Divulgar
idéias próprias, combater o discurso invertido corrente,
aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste
veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
16.1.06 Dahlias Oil Painting de Henry Matisse www.wholesaleoilpainting.com
Para não ficar tão distante de meus gentis leitores, uns poemas, umas citações, alguma ironia, colhidos aqui e ali.
A cada dia, mais minha lida se complica e me vejo afogada em afazeres intransferíveis. Aceitem, pois, esta minha tentativa de continuar por aqui, mesmo não falando por conta própria.
Poema da Tarde
A tarde move-se entre os galhos de minhas mãos Uma estrela aparece no fim deste meu sangue, Minha nuca recebeu o hálito fino de uma rosa branca. Todas as formas servem-se mutuamente, Umas em pé, outras se ajoelhando, outras sentadas, Regando a cabeça e o coração do homem:
E dentre os primeiros véus surge Maria da saudade Que sem querer, canta.
Murilo Mendes
De O Mundo do Menino Impossível
O menino impossível que destruiu até os soldados de chumbo de Moscou e furou os olhos de um ?Papá Noel?, brinca com os sabugos de milho, caixas vazias, tacos de pau, pedrinhas brancas do rio...
'Faz de conta que os sabugos são bois...'
'Faz de conta'...
'Faz de conta'
E os sabugos de milho Mugem como bois de verdade...
Jorge de Lima
Pulsações
...o mundo de fora também tem o seu *dentro*, daí a pergunta, daí os equívocos. O mundo de fora também é íntimo. Quem o trata com cerimônia e não o mistura a si mesmo não o vive, e é quem realmente o considera *estranho* e *de fora*. A palavra *dicotomia* é uma das mais secas do dicionário.
Clarice Lispector
Até outro *furto* de tempo e que seja em breve.
publicado
por Magaly Magalhães às 10:43 PM