Divulgar
idéias próprias, combater o discurso invertido corrente,
aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste
veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
Todo dia é menos um dia; menos um dia para ser feliz; é menos um dia para dar e receber; é menos um dia para amar e ser amado; é menos um dia para ouvir e, principalmente, calar !
Sim, porque calando nem sempre quer dizer que concordamos com o que ouvimos ou lemos, mas estamos dando a outrem a chance de pensar, refletir, saber o que falou ou escreveu.
Saber ouvir é um raro dom, reconheçamos. Mas saber calar, mais raro ainda. E como humanos estamos sujeitos a errar. E nosso erro mais primário, é não saber: Ouvir e calar !
Todo dia é menos um dia para dar um sorriso. Muitas vezes alguém precisa, apenas de um sorriso para sentir um pouco de felicidade !
Todo dia é menos um dia para dizer: - Desculpe, eu errei ! Para dizer: - Perdoe-me por favor, fui injusto !
Todo dia é menos um dia; Para voltarmos sobre os nossos passos. De repente descobrimos que estamos muito longe E já não há mais como encontrar onde pisamos quando íamos. Já não conseguiremos distinguir nossos passos de tantos outros que vieram depois dos nossos.
E se esse dia chega, por mais que voltemos; estaremos seguindo um caminho, que jamais nos trará ao ponto de partida.
Por isso use cada dia com sabedoria. Ouça e cale se não se sentir bem; Leia e deixe de lado, outra hora você vai conseguir interpretar melhor e saber o que quis ser dito.
Agora, sim! Alma lavada. Poesia é isso.
publicado
por Magaly Magalhães às 11:45 PM
Em 1991, Betinho afirmava: ´Confesso que Estou Vivo.´
E... paciência! Novamente, falha minha! O bottom Imagens e Palavras está sem função aí, no post anterior, mas, pelo menos, foi apresentado a vocês. Em outra oportunidade, ele fará o papel de link.
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publicado
por Magaly Magalhães às 12:41 AM
Este é o bottom que remete o leitor a Imagens e Palavras, do SubRosa, onde a Meg está apresentando os semifinalistas do Concurso de Narrativas Breves Haroldo Maranhão. Hoje, então, é a vez da segunda semifinalista que atende pelo pseudônimo de Marly. É necessário acrescentar que das três narrativas apresentadas por Marly, duas foram às finais e uma ficou como semifinalista. Os títulos: Segunda-Feira, Nesse Exato Momento e Talvez. Transcrevo a primeira:
SEGUNDA-FEIRA
Os gatos acabam de quebrar minhas lindas garrafas de licor, o dinheiro já acabou e o mês começa hoje, fiz um talho na mão onde cabe um caiaque, a monografia sobre Saramago não vai nem pela metade, nosso computador tá dando blue page, o word não fala mais comigo, tenho que fazer tudo em word pad, minha mãe tá sem um puto, o sistema judicial conspira pra me enlouquecer, não consigo entrar no blog da Bia, nem nos das Ângelas, nem no da Cora, roubei Veja do vizinho, quebrei três unhas e a pilha de roupa pra passar tá com mais de um metro e meio. Além disso, juro com a mão em qualquer bíblia que a japonesa na minha frente na fila do caixa fez a menina pesar mexerica por mexerica de um sacão enorme. E sabe pra quê? (Ah, eu perguntei. Agora você sabe a verdade sobre mim. Sou do tipo que puxa assunto em fila de supermercado). Sabe pra quê? Pra ela poder cobrar das empregadas o que elas comerem. Traga uma bíblia que eu juro. Quando a Ju diz que estamos todos apodrecendo em vida, ela tem razão. E depois, a porta do porta-malas que não parava aberta. Daí tive que pôr as compras dentro do carro com uma mão e segurar a maldita com a outra. Mas isso já é uma outra história.
Não dá vontade de ler as outras duas? Façam isso Ou cliquem no botão que encabeça este post.
Vocês podem comentar aqui, mas podem comentar lá no Imagens e Palavras logo em seguida aos três textos exibidos. Podem ainda comentar aqui e lá. Há instruções da Meg no local para orientação dos que gostam de cooperar com uma opinião pessoal É tudo o que é esperado de vocês, leitores amigos.
Tenho certeza de que vocês vão curtir essas narrativas e esperar ansiosos pelas vindouras.
Até mais.
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publicado
por Magaly Magalhães às 12:00 AM
25.11.03
´A vida não é mortal, mortais somos todos nós.´
Herbert de Souza (Betinho)
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Um poema de Mário Faustino:
A Mis Soledades Voy
Noite, noite após noite, uma outra noite Veio lembrar-me da beleza, cada Noite pensando as úlceras do açoite Solar sobre meus ombros. Noite herdada De noites ancestrais, áurea cadeia De lua entrelaçada a lua, estrela Amalgamada a estrela... A clara teia Pescava a solidão do sonho pela Glória do achado faiscante desta Líquida noite. Estranha, estranha festa Em que hoje me embebedas, noite ardente: Mortalhas no oriente e, no nascente, Fogeiras de alegria... Dura sorte Ter de deixar para outra noite a morte.
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publicado
por Magaly Magalhães às 11:32 PM
22.11.03 Atenção!
Desejo acrescentar, em relação ao post anterior, que o trecho sobre a prevenção da Aids foi tirado de Programa Nacional de DST (doenças sexualmente transmissíveis) e Aids, constante do site http://www.aids.gov.br/tabnet_aids.htm.
E para arejar, repousar a mente, deixo-lhes um Manabu Mabe, ´SEM TÍTULO´, 1983.
publicado
por Magaly Magalhães às 4:17 PM
Voltando ao problema da ploliferação da Aids, acaba de ser anunciado o fracasso do ´teste de uma vacina contra Aids feito na Tailândia com um grupo de 2546 viciados em drogas. Depois de três anos de estudos, concluiu-se que a vacina, criada por uma empresa americana, não reduz o risco de contrair a doença. O anúncio foi feito no dia 12 em Brisbane, no Estado americano da Califórnia´ (revista Veja de 19/11/03, pag.90).
Diante desse quadro, o que se tem a fazer, com todo rigor, é a prevenção da Aids. Para detectar o HIV, é necessário fazer um teste de sangue em laboratório. Hoje ele pode ser realizado sem prescrição médica nos Centros de Testagem e Aconselhamento, laboratórios particulares e em serviços de saúde pública. Os CTA contam com médicos, enfermeiros e psicólogos que acompanham a pessoa antes e depois do exame. Tudo é feito de maneira sigilosa e gratuita. O exame é feito por meio da coleta simples de sangue, com material descartável, e não é preciso estar em jejum. E lembre-se: o exame só pode ser feito após 3 meses de a pessoa ter se exposto a alguma situação de risco (sexo sem camisinha, uso de seringa de outras pessoas etc.). Ou seja, depois da janela imunológica: período em que seu corpo ainda não produziu anticorpos suficientes para serem detectados, podendo dar um resultado falso-negativo. Os sintomas da aids podem demorar até dez anos para aparecer, por isso não adianta ficar esperando pelos sintomas da aids, não vacile! Quem se ama, se cuida. O HIV, vírus da aids, pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e pelo leite Sabendo disso, você pode conviver com uma pessoa portadora do HIV. Pode beijar, abraçar, dar carinho e compartilhar do mesmo espaço físico sem ter medo de pegar o vírus. Quanto mais respeito e carinho você der a quem vive com HIV/aids, melhor será a resposta ao tratamento, porque o convívio social é muito importante para o aumento da auto-estima das pessoas e, conseqüentemente, faz com que elas cuidem melhor da saúde. A camisinha (preservativo) é a maneira mais fácil e eficiente de impedir o contato com o sangue, esperma e secreção vaginal, evitando a transmissão de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), como a aids. Use sempre camisinha, desde o começo de todas as relações sexuais. Verifique sempre a data de validade da camisinha na embalagem e para guardá-la prefira locais frios e secos. Deixar a camisinha por muito tempo na carteira ou no porta-luvas do carro pode estragá-la.
publicado
por Magaly Magalhães às 12:36 AM
21.11.03
Vocês todos estão lembrados do recente concurso literário, lançado em agosto pelo SubRosa, o blog da Meg - Concurso Narrativas Breves Haroldo Maranhão. Quem quiser rever as informações sobre o evento é só clicar no banner do Concurso encontrado aqui.. O resultado já foi divulgado, com três finalistas premiados mais dois prêmios de menção honrosa. Esses finalistas foram escolhidos de um grupo de 30 selecionados como melhores. Os premiados já foram publicados, na página do SubRosa dedicada às notícias do concurso (link acima citado). A surpresa é que vamos publicar agora os finalistas não premiados. Meg criou uma página para este fim - Imagens e Palavras - e já estão lá os três textos com que concorreu a nossa conhecida e apreciada Terusca, do Confiteor, com direito a comentários, onde o leitor pode fazer sua análise das narrativas apresentadas. Vamos a elas:
3 contos de Irina Kowalski
TANTO TEMPO
Às vezes o seu olhar me surpreende e me esvazia de tudo que sou. E não deixa nada em mim. Só um abismo onde caio devagar, sem fim. E me vira as costas e anda naturalmente para um tempo em que não existo. Quero o impossível, sim, sair por aí, como se possível fosse, sem medo e sem rancor, sem nada. Só sair e não voltar. Longe de você que me aniquila e me tortura, tão levemente me tortura que penso que nem existo. Se a minha alma pudesse ir comigo. Mas não pode. Ela vai ficar aqui, com seu silêncio e vou por aí sem alma, com os sapatos apertados por tanto tempo, desconfortável, cansada, com vontade de voltar e e sem querer. Sem querer não vou, e fico querendo ir, em silêncio, com todas as palavras ditas, idiotas.Tenho preguiça de dizer que te odeio, uma preguiça danada. Não adianta mais. Nem meu magnífico ódio serve para coisa alguma. Nem mesmo para me jogar pela porta e andar para lugar nenhum. Por onde eu fosse jamais te alcançaria e nem me importa.Só quero estar só, definitivamente só, aqui, como se você não existisse. E eu me vejo então, no espelho, nesse maldito espelho que nunca refletiu nada. E vivo enfim, uma vida que é minha, onde não existe você. Mas essa gosma que me acompanha, que se arrasta atrás de mim, como se meus pés se derretessem à medida que caminho é o meu passado, às vezes como uma cauda de vestido de noiva, outras, pesado como o vestido de luto das viúvas. Mas é o meu passado e eu não me dispo dele, mesmo que queira. E você, desfeito como eu bem queria, só que não tanto atrás, mas do lado, grudado, como uma flor na lapela.
SEM TRÉGUA
Quando a companhia soou todo mundo se entreolhou com uma espécie de agonia. Há dez anos não se ouvia este som. Eu me perguntava como aquele mecanismo ainda reagia depois de tanto tempo. -Um cliente! - sussurrou o Sr. X , visivelmente agitado. A sra. F. levantou-se com a mesma antiga formalidade de 10 anos atrás e abriu a porta. Todos os olhos presos no vão escuro. Até G. parou de recortar jornais e, meio corpo fora da cozinha, arregalava os olhos. - A guerra acabou. A figura que anunciava o fim da guerra não esperou nenhuma manifestação e disparou escada acima. A Sra. F. fechou a porta devagar e repetiu, meio aturdida. - A guerra acabou.T. reinventou uma estúpida alegria e gritou tentando abraçar todo mundo:- A guerra acabou. Estamos livres! O Sr. X. suava, os olhos perdidos, muitos abertos, como os de um enforcado. Demorei muito tempo arrumando minhas coisas, meus papéis, como se isso fosse muito importante. Quando, enfim, terminei, estavam todos parados diante da porta fechada. O Sr. X., com os braços abertos, impedia a passagem. Tinha os olhos empapuçados de tanto chorar. - Livres de quê? Livres para quê? Continuem o que estavam fazendo. A guerra não acabou. Aliviada, voltei lentamente para a minha sala e fui colocando tudo novamente onde deveria estar.
PEDRAS
De tanto ardor, queimei a alma e tudo o que ficou nem foram cinzas: - estas eu espalhei ao vento de uma tarde que não me lembro - foram pedras. Cascalhos pequenos e duros que juntei aos poucos para quê não sei. Se tudo desse um coração, mas não dá. Recompor e me queimar de novo, incendiando, o velho ardil de começar uma mentira cínica como uma verdade, não quero. Quero voltar onde parei, antes de ter colecionado as pedras, e começar onde morri. Não quero o cheiro de velas e flores de um velório onde todo mundo se diverte, inclusive eu. Quero a solenidade daquele ponto, onde deixei os olhos cravados no chão, e o coração em pedaços, cascalhos que guardei nos bolsos para que um dia, se precisasse dele, tê-lo de volta, como pedra. A intenção foi esta, sim, confesso. Mas não deu. Há um pequeno ponto indeciso de um incêndio. Uma distraída lufada de vento e estou perdida novamente. De que me serve tecer com tanta fúria o meu destino, com tanta certeza os meus descasos, se sou tão distraída que me esqueço do meu coração de pedra? Mas tu podes também te queimar neste incêndio, e depois cravar os olhos no chão e recolher pedaços de pedra para te consolar no resto da vida. Seremos dois, uma única vez seremos dois com os bolsos cheios de cascalhos inúteis.
A você que está lendo: Peço que fique à vontade pra ler e comentar estes 3 textos. Qual deles você mais gosta? Qyal o que menos gosta? Numa escala de 1 a 5, que nota você atribui a cada um?
Todos os comentários serão respondidos, pela autora. Obrigada.
Postado por Meg Guimarães 04 nov 2003 @ 01:53 | Comentários (37) | TrackBack (0)
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Não é uma idéia e tanto?
publicado
por Magaly Magalhães às 12:10 AM
20.11.03
Cláudio Rúbio me convocou para ajudar na campanha contra a disseminação da Aids neste período, agora, que antecede e inclui o Dia Mundial da luta contra a Aids.
Claro que uma campanha desta ordem deve ser realizada permanentemente, não pode parar dada a gravidade de suas conseqências. Nosso intuito, neste momento, é de intensificá-la nesta época de comemoração.
Transcrevo o texto que recebi dele, o qual se encontra no Circulando, como post do dia 17 do mês corrente.
Link and Think 2003
No Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, conecte-se e reflita.
´Desde 2001, o site LINK AND THINK tem uma proposta para todas as pessoas que possuem sites/blogs na internet: publicar textos sobre a AIDS e como evitá-la, contar casos reais, mostrar estatísticas, indicar leituras, comentar livros ou simplesmente pedir aos visitantes do seu site/blog que usem camisinha, não compartilhem seringas, enfim: tomem cuidado.
Com isso, você ajuda com a informação e, torcendo para que todos - conscientes - façam sua parte, evita que o vírus se espalhe e se aproxime.
Você que tem um site/blog pode participar publicando textos sobre a AIDS todos os dias, de vez em quando, algumas vezes, ou somente no Dia 1º de Dezembro: é você quem decide quando e o que irá publicar. Importante e bacana é que você também colabore: chame a atenção de seus leitores para o problema.
Não esqueça: conecte-se e reflita. Afinal, quanto mais cada um se cuida, menos todos precisamos de sorte.
Você não precisa de nada além de boa vontade, uns textos ou links e um tempinho, mas, se além disso você quiser divulgar seu trabalho, registre seu site/blog no LINK AND THINK 2003. Eles têm um diretórios de sites/blogs do mundo inteiro que publicam alguma coisa sobre o tema.
Mas, atenção: muitas pessoas chegarão a seu site/blog através do LINK AND THINK procurando informações sobre a AIDS nesse dia, portanto, se você se registrar, não se esqueça de colaborar. Não basta inserir o banner da campanha no seu site/blog e esquecer o assunto, ok?´
Vamos colaborar? Vamos trabalhar juntos nesta tarefa de informar, aconselhar, atender? Esta é uma questão de urgência absoluta. Cada dia, surgem novas vítimas, casos novos, devido à condição de vírus mutantes que são os vírus da Aids. Não posso falar com conhecimento de causa, mas já estou acionando pessoas que podem fazê-lo com critério científico. Vou ficar devendo esta aos leitores. Outra coisa que ouvi dizer é que a união entre aidéticos pode gerar novas formas de vírus, dada também a natureza mutante desses vírus. Fica, então, muito difícil para os pesquisadores conseguir uma vacina que detenha sua proliferação. O espaço vindouro vai ser utilizado para trabalhos especiais com os devidos créditos.
Boa campanha!
Logo abaixo, um pouco mais abaixo do que eu queria, porque ainda estou me arrastando em colocação de imagens na área do blog, aparecerá o link da campanha.
publicado
por Magaly Magalhães às 5:46 PM
16.11.03
Tenho notícias que podem interessar a quem não tem acesso à fonte onde foram colhidas.
Celulares explosivos---> ´Pelo menos três pessoas foram vítimas de explosões de celulares da Nokia nos últimos dois meses. Uma holandesa de 33 anos teve o rosto ferido por causa de um aparelho que explodiu enquanto ela falava. Também na Holanda, um adolescente teve o bolso de sua calça incendiado por outro celular da Nokia. Apenas dois dias depois, uma vietnamita que mora nos Estados Unidos sofreu ferimentos no rosto por causa de um terceiro aparelho. Segundo a Nokia a culpa é do uso de baterias piratas. Mas, até o fechamento desta edição, a fabricante ainda não tinha liberado os laudos oficiais.´
CARTÃO ESPIÃO--->´ Recebeu um cartão virtual do site brasileiro Emotioncard? Fique atento antes de abri-lo: pode ser mais uma obra dos scammers. Eles estão disparando mensagens que aparecem com o remetente emotioncard@card.com.br. O link para o suposto cartão vai cair num arquivo executável hospedado no serviço de páginas pessoais Meu Mundo, da AOL. Tudo para instalar um software-espião na máquina do usuário.´
Fonte---> Info Exame, nº 212 - Novembro/2003
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Eu, pensando...
Penso, sim, horas a fio no que a vida me ofereceu e me oferece ainda, como penso no que ela me negou, no que ela me nega ainda e no que me retirou das mãos definitivamente. Não, não é uma recaída. São considerações sobre as razões por que somos submetidos a esses lances existenciais, independente da maneira como encaramos nossas responsabilidades, nossos deveres para com o próximo e com a Natureza. Só a crença numa lei divina que rege os mundos nos habilita a receber nossos quinhões de alegria e de amargura com a certeza de um retorno no fim do caminho.
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FLOR DE CÁCTUS
Aberta na aurora, branca, tenra e nua, a espada de paz desta flor de cáctus pacifica o céu, pacifica o mar, pacifica o mundo.
Aberta na noite, na beira da praia, marca a flor de cáctus contraponto branco à canção noturna das escuras ondas.
Na luz e nas trevas, respirando a brisa, enfrentando os ventos, ungida de sal, vestida de sol, a flor branca, nua, pura e frágil prova que a vida é mais forte do que a morte é certa.
Poema colhido do livro Vislumbres / Poesias e preces, de Álvaro Barreiro, Ediçoes Loyola, São paulo, 1997
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E deixo-lhes hoje um lindo, um encantado jardim para recreio dos olhos de todos vocês, fisgado do Maricota Tricota, blog de minha amiga Marly Caldas.
publicado
por Magaly Magalhães às 12:26 AM
10.11.03 Ziraldo? Ele mesmo!
No Programa "Altas Horas" de 23/08/2003, o Ziraldo contou uma curiosidade... Em todos os idiomas europeus, a palavra NOITE é formada pela letra N + o número 8... A letra N é o símbolo matemático do infinito e o 8 deitado também simboliza isso..., ou seja, noite significa, em todas as línguas, a união do infinito!!!
Português: noite = N + oito Inglês: night = n + eight Alemão: nacht = n + acht Espanhol: noche = n + ocho Francês: nuit = n + huit Italiano: notte = n + otto
Interessante, não? É bom saber que noite vem do latim nocte e que oito vem do latim octo
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Falha minha! Nossa festejada escritora Raquel de Queiroz despediu-se de nosso mundo há poucos dias, e sequer registrei aqui seu passamento. Primeira mulher a habitar a Casa de Machado de Assis - a Academia Brasileira de Letras - esta cearense de inúmeras qualidades, deixou um obra afinada com seu tempo, com seu meio de origem, mas de valores universais. De personalidade ao mesmo tempo enérgica e doce, determinada e risonha esta longeva escritora pôde deixar-nos histórias inesquecíveis. Que Deus a resguarde em atmosfera de Paz e harmonia.
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É primavera, já a caminho da metade de sua duração; no entanto, uma primavera meio chuvosa, meio sem graça. Até agora... Acontece que há uns três dias, o sol se tem mantido, temperatura agradável, brisa gostosa. Posso festejar esses dias de calor manso e sol e brisa?
ENCANTAMENTO
Enfim u´a manhã clara e radiosa! O sol doura folhas, flores, caminhos, Regatos, até humanos anseios E os converte em paisagem luminosa.
Logo decido ansiosa demais: Serei peça deste cenário idílico Serei um raio desta luz gentil Serei o hálito desta terra ou mais
Comigo, devaneios, alegria Não estarei só, múltipla serei Ao juntar minha voz às vozes dos Seres míticos – mística euforia!
A luz perdura, e o encantamento É a tônica deste enlevo mágico No qual, inebriada, me indago Da fugacidade dos bons momentos.
1999 / Rio
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E por ter falado em Ziraldo, vou postar pra vocês um significativo trabalho de sua autoria. Para ser pensado, exibido, publicado, mostrado aos quatro ventos. Claro que foi lembrança de meu amigo Cláudio Rúbio, o intelectual moço preocupado com os problemas sociais e humanos.
publicado
por Magaly Magalhães às 11:48 PM
7.11.03 VOLTANDO AO PARDAL
Como vocês já sabem, Pardal era um garotinho de pequena estatura, magro, joelhudo, de olhos grandes de jabuticaba que brilhavam diferente quando alguma projetada brincadeira o estimulava com mais intensidade. Não que houvesse alguma coisa que o alvoroçasse mais do que uma partida de futebol no meio da rua, com 11 jogadores de cada lado, o local das redes do gol desenhado no calçamento, juiz, bandeirinha, platéia e torcida organizada. Num desses sábados mágicos de vadiação programada, uma partida havia sido marcada, pela manhã, para as três da tarde. O verão estalava de quente e nossa casa se estabeleceu como ponto de fornecimento de água gelada ou suco ou algo equivalente para aplacar a sede dos nossos motivados jogadores, à hora azada. A casa ficava em centro de terreno com um jardezinho na frente, áreas laterais e um quintal com árvores frutíferas que iam de um pé de maracujá que cobria todo o telhado da garagem a uma jabuticabeira ainda jovem que nunca teve o direito de exibir seus lustrosos frutos escuros ao longo de seus braços porque a visitação ao local nunca também era menor de que uns quinze, dezesseis ágeis dedinhos e ávidas boquinhas. Isto para não falar na esbelta mangueira que se alçava aos telhados vizinhos e que dava a manga-espada mais doce jamais provada na terra. E pelos portões, pelas áreas laterais, cozinha e quintal, o trânsito era trepidante, um movimento e barulho pra dentro e pra fora, quebrado apenas pelo som estridente de um... GOOOLLL...! do JUNIIIIINHO! E aí vinham os abraços melados, as desengonçadas piruetas, as exibições de todo tipo e gosto para comemorar a marcação. Pardal, olhos acesos, defendia sua posição com ardor profissional. Não era um craque, mas voava, voava, voava...em campo, como voavam os pardais ao longo da rede elétrica. Esta tarde ficou na história. O time do Pardal marcou pra valer e, claro!... A festa pelo resultado entrou pelo anoitecer - no meu quintal!!!
Quanta saudade, Estêvão!
A ilustração do texto entra por conta da autora do inspirado Blog das Cores - a nossa querida Flávia - que amorosamente reproduziu o meu Pardal com sua sensibilidade, seu iluminado domínio das cores que a fazem a rainha das aquarelas, óleos e composições digitais. O Pardal e eu temos você guardada no fundo do coração, Flavinha.
publicado
por Magaly Magalhães às 10:44 AM
3.11.03 VAI VOLTAR!
É Primavera e ela vai voltar. Sim, tenham certeza - ELA vai voltar com sua suavidade, seus textos brilhantes, suas valiosas informações sobre poesia, livros, eventos literários, sua determinação e seu amor pela blogosfera. É, é ela mesma, com todo o dinamismo que a caracteriza, a organizadora do recente Concurso de Narrativas Breves Haroldo Maranhão, a nossa festejada e querida MEG, do SUBROSA. Ela manda um grande abraço para duas pessoas especiais: Luiz Gravatá que todos conhecemos através de sua coluna no INFORMÁTICA etc de O Globo e para Jules Rimet, o vencedor do concurso acima citado. São abraços de agradecimento.
PRIMAVERA
publicado
por Magaly Magalhães às 10:14 PM
2.11.03
Gostei da crônica de Affonso Romano de Sant´anna no Prosa e Verso do penúltimo sábado (18/10/2003). Ele fala sobre o valor da poesia no mercado, o qual na opinião dos editores é nenhum, e na sua espantosa surpresa ao ver a poesia encenada e endeusada em plena paisagem urbana de ´´aço e vidro´´da moderna cidade alemã, onde acontece a Feira de Livros de Frankfurt, centro predominantemente voltado para altos negócios e elevadas cifras. A ´´Noite dos 1001 Poemas´´ aconteceu num auditório instalado no meio dos estandes, onde oito poetas convidados, dos mais diferentes pontos do universo, leram seus poemas, responderam a uma série de perguntas sobre sua vida e obra e assistiram a atores alemães fazendo a leitura de mais poemas de cada um deles. Cinco horas corridas de poesia, ouvidas por curiosos e admiradores desta mágica linguagem que, mesmo falada em línguas estranhas, conseguiu estabelecer uma ´imponderável comunicação´ no ambiente. Daí concluir nosso cronista que ´´a poesia como a arte não morre nunca, porque mais que um gênero literário é uma função da mente humana. E algumas, não poucas, mas milhões e milhões de pessoas têm necessidade de poesia como uma segunda língua.´´ Finalizando sua crônica, repete uma reinvenção sua das leis naturais de Lavoisier: ´´ Na poesia nada se perde Na poesia o nada se cria E o nada se transforma´´.
A Idade dos Blogueiros
Faixa etária dos 4,1 milhões de usuários de blogs no mundo 13 a 19 anos - 51,5 % 20 – 29 anos - 39,6 % 30 – 39 anos - 5,8 % 10 – 12 anos - 1,3 % 40 – 49 anos - 1,1 % 50 – 59 anos - 0,4 % 60 – 69 anos - 0,3 %
Fonte: Perseus Development Corporation. (Informação colhida na revista Info Exame, nº 212 de novembro/2003).
Viram só? Não me incluíram nesta estatística. Não gostei!!!!!!!!!!!!
A poesia da vez: (apanhada no Subrosa da Meg) POESIA
olho muito tempo o corpo de um poema até perder de vista o que não seja corpo e sentir dentre os dentes um filete de sangue nas gengivas Incompleta - Organização: Armando Freitas Filho e Heloisa Buarque de Hollanda Editora Aeroplano
Homenagem à artista gaúcha Flávia, minha cara amiga de blog: