Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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27.7.03
 
Hoje, 26 de julho, � o dia em que se comemora uma figura humana especial na constela��o familiar: a av�. Para as vov�s felizes ou n�o, alegres ou tristes, saud�veis ou desestimuladas, esta carta de crian�a que h� de emocionar qualquer vov�, esteja ela ou n�o em seus melhores dias.

O QUE � UMA AV�?

Carta de um aluno da terceira s�rie.

Uma av� � uma mulher velhinha que n�o tem filhos. Ela gosta dos filhos dos outros. Um av� � um homem-av�. Ele leva os meninos para passear e conversa com eles sobre pescaria e outros assuntos parecidos.
As av�s n�o fazem nada e por isso podem ficar mais tempo com a gente. Como elas s�o velhinhas, n�o conseguem
rolar pelo ch�o ou correr. Mas n�o faz mal, porque nos levam ao shopping e compram tudo o que nossos pais n�o querem comprar. Na casa delas tem sempre um vidro com balas e uma lata cheia de suspiros. Contam hist�rias de nosso pai ou nossa m�e quando eram pequenos, hist�rias da B�blia, hist�rias de uns livros bem velhos com umas figuras lindas.
Passeiam conosco mostrando as flores, ensinando seus nomes, nos fazendo sentir o perfume. Av�s nunca dizem �Apresse-se�,�Arrume seu quarto�, �Coma com modos�.
Normalmente, as av�s s�o gordinhas, mas, mesmo assim, elas nos ajudam a amarrar os sapatos. Quase todas usam �culos e eu j� vi uma tirando os dentes e as gengivas.
Quando a gente faz uma pergunta, a av� n�o diz: �Menino, n�o v� que estou ocupada!�Ela p�ra, pensa e responde de um jeito que a gente entende. As av�s sabem um bocado de coisas.
As av�s n�o falam com a gente como se n�s f�ssemos umas criancinhas idiotas, nem apertam nosso queixo dizendo �Que gracinha!�, como fazem algumas visitas chatas. Quando l�em para n�s, n�o pulam peda�os das hist�rias nem se importam de ler a hist�ria v�rias vezes. O colo das av�s � quente e fofinho, bom de a gente sentar quando est� triste. A minha av� sabe fazer uma festinha bem de leve nas minhas costas que eu adoro.
Todo mundo devia tentar ter uma av� porque s�o os �nicos adultos que t�m tempo para n�s.


Um grande abra�o �s av�s de todo o universo.


Autor desconhecido

Extra�do do livro intitulado Hist�rias para aquecer o cora��o das
m�es
, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorn e Marci Shimoff.

publicado por Magaly Magalhães às 1:44 AM
25.7.03
 
Menos um ator entre n�s, um comediante, um cidad�o que �se incomodava com a mediocridade humana� . Estimado em seu meio, o seu Flor de `A grande Fam�lia�vai deixar saudades.
A aus�ncia de Rog�rio Cardoso na telinha ser� sentida por todos quantos se haviam acostumado com sua gra�a, sua alegria, seu esp�rito humanit�rio. Que seu desempenho no novo plano seja o da franca evolu��o espiritual.


//////////////////////////////////


Recebi de uma amiga a historinha abaixo que repasso como a gra�a poss�vel para o momento;

GEST�O POR RESULTADOS
Era uma vez uma aldeia onde vivam dois homens que tinham o mesmo nome: Joaquim Gon�alves. Um era sacerdote e o outro, taxista. Quis o destino que os dois morressem no mesmo dia.
Chegam ao c�u, onde os espera S�o Pedro.
- O teu nome? - pergunta S�o Pedro ao primeiro.
- Joaquim Gon�alves.
- O sacerdote?
- N�o, n�o, o taxista.
S�o Pedro consulta a suas anota��es e diz:
- Bom, ganhaste o Para�so. Levas estas t�nicas com fios de ouro e este cetro de platina com incrusta��es de rubis. Podes entrar...
Passam mais duas pessoas, e chega a vez do outro Joaquim.
- O teu nome?
- Joaquim Gon�alves.
- O sacerdote ?
- Sim.
- Muito bem, meu filho. Ganhaste o Para�so. Levas esta bata de linho e este cetro de ferro com incrusta��es de granito.
O sacerdote diz:
- Desculpe, n�o � por nada, mas... deve haver engano. Eu sou Joaquim
Gon�alves, o sacerdote!
- Sim, meu filho, ganhaste o Para�so. Levas esta bata de linho e...
- N�o, n�o pode ser! Eu conhe�o o outro senhor, era taxista, vivia na minha aldeia, e era um desastre! Subia nas cal�adas, batia seu carro todos os dias. Mais de uma vez bateu contra muros e casas, dirigia pessimamente, levava tudo pela frente, assustava todo mundo e n�o se corrigia mesmo ap�s multas e repreens�es policiais...
E, quanto a mim, passei setenta e cinco anos da minha vida pregando todos os domingos na par�quia. Como � que lhe
d�o a t�nica com fios de ouro e o cetro de platina e a mim. isto?... Deve haver engano!
- N�o, n�o � nenhum engano - diz S�o Pedro. O que ocorre � que aqui, no C�u, estamos efetuando uma "gest�o" mais profissional, como a que voc�s fazem l�, na terra.
- Como? N�o entendo.
- Eu explico... Agora, orientamo-nos por �resultados �... � assim: durante os �ltimos vinte e cinco anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas adormeciam; mas, cada vez que ele dirigia seu t�xi, as pessoas come�avam a rezar. � isso:
Resultados !!!... Percebeste agora?
Gest�o por Resultados!


///////////////////////////////////


O poema de hoje:


ONDE PAIRA A CAN��O RECOME�ADA


Onde paira a can��o recome�ada
No capitel de acanto de teu lar?
Onde prossegue a dan�a terminada
Nas lajes de meu tempo de chorar?
Rapaz, em minhas m�os cheias de areia
Conto os astros que faltam no horizonte
Da praia solu�ante onde passeia
A espuma de teu fim, pranto sem fonte.
Oh juventude, um p�lio de inoc�ncia
Jamais se estender� sobre outra aurora
Mais clara que esta clara adolesc�ncia
Que o lupanar da noite hoje devora:
Que vale o len�o impuro da elegia
Sobre teu rosto, l�cida alegria?


//////////////////////////////////


Deixo-os aqui. Advir�o posts menos tristes.






publicado por Magaly Magalhães às 1:47 AM
21.7.03
 
Al�. pessoal, venho deixar meu abra�o carinhoso e amigo no dia dedicado aos amigos.
Um viva para todos os meus amigos!

publicado por Magaly Magalhães às 1:07 AM
20.7.03
 
Leda Yara, que todos voc�s j� conhecem pelas poesias publicadas aqui, recebeu da amiga Merc�lia Rodrigues, tamb�m poeta, o belo poema Ator, que transcrevo abaixo com muita satisfa��o. Leda � inspirada e sens�vel e costuma refletir em cima dos textos que recebe e l�, sempre com extrema propriedade e bom senso. Voc�s v�o ter assim oportunidade de conhecer seus dotes em prosa tamb�m.


A T O R

Merc�lia Rodrigues


A m�scara do rosto cai!
A primeira?
N�o! M�ltiplas facetas.
Hist�ria que se esvai...
Contada em cada tempo de um jeito,
no farfalhar de p�ginas rasgadas,
com fantasias embutidas nos trejeitos.
Longe as m�scaras atiradas !
Todas? Todas nunca arremetidas,
Em cada instante de viv�ncia,
at� em espelho refletida,
mostra-se apenas apar�ncia!
Palco da vida! Teatro de fantoches!
As mil figuras que se enla�am
tra�am o enredo de deboches,
cenas ocultas que perpassam...
no conduzir o desfecho em cada ato,
desempenho da fun��o de mil atores
mascarados de si mesmos com aparato,
nas mentiras se alojam seus valores!
Cai o pano... disfarces escondem-se.
Hipocrisia? Inveja ou ironia?
Onde?
No teatro imenso do teu eu!
Contracenando contigo lado a lado,
neste papel de ator que � teu...
Vais despeda�ando imagens do passado!


REFLEX�ES

Leda Yara


A vida � um grande palco. Quase sempre ficamos meio desnorteados com os diversos pap�is desempenhados � nossa volta, diariamente, por aqueles que cruzam conosco ou mesmo convivem conosco. Muitas vezes, nem percebemos que estamos contracenando com os outros atores e o espet�culo continua, sem que nos demos conta de que a pr�xima "fala" do outro � uma seq�encia da nossa "fala", no espet�culo.

Aos poucos, � medida que vamos nos aprofundando no conhecimento de n�s mesmos e amadurecendo para os mist�rios da vida, as dificuldades, os desnorteamentos, os desapontamentos, as decep��es v�o cedendo lugar � compreens�o dos atores e dos pap�is que eles escolheram para desempenhar no palco da vida. Esta � uma das grandes ci�ncias da escola do viver: conhecer-se e compreender.

Muitos dos que seguem a doutrina esp�rita costumam eximir-se da responsabilidade de seus atos ou desqualificam a responsabilidade dos atos dos outros, despejando as conseq��ncias das escolhas feitas, quando j� estamos aqui, sobre "os compromissos assumidos antes de retornarmos ao plano f�sico". Acredito que n�o s�o tantos os encargos que assumimos antes de voltarmos aqui. Ali�s, acho mesmo que s�o poucos, quando comparados com o desempenho inteiro da nossa vida. A maioria dos nossos estados, seja no plano espiritual, seja no f�sico, seja no emocional, enfim, a maioria dos acontecimentos da vida s�o conseq��ncia das nossas escolhas quando j� estamos no plano terrestre.

N�s nascemos livres. Almas e mentes transparentes como o ar, papel em branco e l�pis na m�o, prontos para as anota��es do script que vamos representar no palco da vida. Nem mesmo sabemos falar direito e j� temos pequenos scripts para decorar, j� come�amos a criar nossas primeiras m�scaras e disfarces, para nos sairmos melhor das situa��es e aplaudidos pela pequena plat�ia que nos assiste, ent�o.

� medida que vamos crescendo, mais e mais scripts v�o sendo anotados no nosso bloco de notas. As m�scaras e os disfarces v�o ficando sedimentados pelos jogos partilhados com os demais atores da pe�a.

Pronto! Chegamos ao ponto em que j� decoramos nossos pap�is, definimos como atuar nos diversos atos do espet�culo e nos sentimos prontos para nos apresentarmos no palco da vida. E sa�mos por a�, vida afora, repetindo os nossos espet�culos, cada vez que uma mesma situa��o se apresenta. Na maioria das vezes, ou por inoc�ncia, ou por falta de coragem ou de humildade, n�o paramos um pouco para avaliarmos o nosso desempenho. N�o paramos para rever os efeitos da nossa atua��o sobre os outros e, mais importante ainda, sobre n�s mesmos, j� que, pela lei da causa e efeito, tudo retorna par� n�s na mesma forma em que executamos nosso papel.

Amadurecer, significa reavaliar e reescrever os nossos pr�prios pap�is e aceitar os pap�is que os outros escolheram para si. Aceitar n�o significa compartilhar, estimular ou se apiedar. Aceitar � compreender que o outro � livre para escolher os seus pap�is, mas que deve se responsabilizar pelas conseq��ncias de suas escolhas, sejam essas conseq��ncias boas ou n�o. Quando n�o deixamos ao outro a responsabilidade pelos seus pensamentos, atos e palavras, estamos lhe negando oportunidades valiosas de crescer e de amadurecer.

A mente humana � a maior e �nica ferramenta exclusiva, pessoal e intransfer�vel que o Pai nos doou. � uma ferramenta t�o poderosa que se constitui na �nica pela qual nos comunicamos com o Divino. " Quando a cabe�a n�o pensa, o corpo padece" ou, "O corpo vai pra onde a cabe�a manda". Todos n�s j� ouvimos, com certeza, esses ditados. � na nossa mente que est� o controle de todos os estados de cada um de n�s. E os nossos scripts est�o , exatamente, a�. Na nossa mente. � a� que est�o os pap�is que os atores desempenham no palco da vida.

Eu os compreendo. Compreendo-os e os aceito. Aceito-os e os respeito pelo direito que t�m de escolher os seus pr�prios destinos. Aceito-os e os respeito porque talvez nem percebam que podem modificar seus pap�is no momento em que bem quiserem. Aceito-os, porque me aceito como sou e � a partir dos outros que tomo consci�ncia do quanto ainda tenho que progredir na minha caminhada.


ooooooooooooooooooooooooooooooooooo


Abertos poema e prosa pra aprecia��o. Quem quiser expressar alguma opini�o, est�o a� o sistema de coment�rios e o e-mail. Podemos conversar � vontade. Por mim, elas, as autoras, est�o em cr�dito.
At� mais.



Aber



publicado por Magaly Magalhães às 1:24 AM
15.7.03
 
N�o podia deixar de passar esta pra voc�s:



De Am�rico Esteves Menezes, grande seresteiro das Minas Gerais, exilado voluntariamente em Bras�lia:

Em Campina Grande, na Para�ba, em 1955, um grupo de bo�mios fazia serenata numa madrugada do m�s de junho, quando chegou a pol�cia e apreendeu o viol�o.
Decepcionado, o grupo recorreu aos servi�os do advogado Ronaldo Cunha Lima, ent�o recentemente sa�do da faculdade e que tamb�m apreciava uma boa seresta.
Ele peticionou em Ju�zo para que fosse liberado o viol�o. Esse petit�rio ficou conhecido como "Habeas Pinho"e enfeita as paredes de escrit�rios de muitos advogados ebares em praias do Nordeste.
Mais tarde, Ronaldo Cunha Lima foi eleito deputado estadual, prefeito de Campina Grande (cassado pela Revolu��o),
senador da Rep�blica, governador do Estado e, hoje, deputado federal. Veja a famosa peti��o:

HABEAS PINHO

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 2� Vara desta Comarca:

O instrumento do crime que se arrola
neste processo de contraven��o
n�o � faca, rev�lver nem pistola,
� simplesmente, doutor, um viol�o.

Um viol�o, doutor, que na verdade
n�o matou nem feriu um cidad�o.
Feriu, sim, a sensibilidade
de quem o ouviu vibrar na solid�o.

O viol�o � sempre uma ternura,
instrumento de amor e de saudade.
O crime a ele nunca se mistura.
Inexiste entre eles afinidade.

O viol�o � pr�prio dos cantores,
dos menestr�is de alma enternecida
que cantam as m�goas que povoam a vida
e sufocam suas pr�prias dores.

O viol�o � m�sica e � can��o,
� sentimento vida e alegria,
� pureza � n�ctar que extasia,
� adorno espiritual do cora��o.

Seu viver como o nosso � transit�rio,
mas seu destino, n�o, se perpetua.
Ele nasceu para cantar na rua
e n�o para ser arquivo de cart�rio.

Mande solt�-lo pelo amor da noite
que se sente vazia em suas horas,
p'ra que volte a sentir o terno a�oite
de suas cordas leves e sonoras.

Libere o viol�o, Dr. Juiz,
em nome da Justi�a e do Direito.
� crime, porventura, o infeliz,
cantar as m�goas que lhe enchem o peito?

Ser� crime e, afinal, ser� pecado,
ser� delito de t�o vis horrores,
perambular na rua um desgra�ado
derramando na rua as suas dores?

� o apelo que aqui lhe dirigimos,
na certeza do seu acolhimento.
Juntada desta aos autos n�s pedimos
E pedimos tamb�m DEFERIMENTO.

Ronaldo Cunha Lima, advogado.



O juiz Arthur Moura deu sua senten�a no mesmo tom:

Para que eu n�o carregue
remorso no cora��o,
determino que se entregue
ao seu dono, o viol�o.



Gostaram? Volto outra hora.

publicado por Magaly Magalhães às 1:22 AM
14.7.03
 
Democracia � a escolha feita por muitos incompetentes. Ditadura � a indica��o feita por uns poucos.

O que este Pa�s precisa n�o � de democracia - � de menos gente que toma liberdades com a democracia.

A educa��o substitui a ignor�ncia confiante pela incerteza ponderada.

Aus�ncia de evid�ncia n�o � evid�ncia de aus�ncia.

O bom executivo toma decis�es rapidamente e manda logo algu�m executar o trabalho.

A liberdade � sempre perigosa, mas � a coisa mais segura que a gente tem.

Por mais escassa que a verdade seja, a oferta � sempre maior do que a procura.

A variedade pode ser a alegria da vida, mas a monotonia � que p�e a mesa.

Nada: faca sem cabo cuja l�mina se perdeu.

Deixe sempre para amanh� aquilo que voc� na certa iria bagun�ar hoje

De m�o em m�o a verdade vira fic��o.

Em terra de olho, quem tem um cego... errei!


J� vou explicar:
Caiu-me nas m�os o livrinho Eu gostaria de ter dito isso! em que Lu�s Carlos Bravo compilou um bom n�mero de frases de esp�rito, simplesmente para fazer rir o leitor comum. Carioca da gema, � o autor da id�ia, talvez influenciado por S�rgio Porto com quem trabalhou no antigo Di�rio Carioca. Os direitos autorais do livro foram doados a v�rias institui��es de caridade.


(((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((


Prece matinal entre os Peles-Vermelhas:

�Desejo que a Beleza esteja ao norte e ao sul, a este e a oeste de mim, que a Beleza esteja acima de mim, que a beleza esteja abaixo de mim...�

Encontrada por Lucie Lelarue-Madrus, como afirma Cec�lia Meireles na cr�nica intitulada Beleza em seu livro Cec�lia Meireles / Cr�nicas de educa��o.


)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))


Quanto � poesia de hoje, por que sair de Cec�lia?


INF�NCIA

Levaram as grades da varanda
por onde a casa se avistava.
As grades de prata.

Levaram a sombra dos limoeiros
por onde rodavam arcos de m�sica
e formigas ruivas.

Levaram a casa de telhado verde
com suas grutas de conchas
e vidra�as de flores foscas.

Levaram a dama e seu velho piano
que tocava, tocava, tocava
a palida sonata.

Levaram as p�lpebras dos antigos sonhos,
deixaram somente a mem�ria
e a l�grimas de agora.

Cec�lia Meireles.


Deixemos a suavidade de Cec�lia calar em nossa alma.
At� novo encontro



publicado por Magaly Magalhães às 1:06 AM
8.7.03
 
Hoje, estou com a alma nordestina aflorada. Deve ter sido pelo fato de ter sido contactada por um jornalista conterr�neo (entenda-se alagoano), radicado em Recife - Aldemar Paiva, radialista, cronista e poeta, colunista do seman�rio Fatorama, jornal das vozes livres de Bras�lia, que me homenageou com um de seus trabalhos po�ticos com que encerrarei este post.

Leiam e sintam o sabor destas trovas :

" As cirandas das crian�as
brincando na minha rua
s�o carroc�is de esperan�as
girando em noite de lua ! "


" Eu vi secando na grade
do quintal exposto ao sol
meu pijama com saudade
do teu lindo baby-doll ! "

S�o do poeta pernambucano Severino Uchoa, falecido h� 5 anos, autor do famoso livro "Brasil de chap�u de couro".

E, por falar em quadrinhas, imposs�vel deixar de registrar algumas do imortal Adelmar Tavares, consagrado poeta, tamb�m pernambucano :

" Tu censuras de minha alma
esse alvoro�o, esse ardor...
Quem tem amor e tem calma
tem calma, n�o tem amor. "


" N�o sei se � fita ou se � fato,
n�o sei se � fato ou se � fita...
O fato � que ela me fita,
me fita mesmo de fato ! "


" Para matar a saudade
fui ver-te em �nsia, correndo,
e eu que fui matar saudade
vim de saudade morrendo. "


Para encerrar,

MON�LOGO DO JANGADEIRO

Do livro ? MON�LOGOS ?
de Aldemar Paiva


N�o me perguntem quanto tempo faz...
um ano, dez, quarenta, nem sei mais
pois do tempo inteiramente ando esquecido.
Sei t�o somente que naquele dia
voltei do mar, n�o encontrei Maria,
Maria tinha desaparecido !

N�o me perguntem se eu sofri depois
pois o mundo que era de n�s dois
o dil�vio da saudade acabou...
E pela noite imensa da tristeza
eu me perdi sozinho na incerteza
como uma coisa que a mar� levou !

N�o me perguntem porque da jangada
eu apaguei o nome da malvada
como quem limpa o corpo de uma chaga...
O sol e a chuva desbotaram a vela
mas eu n�o pude esquecer-me dela
pois tinta de lembran�a n�o se apaga !

N�o me perguntem porque o vento frio
em doloroso e triste assobio
gritava por Maria aos meus ouvidos.
O mar raivoso me abria os bra�os
e eu sabia que com mais dois passos
podia afugent�-la dos sentidos !

N�o me perguntem porque resolvi
fechar a casa onde a acolhi
perder a chave e navegar a esmo...
Rever o ninho abandonado e mudo,
ver a saudade empoeirando tudo
era acabar de vez comigo mesmo !

N�o me perguntem porque a odeio,
porque a detesto e por isso creio
que outra Maria t�o cruel n�o exista...
Se a encontrasse por acaso eu juro;
n�o olharia pro seu rosto impuro
e no seu corpo n�o pousava a vista !

N�o me perguntem se � mentira ou n�o
tudo que eu digo em alucina��o
nessa agonia que voc�s v�o vendo...
Quem sabe se eu n�o falo por despeito
e vou mentindo pra enganar o peito,
pra que n�o pensem que eu estou sofrendo ?

N�o me perguntem se � ilus�o
ou se � Maria mesmo - que emo��o -
quem me espera na praia ao fim da vida...
Um ano, dez, quarenta pouco importa
se ela voltou agora quase morta,
feia, acabada, triste, arrependida !

N�o me perguntem com quem ela andou,
com quem se foi, por que me abandonou...
N�o me perguntem n�o, amigos meus !
Pobre Maria... h� quanto tempo a espero,
Se ainda a amo, se ainda a quero,
n�o me perguntem, pelo amor de Deus !


Saciei a saudade dos ecos de meu lugar de origem. Se cansei voc�s, perdoem-me. Senti prazer e lhes fico devendo.

Al�, Ademar, muito obrigada mesmo!





publicado por Magaly Magalhães às 1:42 AM
3.7.03
 
Uma piada pra come�ar. Sim, porque estou comemorando a volta do layout de meu blog � antiga forma, gra�as � interfer�ncia de meu amigo Francisco Pires, batuta como ele s�, como costumava dizer meu pai.

O e-mail de Deus

Um dia, Deus, olhando para a Terra, viu todo o mal que se passava nela. Assim, decidiu enviar um anjo para investigar. Chamou um de seus melhores anjos e mandou-o a Terra por algum tempo. Quando o anjo regressou, disse a Deus:
- Sim, a Terra � 95% m� e 5% boa.

Deus pensou por um momento e disse:
- Melhor mandar outro anjo para ter uma segunda opini�o.

Assim, Deus mandou outro anjo ficar na Terra por algum tempo. Quando regressou, o anjo tamb�m disse:
- Sim, a Terra est� em decad�ncia, 95% m� e 5% boa.
Deus disse:
- Isso n�o est� bom.

Decidiu, ent�o, mandar um e-mail aos 5% das pessoas boas que havia no mundo, para dar-lhes �nimo... para que n�o desistissem e seguissem adiante sem perder a f�.

Sabe o que dizia o e-mail?



N�o?



Ent�o estamos ferrados...
Para mim tamb�m n�o chegou!!!


----------------------------------------------------------------


Outro amigo, Cl�udio R�bio, o Claudinho do Circulando.com, mandou-me uma mat�ria para reflex�o, ali�s, parte de um de seus posts de poucos dias atr�s, que passo a voc�s para refletirmos juntos:

Devo levar a vida como uma formiga?

"Rua Bar�o de Itapetininga, Centro, S�o Paulo; manh� de junho de 2002. Eu, no centro da maior cidade do Brasil. Todas as manh�s, passo por essa rua, aproximadamente �s sete e meia da manh�, para tomar o meu caf�, antes de chegar ao escrit�rio, e me deparo com crian�as dormindo sob uma abertura pr�xima a uma galeria.

S�o crian�as de todas as idades, ra�as e cores; algumas s�o muito bonitas. Mas, de alguma forma, preferem os perigos das ruas, e dispensam a prote��o dos pais (com quem o risco � maior). Outras perderam os pais. As FEBEM's, prote��o do governo? N�o. Melhor ficar nas ruas.

Como ficar indiferente? Como entender? Nas escolas n�o me ensinaram nada sobre tudo isso.

Se f�ssemos formigas, tudo seria mais f�cil. As formigas n�o precisam questionar nada, s� pensam no trabalho e na perpetua��o da esp�cie. Nada mais. Devo viver como uma formiga?" (Descaso, de Josu� G. Ara�jo).



D� para uma boa reflex�o: a aus�ncia de perspectivas dessa fatia da popula��o - a liberdade que destr�i , o desespero, o medo, a lei da viol�ncia. Pass�vel de solu��o?


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E agora? Vamos ao momento po�tico em dia de ex-aspirantes.



O POETA E A LUA


Solta a lua na noite aberta, desce e
vem prender-se a alado ser � sua espera
�brios um do outro e transl�cidos
planam juntos ? a lua e o poeta.


- Preciso de tua luz compensadora
sou um oceano de revoltas emo��es.
S� tua reveladora claridade
pode ater-me � vida nessas condi��es.


- Tua eu sou, poeta ensandecido,
mas n�o s� tua, de todos os poetas
carentes de frios raios de luz
a atenuar-lhes a fervescente verve.


- Vem, fa�amos uma fina parceria,
a vida � fugaz e me deixa alerta.
Em sua eternidade, como poderia ela
ser s� minha se haver� sempre poetas?

1998
Rio

CAN��O TRISTE



Est� tarde, est� frio
T�o escuro, t�o sombrio!
Quem vem afagar-me a testa?
Quem vem encher-me o vazio?


O vento geme l� fora
A chuva fria n�o p�ra
Meu cora��o tamb�m geme
geme baixinho e cala


Por que chora a natureza?
Por que o vento fustiga?
Tem cora��o o mundo?
Tem o vento o dom da intriga?


Como estou triste, eu choro
N�o posso culpar ningu�m
Nem a chuva, nem o vento
Nem o mundo, nem meu bem


Choro porque estou triste.

1998
Rio
















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publicado por Magaly Magalhães às 12:36 AM