Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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30.8.03
 
Nunca � demais ler Vinicius...


PRA VIVER UM GRANDE AMOR

Vinicius de Moraes

Para viver um grande amor, preciso � muita concentra��o e muito siso,
muita seriedade e pouco riso - para viver um grande amor.
Para viver um grande amor, mister � ser um homem de uma s� mulher;
pois ser de muitas, p�xa! � de colher... - n�o tem nenhum valor.
Para viver um grande amor, primeiro � preciso sagrar-se cavalheiro
e ser de sua dama por inteiro - seja l� como for.
H� que fazer do corpo uma morada onde clausure-se
a mulher amada e postar-se fora com uma espada - para viver um grande amor.
Para viver um grande amor, vos digo, � preciso aten��o como o "velho amigo",
que porque � s�, vos quer sempre consigo para iludir o grande amor.
� preciso muit�ssimo cuidado com quem quer que n�o esteja apaixonado,
pois quem n�o est�, est� sempre preparado pra chatear o grande amor.
Para viver um amor, na realidade, h� que compenetrar-se da verdade
de que n�o existe amor sem fieldade - para viver um grande amor.
Pois quem trai seu amor por vaidade � um desconhecedor da liberdade,
dessa imensa, indiz�vel liberdade que traz um s� amor.
Para viver um grande amor, �il faut� al�m de fiel, ser bem conhecedor
de arte culin�ria e de jud� - para viver um grande amor.
Para viver um grande amor perfeito, n�o basta ser apenas bom sujeito,
� preciso tamb�m Ter muito peito - peito de remador. � preciso olhar sempre
a bem-amada como a sua primeira namorada e sua vi�va tamb�m,
amortalhada no seu finado amor.
� necess�rio Ter em vista um cr�dito de rosas no florista - muito mais,
muito mais que na modista! - para aprazer ao grande amor.
Pois do que o grande amor quer saber mesmo, � de amor, � de amor,
de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...
Conta ponto a favor saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camar�o, sopinha,
molhos, strogonoffs - comidinhas para depois do amor.
E o que h� de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor
uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor ?
Para viver um grande amor � muito, muito importante viver sempre junto
e at� ser, se poss�vel, um s� defunto - pra n�o morrer de dor. � preciso
um cuidado permanente n�o s� com o corpo mas tamb�m com a mente,
pois qualquer �baixo� seu, a amada sente - e esfria um pouco o amor.
H� que ser bem cort�s sem cortesia: doce e conciliador sem covardia;
saber ganhar dinheiro com poesia - para viver um grande amor.
� preciso saber tomar u�sque ( com mau bebedor nunca se arrisque! )
e ser imperme�vel ao diz-que-diz-que - que n�o quer nada com o amor.
Mas tudo isso n�o adianta nada, se nesta selva obscura e desvairada
n�o se soube achar a bem-amada - para viver um grande amor.



CONSELHO

Fernando Pessoa


Cerca de grandes muros quem te sonhas.
Depois, onde � vis�vel o jardim
Atrav�s do port�o de grade dada,
P�e quantas flores s�o as mais risonhas,
Para que te conhe�am s� assim.
Onde ningu�m o vir n�o ponhas nada.

Faze canteiros como os que outros t�m,
Onde os olhares possam entrever
O teu jardim como lho vais mostrar.
Mas onde �s teu, e nunca o v� ningu�m,
Deixa as flores que v�m do ch�o crescer
E deixa as ervas naturais medrar.


Faze de ti um duplo ser guardado;
E que ningu�m, que veja e fite, possa
Saber mais que um jardim de quem tu �s -
Um jardim ostensivo e reservado,
Por tr�s do qual a flor nativa ro�a
A erva t�o pobre que nem tu a v�s...



DESENCANTO


Eu fa�o versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
N�o tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso � sangue. Vol�pia ardente...
Tristeza esparsa... remorso v�o...
D�i-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do cora��o.

E nestes versos de ang�stia rouca
Assim dos l�bios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu fa�o versos como quem morre.

Manoel Bandeira


Nunca � demais ler Pessoa...Bandeira...
Somos felizes, podemos ler os grandes..









publicado por Magaly Magalhães às 1:25 AM
24.8.03
 
Ando meio omissa. Perdas lament�veis ficaram sem registro. A mais recente e chocante por n�o ter sido natural, a de S�rgio Vieira de Mello, homem l�cido e competente que lutou para implantar a ordem e a paz em todas as miss�es que cumpriu com brio e destemor. Na situa��o atual, a rea��o dos iraquianos � ocupa��o do pa�s chegou a um ponto de radicaliza��o tal que levou os terroristas a atacarem a �nica institui��o - a ONU - que, desde o princ�pio, lutou, primeiro, contra a guerra e, em seguida, pela devolu��o do territ�rio aos cidad�os locais. Estava l� o nosso homem em pleno esfor�o para institucionalizar a presen�a da organiza��o como for�a moderadora e foi vitimado. O Brasil perdeu um intermediador como poucos.
Outra morte sentida, a do poeta, ensa�sta, tradutor e cr�tico liter�rio Haroldo de Campos, cuja obra po�tica estava intimamente ligada ao movimento concretista. Era um temperamento solit�rio, um indiv�duo �ntegro de atitudes e inten��es. Foi o fundador, junto com o irm�o Augusto de Campos e o amigo D�cio Pignatari, do �movimento de poesia concreta, que rompia com as formas tradicionais e discursivas dos versos e valorizava os aspectos visuais e sonoros�.
Mais outra perda, agora, na m�sica. Foi-se o Paulo Nogueira, compositor de primeira categoria, instrumentista extraordin�rio, o Paulinho Nogueira da bela �Bachianinha n�1�. Deixou uma grande lacuna no meio musical.


Post triste, � verdade, mas dentro da nossa realidade. O homem n�o encara a morte com naturalidade. Nossa finitude �
realmente um limite intranspon�vel; n�o somos preparados para lidar com a inexorabilidade da morte.


Homenagem:

POLIFEMO CONTEMPLA GALAT�IA


o ouro se encorpa:

coxa bruna
flexuoso encurvar-se de um joelho
de brunido metal dulcificado

o ouro chove:

em p� pelos cabelos
por brilhos dispersivos enturvando-se
de seu castanho-louro p�r-de-sol

a outra: a gruta insinuada
que um tecido - seda breve - esconde
e sob crespo tos�o ensolarado
mais se oculta - a gruta onde a sereia
essa - a coralina boca dragon�ria -
quem a pudera escrever?

cerrada em sua legenda �urea
intacta guarda-se
e defere o decifr�-la
ao lanceolado desejo
(que no in�cuo papel a pena agora
apenas
extrema e silencia)

HAROLDO CAMPOS



At� outro dia. O clima � de ora��o pelos que se foram. Fa�amos a nossa parte.



publicado por Magaly Magalhães às 2:58 AM
18.8.03
 
Vamos nos divertir um pouco?


HISTORINHA LIGEIRA

O pai sai um pouco tarde do trabalho, e a caminho de sua casa, lembra-se de que
� o anivers�rio de sua filha e que ainda n�o havia comprado seu presente.
Ele p�ra seu carro diante de uma loja de brinquedos, entra e pergunta �
vendedora:
Quanto custa a Barbie que est� na vitrine ?
De uma forma educada a vendedora responde:
Qual Barbie? Pois n�s temos:
* Barbie vai � academia por R$ 19,95
* Barbie joga v�lei por R$ 19,95
* Barbie vai �s compras por R$ 19,95
* Barbie vai � praia por R$ 19,95
* Barbie vai dan�ar por R$ 19,95
* Barbie divorciada por R$ 265,95.
Jos� Carlos, assombrado, pergunta:
Por que a Barbie divorciada custa R$ 265,95 enquanto as outras custam
apenas R$19,95?
A vendedora responde:
Senhor, a Barbie divorciada vem com :
* O carro do Bob,
* A casa do Bob,
* A lancha do Bob,
* O trailer do B ob,
* Os m�veis do Bob,
* O celular do Bob...


Mais uma:


CONCEITO DE CR�DITO E D�BITO


PARA QUEM N�O SUPORTA OU N�O ENTENDE NADA DE CONTABILIDADE, VOU EXPLICAR MAIS OU MENOS COMO FUNCIONA A CONTABILIDADE DE UM JEITINHO DIFERENTE:

A solteira �.........................Cr�dito

A casada �. ........................D�bito

A cunhada �............ ............Previs�o para devedores duvidosos

A bonita �...................... ....Lan�amento Certo

A feia �........................ ....Estorno

A feia e rica �......................Conta de Compensa��o

A bonita e rica �....................Lucro certo

A ex-namorada �........... .........Saldo de exerc�cios anteriores

A namorada �.........................Resultado de exerc�cio futuro

A noiva �............................Reserva legal

A esposa �...........................Capital Integralizado

A vizinha �..........................A��es de outras companhias

A amante �...........................Empresa coligada

As que fazem opera��es pl�sticas.....Obras e benfeitorias

As gestantes s�o.....................Obras em andamento

As que d�o bola s�o..................Incentivos recebidos

As que n�o s�o vi�vas, casadas ou solteiras s�o........Contas a classificar

As que muito namoram e n�o se casam s�o........Saldo a disposi��o da assembl�ia

As que s�o surpreendidas em flagrante s�o......Passivo a descoberto

A sogra pode ser classificada em duas rubricas: PREJU�ZO ACUMULADO ou CONTAS A PAGAR.



Para terminar esta horinha de relaxamento de tens�es, digamos com Manuel Bandeira


BOCA DE FORNO

Cara de cobra,
Cobra!
Olhos de louco,
Louca!

Testa insensata
Nariz Capeto
C�s do Capeta
Donzela rouca
Porta-estandarte
J�ia boneca
De maracatu!

Pelo teu retrato
Pela tua cinta
Pela tua carta
Ah tot� meu santo
Eh Abalual�
Inhans� boneca
De maracatu!

No fundo do mar
H� tanto tesouro!
No fundo do c�u
H� tanto suspiro!
No meu cora��o
Tanto desespero!

Ah tot� meu pai
Quero me rasgar
Quero me perder!

Cara de cobra,
Cobra!
Olhos de louco,
Louca!
Cussaruim boneca
De maracatu!


At� o pr�ximo encontro

publicado por Magaly Magalhães às 9:05 PM
14.8.03
 
Para voc�s, leitores amigos, a lira suav�ssima de lusitana voz:

SOL POENTE

Tardinha...�Ave-Maria, M�e de Deus...�
E reza a voz dos sinos e das noras...
O sol que morre tem clar�es d�auroras,
�guia que bate as asas pelos c�us!

Horas que t�m a cor dos olhos teus...
Horas evocadoras d�outras horas...
Lembran�as de fant�sticos outroras,
De sonhos que n�o tenho e que eram meus!

Horas em que as saudades, p�las estradas,
Inclinam as cabe�as mart�rizadas
E ficam pensativas...meditando...

Morrem as verbenas silenciosamente...
E o rubro sol da tua boca ardente
Vai-me a p�lida boca desfolhando...

FLORBELA ESPANCA








publicado por Magaly Magalhães às 11:52 PM
11.8.03
 
Para quem leu as cr�nicas sobre a morte do presidente das organiza��es Globo, Roberto Marinho, vale esta observa��o:
Uma voz se fez ouvir na extens�o de sua propriedade - a do articulista Roberto Pompeu de Toledo, em sua p�gina Ensaio, que fecha a revista Veja, com ROSEBUD! Ele dosou como ningu�m as virtudes e os pontos fracos da personalidade em foco com extraordin�ria capacidade de an�lise. O artigo est� na Veja n�32.


--------------------------------------------------


Gente! A pe�a A MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE � muito boa. Os atores todos t�m �timo desempenho, mas n�o posso deixar de fazer uma refer�ncia especial � atua��o de Marco Nanini. Grande Nanini! E, em pequeno papel, o ator convidado Francisco Milani deixa bem clara a marca de seu talento. Trata-se de uma cr�tica ao sonho americano, descrito por seu autor Henry Miller como �uma hist�ria de amor entre um homem e seu filho e, de um modo louco, entre ambos e a Am�rica`.


---------------------------------------------------


-Voc� sabia?

que o Kazaa mant�m-se na frente entre os softwares de P2P? . De acordo com seu fabricante, j� teve 120 milh�es de downloads feitos, e a contagem n�o p�ra de crescer;

que o Internet Explorer 6 SP1 � o browser mais popular da rede? A empresa holandesa OneStat.com calcula que ele � usado por 95% dos internautas dos quais mais de 50% j� t�m a vers�o 6.

que o Google, com 3 bilh�es de p�ginas indexadas, � o n�mero1 no ranking da Nielsen/NetRatings, que atribui a ele 29% da audi�ncia dos sites de busca?


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Eu, pensando...
H� um mundo real e um mundo ideal. O equil�brio entre eles � o segredo de uma vida sem tantos trope�os. Tirar de um o que � imposs�vel encontrar no outro, viver e sonhar - eis a f�rmula de se estar sempre bem com a vida.


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Palavras de poeta pra voc�s:


�Admira a lua, sonha com ela, mas n�o queiras traz�-la para a terra.

Curte o sol, deixa-te acariciar por ele, mas lembra-te que o seu calor � para todos.

Sonha com as estrelas, apenas sonha, elas s� podem brilhar no c�u.

N�o tentes deter o vento, ele precisa correr por toda parte,

ele tem pressa de chegar sabe-se l� onde.

N�o apares a chuva, ela quer cair e molhar muitos rostos, n�o pode molhar s� o teu.

As l�grimas?

N�o as seques, elas precisam correr na minha, na tua, em todas as faces.

O sorriso!

Esse tu deves segurar, n�o o deixes ir embora, agarra-o!

Quem tu amas ?

Guarda dentro de um porta j�ias, tranca, perde a chave!

Quem tu amas � a maior j�ia que tu possuis, a mais valiosa.

N�o importa se a esta��o do ano muda, se o s�culo vira e se o mil�nio � outro, se a idade aumenta;

Conserva a vontade de viver; n�o se chega a parte alguma sem ela.

Abre todas as janelas que encontrar e as portas tamb�m.

Persegue um sonho, mas n�o deixes que ele viva sozinho.

Alimenta tua alma com amor, cura tuas feridas com carinho.

Descobre-te todos os dias, deixa-te levar pelas vontades, mas n�o enlouque�as por elas.

Procura... sempre procura o fim de uma hist�ria, seja ela qual for.

D� um sorriso para quem esqueceu como se faz isso.

Acelera teus pensamentos, mas n�o permitas que eles te consumam.

Olha para o lado, algu�m precisa de ti.

Abastece teu cora��o de f�; n�o a percas nunca.

Mergulha de cabe�a nos teus desejos e satisfaze-os.

Agoniza de dor por um amigo, s� saias dessa agonia se conseguires tir�-lo tamb�m.

Procura os teus caminhos, mas n�o magoes ningu�m nessa procura.

Arrepende-te, volta atr�s, pede perd�o!

N�o te acostumes com o que n�o te faz feliz, revolta-te quando julgares necess�rio.

Alaga teu cora��o de esperan�as, mas n�o deixes que ele se afogue nelas.

Se achares que precisas voltar, volta!

Se perceberes que precisas seguir, segue!

Se estiver tudo errado, come�a novamente.

Se estiver tudo certo, continua.

Se sentires saudades, mata-as.

Se perderes um amor, n�o te percas!

Se o achares... segura-o!

Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala. O mais � nada.�



Fernando Pessoa



Po�tico, belo, sedutor!
At� mais.






publicado por Magaly Magalhães às 10:17 PM
10.8.03
 
Meu abra�o a todos os pais no dia de hoje. Contato r�pido por necessidade de honrar compromissos. Volto em breve para uma conversa mais despreocupada. Com voc�s, para aliviar a secura e urg�ncia de minha passagem hoje aqui, este lindo poema :

CRIE UM SONHO
Juanina Ribeiro


Crie um sonho para voc�

Sonhe esse sonho

Inspire, inspire-se

Expire, expresse esse sonho,
seu dom, sua arte

Doe esse sonho para o mundo

Nas�a, cres�a, flores�a, frutifique,
ame, ria, chore, transmute

V� com equil�brio ao Pal�cio da Sabedoria

Seja voc� o seu sonho, sua arte,
seja Deus em a��o, em cria��o, em movimento

Deixe-se fluir como o �ter - entregue-se

Salte para o Tudo/Nada que � a Vida

Saiba, Possa, Ouse, Cale

Ou deixe a sua crian�a interior faz�-lo por voc�

Seja voc� mesmo

Seja feliz



Sejamos todos felizes. Festejemos todos os pais no dia de hoje.

publicado por Magaly Magalhães às 6:05 PM
2.8.03
 
Aqui, n�o est� f�cil viver!


VOU-ME EMBORA PRA PAS�RGADA

Vou-me embora pra Pas�rgada
L� sou amigo do rei
L� tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pas�rgada

Vou-me embora pra Pas�rgada
Aqui eu n�o sou feliz
L� a exist�ncia � uma aventura
De tal modo inconseq�ente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei gin�stica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a m�e d��gua
Pra me contar as hist�rias
que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pas�rgada

Em Pas�rgada tem tudo
� outra civiliza��o
Tem um processo seguro
De impedir a concep��o
Tem telefone autom�tico
Tem alcal�ide � vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de n�o ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
- L� sou amigo do rei -
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pas�rgada.



Vamos todos pra Pas�rgada...?

Li em algum lugar que este poema, um dos mais conhecidos da obra de Bandeira,parece ter sido o que mais demorou para ser feito.
Pas�rgada - a primeira vez que o poeta viu a palavra Pas�rgada foi aos dezesseis anos em um autor grego.


Caracter�stica de Manuel Bandeira:�Nos momentos mais inesperados faz o leitor chocar-se bruscamente contra a realidade ou atentar para um detalhe do real nunca antes percebido.�


At� outra hora.


publicado por Magaly Magalhães às 1:32 AM