Divulgar
idéias próprias, combater o discurso invertido corrente,
aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste
veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
30.11.02
Visitando vocês rapidamente . Tempo curto. A poemas curtos, então. Idéias em espaços contidos. Versos soltos. Sentimentos em estado de predecolagem. "A liberdade ali, ó. Pega, pega! Deixa voar..."( Obrigada, Claudio / "Circulando")
POÉTICA Augusto Massi
Algumas horas da minha vida. A elegia do olho. A contração do sagrado. Têmpera, banho do sono Penso na dignidade do contido.
ABERTURA Carlito Azevedo
Desta janela domou-se o infinito à esquadria: desde além, aonde a púrpura sobre a serra assoma como fumaça desatando-se da lenha, até aqui, nesta flor quieta sobre o parapeito - em cujas bordas se lêem as primeiras deserções da geometria.
A NOITE CLARA NO TETO Felipe Nepomuceno
Horas não contêm ausência ou intervalo. A memória demora, enquanto a noite clara no teto ofusca desencontros, sua janela aberta.
RESUMO DO DIA Heitor Ferraz
Nenhum recado de morte que sempre abala tanto a família. O mundo perplexo parou e a vida oblíqua preferiu continuar traindo sem matar ninguém.
E aí? Dei meu recado pela boca de poetas? Adoro-os. Com pouco, eles dizem mundos de sentimentos e paixões! Que nunca faltem poetas neste mundo de belezas e agonias. Aé outro dia.
publicado
por Magaly Magalhães às 10:32 AM
24.11.02
Vocês gostam da poesia de Guilherme de Almeida, certamente. Pois trago para vocês, hoje, um curioso poema de sua lavra. Acho que, na realidade, este trabalho (experimental?) apresenta uma particularidade na montagem das rimas. Não vou dizer nada para não tirar o gosto da descoberta. Leiam sentindo as rimas corridas e vamos ver se a impressão causada em vcs bate com a opinião crítica de Frederico Ozanam Pessoa de Barros, responsável pela seleção de textos, notas, estudos biográfico, crítico e histórico de "Literatura Comentada" (São Paulo: Abril Educação,1982)
A RUA DAS RIMAS
A rua que eu imagino, desde menino, para o meu destino pequenino é uma rua de poeta, reta, quieta, discreta, direita, estreita, bem feita, perfeita, com pregões matinais de jornais, aventais nos portais, animais e varais nos quintais; e acácias paralelas, todas elas belas, singelas amarelas, douradas, descabeladas, debruçadas como namoradas para as calçadas; e um passo, de espaço a espaço, no mormaço de aço, baço e lasso; e algum piano, provinciano, quotidiano, desumano, mas brando e brando, soltando, de vez em quando, na luz rala de opala de uma sala uma escala clara que embala; e, no ar de uma tarde que arde, o alarde das crianças do arrabalde; e de noite, no ócio capadócio, junto aos lampiões espiões, os bordões dos violões; e a serenata ao luar de prata (Mulata ingrata que me mata...); e depois o silêncio, o denso, o intenso, o imenso silêncio...
A rua que eu imagino, desde menino, para o meu destino pequenino é uma rua qualquer onde desfolha um malmequer uma mulher que bem me quer; é uma rua como todas as ruas, com suas duas calçadas nuas, correndo paralelamente, como a sorte diferente de toda gente, para a frente, para o infinito; mas uma rua que tem escrito um nome bonito, bendito, que sempre repito e que rima com mocidade, liberdade, tranqüilidade : RUA DA FELICIDADE...
Então? Qual a sensação obtida? A nota marcante na construção desta poesia sem métrica é a constância da rima, dando a prova de que a rima por si só pode produzir ritmo e musicalidade. Pertence ao livro "Você" (1931), "um incompreendido show de virtuosismo técnico." Não foi sem motivo que Guilherme de Almeida ( 1890 /1969) foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros (1959)
Até o próximo encontro.
publicado
por Magaly Magalhães às 11:20 PM
21.11.02
Aqui, com todo entusiasmo por estar com vocês. E o temporal de verão ainda na primavera? Gente! Foi de amedrontar. Não sei se foi por ter caído de madrugada, mas tive a impressão de que nunca ouvira estrondos tão grandes durante uma trovoada. E o raio insólito que apagou o Cristo Redentor?! E os estragos nas ruas alagadas, casas inundadas, árvores e postes caídos, isso não considerando o horror das pessoas que moram nas ruas e não têm como se abrigar convenientemente? Ainda bem que não houve registro de pessoas feridas ou mortas.
Hoje, como se comemora a significativa presença negra em nossa estrutura racial, fui buscar no acervo literário de Jorge de Lima, o poeta da cidade alagoana de União dos Palmares, a poesia que recorda a sua feliz e cristã infância. Sua primeira visita à Serra da Barriga, aos oito anos, foi marcada por um incômodo incidente - " a pequena comitiva se perdeu na espessa mata que envolve o antigo reduto dos Quilombos.Tiveram de dormir na casa rústica de um lavrador e só no dia seguinte, por um cortado de burros, foram levados até o topo da montanha". O imenso panorama deixava ver ..."o rio Mundaú, que, segundo a lenda, nascera das lágrimas de Jurema, de um lado a serra dos Macacos, do outro lado a planície do Jatobá, os campos verdes da Terra-Cavada, o fundão, a Tobiba, os banguês, a Great Western, as olarias; e lá longe a igreja..."
"Serra da Barriga, buchuda, redonda, do jeito de mama, de anca, de ventre de negra! Mundaú te lambeu! Mundaú te lambeu! Cadê teus bumbuns, teus sambas, teus jongos? Serra da Barriga, Serra da Barriga, as tuas noites de mandinga cheirando a maconha, cheirando a liamba? Os teus meios-dias: tibum nos peraus! Tibum nas lagoas!"
União tinha mais ainda a oferecer a seu filho poeta. Tinha a magia de sua Tróia Negra, a epopéia dos Quilombos dos Palmares na Serra da Barriga." Local tão especialmente decantado pelo poeta alagoano.
O meu adeusinho de hoje. Até muito breve.
Nota - Escrevi no dia 20, já no final da noite, de modo que, ao postar, já tinha entrado no dia 21. Relevem a falta de pontualidade.
publicado
por Magaly Magalhães às 1:34 AM
18.11.02
Voltando ao contato. Estou ficando viciada, sempre pensando em alguma coisa para passar pra vocês. E, na realidade, nem defini nada ainda: é mesmo vontade de estar com vocês todos que têm paciência de ler o que escrevo, o que transcrevo, o que sinto, o que me incomoda, o que me enleva. Hoje, não me sai da cabeça aquele poema esmagador com que Cecília Meireles se despede do professor Heitor Grillo, seu segundo marido, no leito de morte. É triste, naturalmente, mas é de uma beleza tão transcendental que nunca é demais repetir este
CANTAR DE VERO AMOR A Heitor Grillo
I Assim aos poucos vai sendo levada a tua Amiga, a tua Amada! E assim de longe ouvirás a cantiga da tua Amada, da tua Amiga. Abrem-se os olhos - e é de sombra a estrada para chegar-se à Amiga, à Amada!
Fechem-se os olhos - e eis a estrada antiga A que levaria à Amada, à Amiga.
Se me encontrares novamente, nada te faça esquecer a Amiga, a Amada!
Se te encontrar, pode ser que eu consiga ser para sempre a Amada Amiga.
II E assim aos poucos vai sendo levada a tua Amiga, a tua Amada!
E talvez apenas uma estrelinha siga a tua Amada, a tua Amiga.
Para muito longe vai sendo levada, desfigurada e transfigurada.
Sem que ela mesma já não consiga dizer que era a tua profunda Amiga.
Sem que possa ouvir o que tua alma brade: que era a tua Amiga e que era a tua Amada.
Ah! do que disse nada mais se diga. Vai-se a tua Amada - vai-se a tua Amiga!
Ah! do que era tanto, não resta mais nada... Mas houve essa Amiga! Mas houve essa amada!
São Paulo, janeiro, 1964.
Viram só? Como se tira do pungente, do dolorido tamanha beleza e transcendência? Como pôde Cecília tirar do extremo da dor essa dimensão do adeus à vida e ao ser amado?
Desculpem-me os arroubos de admiração, mas Cecília soube, como ninguém, dar densidade em dose exata a seus sentimentos.
Um abraço e até outro dia.
publicado
por Magaly Magalhães às 12:58 AM
16.11.02
Desculpem-me, amigos, um errinho de digitação : no penúltimo verso da terceira estrofe, leiam "Retraio-me". Já ia repetir um outro senão - Saí do post sem um adeusinho. Relevem, estou abraçando vocês agora, com muita simpatia. Até o próximo post.
publicado
por Magaly Magalhães às 12:05 AM
15.11.02
Como estão meus amiguinhos? Hoje estou alegre. Nem sei se tenho motivos concretos para este estado de espírito, mas não vem ao caso, estou leve e pronto. Aliás, a julgar pelas notícias esdrúxulas que temos tido pelos jornais, até me acanho de estar em paz com a vida.Que crimes! De abalar os céus! Que está acontecendo com nossos códigos de ética? Com nossos valores de família? Com nossos jovens? E não se diga que é a miséria, como condição de vida, que fabrica tais desajustes. O crime tem saído de famílias abastadas ou, pelo menos, de famílias aparentemente estruturadas de classe média. E os valores religiosos? Ninguém desconhece o mandamento "Não matarás" e "Honrarás teu pai e tua mãe"! Perderam o significado, por acaso? Infelizmente, esses crimes estão aí , acontecendo, desafiando nossa capacidade de construir uma sociedade sã, cooperativa, harmoniosa.
Lembram-se de que, uma vez, falei sobre uma amiga poeta que tem um irmão poeta e que ambos têm poesias lindas? Tenho um poema de cada um para vocês hoje. Vamos a eles.
INCÓGNITALêda Mello
Não é fácil amar-te dentro dessas tuas gavetas, em meio aos teus guardados.
Não é fácil querer-te nas sombras e fantasmas das tralhas do passado.
Fecha-te em teus esconderijos, onde se ocultam histórias de outros amores. E eu, feita de temores, não ouso buscar-te. Recolho-me às minhas dúvidas, Retraimo-me às tuas incertezas.
Permaneces uma incógnita, voltado para ti mesmo, num mundo só teu. Montando uma estrela errante, cavalgas a solidão dos teus sonhos, onde não cabem os meus sonhos, de ser, em algum espaço no relógio do tempo, a tua mais doce e bonita realidade...
Calo-me e sigo. Sem perguntas. Tu calas e ficas. Sem respostas. Montando estrelas, cavalgando sonhos... Maquiando a face das tuas incógnitas.
ROSA DA LEMBRANÇA Luis Lêdo Motta Mello
Dou-lhe esta rosa que colhi, magoado, no roseiral que juntos plantamos, lá no cantão onde nós dois moramos, entre as savanas do meu Lageado.
Doces momentos quando, lado a lado, plantando as flores tanto amor juramos! Beijos ardentes, quantos nós trocamos!... Belo idílio tão cedo acabado.
Em poucos meses o roseiral querido brotou belíssimo. Mas, como eu, perdido, sentiu a falta de quem o plantou.
E esta rosa tão sublime e pura sem os espinhos da divina jura conta as saudades que você deixou...
__
publicado
por Magaly Magalhães às 11:50 PM
10.11.02
Volto eu aqui. Não com a brevidade estimada, mas estou aqui, com vocês, para uma coversa domingueira. É, mas não com o ânimo que gostaria de exibir. Estou assim, meio dúbia, meio dividida, não sei definir. Sinto essa dualidade pela reação que tenho ao ler os que têm pontos de vista contrários aos meus. Não me sinto firme em meus argumentos, ora condescendendo ante os argumentos opostos, ora voltando com mais veemência às minhas próprias idéias. Essa ambivalência cansa um pouco.Tenho que alargar meus horizontes, é isso! E, para isso, o concurso de vocês bem que seria interessante. Lançamento de novos temas ou de temas discutidos, mas não esgotados; proposta de assuntos contendo possibilidade de debate; indicação de joguinhos inteligentes (nisso, eu afundaria; sou avessa a jogo e, portanto, carente desse tipo de inteligência investigadora); enfim, colocar este blog num nível palatável. Posso contar com a contribuição de vocês? Usem o "Comentar?" ou o "E-mail me" ou, simplesmente, mandem-me por qualquer via motes, ou mesmo trechos curtos, que prometo publicar aqui, neste sítio de posts.
Bem vamos amenizar, declamando poesias. Como ? Se me sinto tão pardoxal, hoje! Achei um jeito. Passo pra vocês meu poema intitulado :
PARADOXO
Sou ( ... ) a soma dos descaminhos a contradição em progressso
Afonso Romano de Sant´Anna
Somos...
a mão que guia a voz que orienta o ombro que acolhe o gesto que atende a força que estimula a calma que embala
ou...
a mão que paralisa a voz que adultera o ombro que se esquiva o gesto que ameaça a força que corrompe a calma que abala
Contradição humana! Há caminhos e muitos descaminhos
Somos o somatório dessas posturas empenho em crescer crescer sem desempenho
Humano, “demasiadamente humano”, resgatando o filósofo voltando ao poeta.
Rio/2000
Então? Manifestem-se positiva ou negativamente. Sou toda ouvidos e aceitação. Abraços. Até o proximo encontro.
publicado
por Magaly Magalhães às 10:15 AM
6.11.02
Estou de volta. Demorei, mas apareci. Se alguém tem alguma receita para duplicar cotas de tempo, por favor, eu preciso muito desse recurso.Vivo às turras com o tempo que me ignora solenemente e não me deixa segurá-lo. Vamos aos comentários antes que o tempo que tenho pra isso se evapore.
Estive lendo hoje, no Segundo Caderno de O Globo, que o grupo holandês Focus se apresenta hoje, no Canecão, trazido pelo Rio Art Rock Festival. Do grupo inicial, só atua hoje o cantor, flautista e tecladista Thijs van Leer, mas continua um grupo com as características iniciais, um conjunto de músicos progressivos, de formação clássica, cheios de energia e perfeccionismo. Sucesso de 1971, "Hocus Pocus" ainda ressoa aos meus ouvidos como uma um som de grande impacto e competência musical. Acho que é uma boa conferir.
Vejo também, com surpresa, que o cerebral escritor José Saramago resolveu, em seu recentíssimo livro "O Homem Duplicado,"enfrentar o arquétipo do imaginário literário, como o fizeram Cotázar ("O Jogo da Amarelinha", "Casa Tomada") e Borges ( "Borges e Yo"). Dá uma curiosidade! Sim, porque ler Saramago é ter uma imensa aula de língua portuguesa, tanto no que se refere ao uso das palavras como à construção de frases, coisas que ele realiza com extrema maestria.
O poema de hoje? Querem? Não, não esqueci.
Soft Rain, High Grain
perdido entre pedras clássicas me movo de novo pelas aléias e aldeias
trago orquídeas mínimas, um gosto, um clima, perdido entre o erro e a rima
êxtases, ideogramas, essas minúcias de pedra rara em ímã, no afã de vê-la estilhaçar
(recluso entre palavras) que se dissolvem como sal, assim, ao menor sinal.
Rodrigo Garcia Lopes de "Esses Poetas" - Uma Antologia dos Anos 90 / Heloísa Buarque de Holanda
Até outro dia, com intervalo mais curto. Abraços.
publicado
por Magaly Magalhães às 5:56 PM
1.11.02
A referência a CDA, como homenagem pelo seu centenário, teria terminado no post anterior, se não me tivesse caído nas mãos a Megazine de terça-feira 29/ 11, de O Globo que trazia o resultado do concurso Prêmio Jovem Drummond, na categoria melhor poema. Trata-se de Rafael da Silva Ferreira, de 21 anos, que cursa o 2º ano no Instituto de Educação Deputado Luiz Pinto, em Valença. Como já disse anteriormente, não só os poetas tradicionais freqüentam meu blog; estão sempre aqui também os poetas novos, já reconhecidos pela crítica; os poetas que ainda procuram seu espaço e os aspirantes a poetas, ou seja, os que gostariam de ser poetas. Diante disso, trago aqui para vocês o Rafael, ganhador do Prêmio Jovem Drummond, com uma poesia leve, de ritmo marcado, doce e terna.
Águas Correntes
Águas correntes, divinos murmúrios, Carregam consigo segredos infindos. Rolando entre pedras as águas dos rios Completam o encanto de dias bem-vindos. Assim são levados pra longe, bem longe, Os breves instantes de amor e ternura. Assim são trazidos pra perto, bem perto Momentos sagrados de sonho e candura. Águas correntes, por que me comovem Seus cânticos doces e seu deslizar? Por que sinto paz olhando e ouvindo Seu livre correr em busca do mar? Parece que somos duas almas gêmeas Que às vezes se encontram em algum lugar Depois se separam e assim continuam Você a correr e eu a sonhar?
Que tal? Aprovaram o novo poeta? Opinem no "Comentar?" Posso esperar? Abraços.
publicado
por Magaly Magalhães às 11:35 PM
31de outubro, em verdade, o dia do CDA . 1902 - ano em que nasceu Drummond , o que seria um dos expoentes de nossa poesia.
"Doce fantasma, por que me visitas? (...)Tua visita ardente me consola? Tua visita ardente me desola Tua visita, apenas uma esmola" Trecho poético sobre o conhecimento amoroso transformado no desespero dos amores destruídos pelo Tempo.
"Fortuna, ó Glória, se evapora, e a glória se esvanece, Glória (...) Há de restar, Glória - ossatura, desfeita embora em linha espúria - de modo, Glória, que a criatura, morta, de amor ostente a fúria." A poesia ligada aí à ilusão da glória e aos caprichos sem explicação da fortuna.
"Vive dando cabeçada. navegou mares errados, perdeu tudo que não tinha, Amou a mulher difícil, (...) este, o triste cavaleiro de tristíssima figura (...)" Sentimento incômodo de ter tido no berço o Anjo Torto que o destinava a ser o desajeitado sem perdão pela vida toda. Na realidade, Quixote fazendo parte de sua temática sentimental.
"No coração da pedra uma palavra estava escrita em ferro de linguagem um juramento como só as pedras sabem jurar, sozinhas na paisagem. Que voz, como a da pedra, se levanta, cor e som de hematita no meu peito, e segue no teu rumo e te acompanha, a dizer, sempre e sempre, o sempre amor? O poeta voltaria neste poema a mencionar a "pedra".
E, assim, múltiplo, sentimento e eficiência a serviço de sua prodigiosa inspiração, logrou Drummond deixar -nos um belo legado em prosa e verso, enobrecendo nossa literatura.
Drummond merece, pela sua atuação no meio literário, todas as honras imagináveis.
Até mais, vocês, que me lêem tão complacentemente, um bom fim de semana.
Obs.: Queria ter postado ainda no dia 31, mas o tempo escorre pelas minhas mãos e haja trabalho para retê-lo, sem apelação!