Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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28.2.06
 


Reflex�es de Bernard Cid
www.pinturasbrasileiras.com.br


Dei outra folguinha a mim mesma para vir at� aqui. Sinto muita falta de tudo e de todos, mas, por enquanto, s� posso contar com essas visitas furtivas. Ainda estou com meu tempo todo comprometido, meus nervos sobrecarregados, minhas esperan�as abaladas.
Mas vamos l�. A vida tem desses expedientes para todos. Nosso papel � saber aceit�-los.

Sabem? Fa�o 79 anos na ter�a que vem, 7 de mar�o. Eu havia pensado em uma festa melhor do que a do ano passado com m�sica, v�deo e outras anima��es. N�o haver� nada enquanto meu velho estiver doente. Nos 80 anos, em 2007, providenciarei meios de pagar esta d�vida. Vamos botar pra quebrar, gente. Finalmente, n�o � t�o comum atingir esta idade.
Mas de uma coisa n�o dispenso voc�s. Quero mensagens de parab�ns, muitos abra�os, quero sentir voc�s perto de mim. Combinado? Ando meio carentinha.

Lan�o, ent�o, m�o do mesmo recurso usado no post anterior: solto outros poeminhas para n�o ficar t�o em d�vida com voc�s.

Para n�o deixar cair a peteca, um momento meu de paz com a natureza:


ENCANTAMENTO


Enfim u�a manh� clara e radiosa!
O sol doura folhas, flores, caminhos,
Regatos, at� humanos anseios
E os converte em paisagem luminosa.

Logo decido ansiosa demais:
Serei pe�a deste cen�rio id�lico
Serei um raio desta luz gentil
Serei o h�lito desta terra ou mais


Comigo, devaneios, alegria
N�o estarei s�, m�ltipla serei
Ao juntar minha voz �s vozes dos
Seres m�ticos. M�stica euforia!

A luz perdura, e o encantamento
� a t�nica deste enlevo m�gico
No qual, inebriada, me indago
Da fugacidade dos bons momentos.

1999 / Rio


E, num de meus momentos de reflex�o, me saiu este sonetinho:


AMOR AMANTE

� a hora da aurora
� a aurora do instante
que sutil se incorpora
ao tempo do amor-amante

� a hora da vis�o
� a vis�o do exato
poder do amor em a��o
gerando vida num ato

Que paire sobre os amantes
a consci�ncia dos passos
dados em febris instantes

Vida � termo sagrado
fruto de plano divino
Que se lhe d� fino trato...

1999 / Rio

publicado por Magaly Magalhães às 11:47 PM
1.2.06
 


Roses and Jasmins in a Delft Vase Pierre Auguste Renoir
www.wholesaleoilpainting.com


�... Chego � conclus�o de que estou incapaz de escrever qualquer coisa que possa interessar a algu�m. H� como que um muro, um pared�o obstruindo minha capacidade de pensar, de refletir, de organizar as id�ias. E isso me tem desgostado tanto! Tolhida, assim, n�o tenho alternativa sen�o recorrer a coisas escritas em passado recente, retalhos de viv�ncias antigas, em forma de poemas ligeiros, despretensiosos, vazados em termos do falar corriqueiro.

Tento entender o que diz nosso poeta Ferreira Gullar ao sentenciar que *o poema � o lugar onde a prosa vira poesia, � um artefato constru�do de modo que a energia potencial, que est� nas palavras, acenda e vire uma outra coisa, transfigurando a linguagem usual.*

N�o h� pretens�o de que haja esse efeito no caso de meus versos, mas h� uma esperan�a de que eu possa passar atrav�s deles algo mais que uma emo��o fugidia.

Enquanto dura essa inapet�ncia, pe�o que leiam meus pretensos versos e opinem sobre eles com inten��o construtiva, pin�ando o que pode ser julgado como pass�vel e rejeitando o que n�o tiver valor em definitivo.

Assim � que hoje deixo dois desses poemas, escolhidos a esmo, e subordino-os � cr�tica dos meus cooperativos e pacientes leitores.


CANTIGA TRISTE


Est� tarde, est� frio
T�o escuro, t�o sombrio!
Quem vem afagar-me a testa?
Quem vem encher-me o vazio?


O vento geme l� fora
A chuva fria n�o p�ra
Meu cora��o tamb�m geme
geme baixinho e cala


Por que chora a natureza?
Por que o vento fustiga?
Tem cora��o o mundo?
Tem o vento o dom da intriga?


Como estou triste, eu choro
N�o posso culpar ningu�m
Nem a chuva, nem o vento
Nem o mundo, nem meu bem


Choro porque estou triste.

1998/Rio



VIV�NCIAS


Se eu pudesse externar
sem medo nem censura
as situa��es que vivi
no espa�o que ocupei :


lembran�as suaves
que guardei
inc�modos receios
que afugentei
uns poucos sonhos
que n�o realizei
as fibras sens�veis
que acomodei no �ntimo
o fino amor
que cultivei

como acontece � maioria dos viventes.


Mas por que expor viv�ncias?


N�o vai promover nada
n�o vai ajudar ningu�m


Cada um age em espa�o independente
do jeito que lhe ocorre viver o momento.


A vida � um ato recorrente
s� mudam os protagonistas


Rio/2000

publicado por Magaly Magalhães às 10:53 PM