trapezista Ludwig, nunca mais a p�de amar, pois as gravuras sagradas afastavam a pele dela e o desejo dele. Ent�o, o boxeur Rudolf que era ateu e era homem fera derrubou Margarete e a violou. Quando acabou, o ateu se converteu, morreu. Margarete pariu duas meninas que s�o o prod�gio do Grande Circo Knieps. Mas o maior milagre s�o as suas virgindades em que os banqueiros e os homens de mon�culo t�m esbarrado; s�o as suas levita��es que a plat�ia pensa ser truque; � a sua pureza em que ningu�m acredita; s�o as suas m�gicas em que os simples dizem que h� diabo; mas as crian�as cr�em nelas, s�o seus fi�is, seus amigos, seus devotos. Marie e Helene se apresentam nuas, dan�am no arame e deslocam de tal forma os membros que parece que os membros n�o s�o delas. A plat�ia bisa coxas, bisa seios, bisa sovacos. Marie e Helene se repartem todas, se distribuem pelos homens c�nicos, mas ningu�m v� as almas que elas conservam puras. E quando atiram os membros para a vis�o dos homens, atiram as almas para a vis�o de Deus. Com a verdadeira hist�ria do grande circo Knieps muito pouco se tem ocupado a imprensa.
O CIRCO M�STICO
Edu Lobo/Chico Buarque
N�o N�o sei se � um truque banal Se um invis�vel cord�o Sustenta a vida real
Cordas de uma orquestra Sombras de um artista Palcos de um planeta E as dan�arinas num grande final
Chove tanta flor Que sem refletir Um ardoroso espectador Vira colibri
Qual Na� sei se � nova ilus�o Se ap�s osalto mortal Existe outra encarna��o
Membros de um elenco Malas de um destino Partes de uma orquestra Duas meninas no imenso vagao
Negro refletor Flores de organdi E o grito do homem voador Ao cair em si
N�o sei se � vida real Um invis�vel cord�o Ap�s o salto mortal
(Interpretada por Zizi Possi)
N�o consigo deixar de trazer aqui, mais uma vez, aquela que � a minha predileta desta cole��o de j�ias, qui�� do cancioneiro brasileiro:
SOBRE TODAS AS COISAS
Edu Lobo/Chico Buarque
Pelo amor de Deus N�o v� que � pecado, desprezar quem lhe quer bem N�o v� que Deus fica zangado vendo algu�m Abandonado pelo amor de Deus Ao Nosso Senhor Pergunte se Ele produziu nas trevas o esplendor Se tudo foi criado: o macho, a f�mea, o bicho, a flor Criado para adorar o Criador E se o Criador Inventou a criatura por favor Se do barro fez algu�m com tanto amor Para amar Nosso Senhor N�o, Nosso senhor N�o h� de ter lan�ado em movimento terra e c�u Estrelas percorrendo o firmamento em carrossel Pra circular em torno ao Criador Ou ser� que o deus Que criou nosso desejo � t�o cruel Mostra os vales onde jorra o leite e o mel E esses vales s�o de Deus Pelo amor de Deus N�o v� que isso � pecado, desprezar quem lhe quer bem N�o v� que Deus fica zangado vendo algu�m Abandonado pelo amor de Deus
(Interpretada por Gilberto Gil)
publicado
por Magaly Magalhães às 9:33 PM
13.5.05 OB�, do livro Orix�s, editora Tr�s
N�o sei se vou discorrer sobre um assunto que interesse a muitos, mas deve haver os que, como eu, t�m curiosidade de saber algo mais concreto sobre a Din�mica da Comunica��o Simb�lica. No passado, houve a tentativa de se entender a sociedade como um sistema fechado. N�o h�, entretanto, como se estudar uma sociedade isoladamente. Ela pode at� ser entendida dentro de si mesma, mas n�o isolada de outras. Com entender, por exemplo, os iorub�s no Brasil (os iorub�s s�o origin�rios da Nig�ria) se considerarmos tal n�cleo populacional de modo fechado, sem levarmos em conta suas origens? A sociedade deve ser estudada como um processo de comunica��o pela intera��o incessante de seus elementos, j� que � a capacidade que tem o homem de se comunicar simbolicamente que o distingue das outras esp�cies. Esse tipo de comunica��o s�cio-cultural (abrangendo os tipos de comunica��o bi�tica, biol�gica e psico-social) tenderia para o caos (entenda-se como caos a aus�ncia de sentido, o nada, o vazio) n�o no sentido positivista, de ordem est�tica, pr�-estabelecida e sim como organiza��o que permite que o sistema fracasse, facultando simultaneamente a sua reformula��o futura - ordem din�mica. Para melhor esclarecimento das id�ias em exposi��o, temos que tecer considera��es em torno da diferen�a entre homem e animal. Ora, sabemos que o animal nasce com programa��o completa que ele cumprir� atrav�s da vida, enquanto o homem nasce com a programa��o em aberto para receber, por est�mulos externos, sua identidade e toda uma carga program�tica ditada pelo contexto em que est� inserido. Neste campo, existem correntes de pensamento que se op�em. Lacan, por exemplo, considera o inconsciente individual inteiramente vazio, isto �, n�o reconhece a personalidade oculta. A Antropologia Estrutural discorda de Lacan, quando este pensa no homem como uma caixa vazia. Acha que h� um vazio, mas com caracter�sticas pr�prias de instintos com predomin�ncia deste ou daquele elemento. Tentando apresentar um exemplo elucidativo, imaginemos um par de g�meos. Por maior que seja a semelhan�a f�sica entre eles, h� sempre um ponto de diferen�a no agir, qualquer coisa que marca a distin��o entre os dois. Essa diferen�a � necess�ria para a dinamiza��o do sistema de comunica��o. Desse modo, podemos afirmar que cada ser � pessoal, intransfer�vel, �nico, mesmo codificado pelo mesmo grupo social, ao mesmo tempo, nas mesmas circunst�ncias. Entre os animais, a comunica��o s� se produz por est�mulos externos. Com o homem n�o, n�o na comunica��o simb�lica. Se cada pessoa � necessariamente diferente da outra, um mesmo fato pode causar rea��es diferentes em pessoas mesmo afins, pode traumatizar intensamente uma pessoa e deixar outra mais ou menos indiferente. S�o essas as diferen�as que promovem a comunica��o; � a necessidade de troca de diferen�as que a torna poss�vel. � o contr�rio da coisa repetida, da comunica��o morta (entropia) que perde seu significado inicial. Essas diferen�as necess�rias � comunica��o n�o englobam id�ia de valora��o: � a desordem na ordem ou a ordem na desordem ( ordem e desordem: caracteres do s�mbolo). � esta polissemia que constitui o interesse do antrop�logo estrutural. Podemos, ent�o, ficar seguros de que a socializa��o uniforme e homog�nea empobrece a capacidade de comunica��o, que � estimulada pelas diferen�as: mais trocas de diferen�as X melhor comunica��o.
A t�tulo de fixa��o de conceitos, � bom repetir: Quando uma sociedade percorre todo o c�digo previsto, acaba-se seu vocabul�rio. A�, come�a a escamotea��o do c�digo levando ao discurso invertido. A quebra do c�digo pode ser fracionada. N�o se pode prever se um grupo vai mudar ou se sofrer� mudan�as fracionadas.
Agora, a t�tulo de curiosidade: O desaparecimento dos �ndios bororos e dos �ndios apinag�s n�o ocorreu pela falta de vocabul�rio, pelo esgotamento sem�ntico, mas pela interfer�ncia de um c�digo t�o diferente do deles, t�o absurdo para eles, que eles n�o tiveram capacidade de sobreviv�ncia.
Estes pensamentos foram anotados de uma palestra ouvida na FACHA, proferida pela Prof� Walderez, da cadeira de Antropologia no fim da d�cada de 80. Como acho um assunto palpitante, inclino-me a registr�-lo aqui, com a finalidade de partilhar com quem aprecie a mat�ria.
E pra n�o dizer que n�o falei de ... poesia
P�S-TUDO, de Augusto de Campos(1984)
publicado
por Magaly Magalhães às 12:39 AM
8.5.05
Gabrielle et Jean / Pierre Auguste Renoir / Oil painting www.wholesaleoilpainting.com
DIA DAS M�ES
Minha homenagem a todas as m�es do planeta: m�es atuantes, m�es passivas, m�es pelo cora��o, m�es no desejo de virem a ser m�es, m�es em esp�rito e verdade, m�es simplesmente m�es.
Com a alma voltada para a imagem em vida de minha m�e, falecida em 1997, aos 93 anos, deixo aqui um breve perfil desta mulher tenaz e iluminada: Maria Elisabeth Duarte Campello (Elisita, entre familiares e amigos), exemplo de m�e abnegada, generosa e antenada a seu tempo e circunst�ncias.
PERFIL
Pequena Formosa Suave Maria
Caprichos � parte Sens�vel Maria
Atuante Pensante Valente Maria
Maria sem m�goas Maria exemplo Maria estandarte De for�a e talento
Maria de um Maria de tantos Maria de todos Por f� e por Deus
Bendita Maria Que honra me deste! Minha m�e Maria Maria Elisabeth
1997 / Rio
Que as m�es de hoje consigam sentir-se dispostas e vibrantes ainda que na presen�a de problemas ou na aus�ncia de recursos, munidas da for�a especial que caracteriza o perfil de M�e!
O cora��o de uma M�E � um profundo abismo no fundo do qual encontrar�s sempre o perd�o. [Balzac]
A M�E � um poema de sensibilidade, uma fonte perene de bondade e perd�o ... [Perez Escrich] publicado
por Magaly Magalhães às 12:23 PM
1.5.05 Guar�s, p�ssaros da regi�o amaz�nica
Hoje � dia de variedades. H� tanto o que comentar!
Voc�s t�m passado no Imagens e Palavras , da Meg? Est� cheio de artigos novos, mas muitos mesmo. Quando falo em novos, n�o quero dar a conota��o de artigos recentes. S�o artigos especiais que transmitem id�ias especiais, que n�o sofrem o desgaste do tempo. S�o o testemunho de um momento importante, o registro de um fato ou de uma vida proveitosa, ensaios sobre temas palpitantes. Enfim, o I&P � um reposit�rio inestim�vel de cultura. Vamos adquirir o h�bito de visit�-lo de quando em quando, deixando l�, nos coment�rios, nossa opini�o, nossas d�vidas (�s quais certamente, Meg responder�). Vamos? Uma curiosidade: J� visitaram o Verbeat? Como diz minha neta, bom que vcs d�em uma fuxicadinha na p�gina que vcs v�o se surpreender. O pessoal � bom e sabe dizer a que veio. Passem por l�.
Algu�m precisando de professor de viol�o? H� um site que leva o interessado ao endere�o certo: o Curso de Viol�o Andr� Campello. Trata-se de meu filho e, por isso, posso dizer de cadeira: � um professor consciente, amante da boa m�sica e tem conseguido encaminhar com seguran�a muita gente na carreira musical. Detalhes no site.
Olhe o concurso, gente!
Promovido pelo blogueiro/escritor Lu�s Ene, o conhecido autor de Mil e uma pequenas hist�rias, o Concurso de micro-contos M�rio Henrique Leiria j� se encontra em plena execu��o e receber� contribui��es durante todo o m�s de maio.
Blogueiros portugueses e brasileiros podem habilitar-se enviando seus contos (em n�mero de tr�s) por todo o m�s de maio, os quais ficar�o expostos em http://leituras.com.net, onde se encontra o regulamento do concurso e mais detalhes. Espero que muitos, muitos blogueiros queiram participar. Durante o m�s de junho, ser�o julgados os contos por uma seleta composi��o de ju�zes, havendo previs�o de o resultado sair em fins do mesmo m�s. Os vencedores ter�o seus contos publicados.
Marinha / Carlos Scliar / �leo sobre tela
Ih! Tenho um poema t�o lindo hoje de uma autora lusitana, hoje estabelecida no Brasil.Trata-se da fil�sofa-poeta Maria Helena Varela.
BRASIL, BRASIS E EU...
Meu Brasil virtual, Ilha continental encoberta E desejada pelos homens de quinhentos; Porto seguro de um povo de poetas, Navegantes do infinito; Terra prometida de profetas, Vision�rios febris dum quinto imp�rio A terra e o c�u fundidos no amor e no mist�rio.
Meus brasis de outros epos e mitos, Povoado de deuses, sem her�is nem Graal; Humanos sem inoc�ncia nem pecado, For�a da terra pujantes e excessivas, Vontades de viver afirmativas Al�m do bem e do mal.
Meu Brasil natureza, Grande sert�o intemporal, Dentro e fora das gentes, Cantado por fil�mitos-poetas, Tra�ado pela vontade das bandeiras. Meu Brasil l�ngua geral, Supra senso m�tico, original, Mais perto dos deuses, da poesia, Meu Brasil minha l�ngua Transplantada, mesti�a e sem fronteiras, Criada e recriada na magia; Meu mar de outrora E minha p�tria de agora.
Meu Brasil selvagem e menino Em seu logos l�dico, Jogo l�gico do ef�mero n�o banal, Em seu mythos eterno e festa natural. Meu Brasil do por-vir, do poder ser, Do sentir e do deixar viver. Meu Brasil que procura Um sentido, um her�i, uma mem�ria No devir da lonjura, No desafio e na aventura, Mais do que na hist�ria.
Meu Brasil de contrastes e confrontos, Para�so terreal e purgat�rio das gentes, Terra e fogo, Profundo e superficial. Meu Brasil miscigenado e plural. Terceiro inclu�do, religador e arlequinal. Meu Brasil ideal, Quinto Imp�rio poss�vel, Fluido e intemporal, Terceira margem de um epos imperec�vel, Heran�a sutil de her�is do mar, Pioneiros nas artes de fluir, Amar e navegar.
publicado
por Magaly Magalhães às 11:43 PM