Divulgar idéias próprias, combater o discurso invertido corrente, aprender a dividir, expor sentimentos,
trazer poesia ao dia-a-dia, eis a abrangente ação deste veículo de idéias. De tudo, um pouco - minha meta.
 

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18.9.06
 


The Roses of Heliogabalus Oil Painting
de Lawrence Alma Tadema

CINCO ANOS DE EFICI�NCIA EM BLOG

Estamos diante de um exemplo de efici�ncia em padr�o alt�ssimo. Trata-se do blog SUBROSA que faz seu primeiro q�inq��nio com a mesma for�a e vibra��o dos seus primeiros anos.

O SUBROSA �, sem d�vida, o exemplo vivo da intrepidez com que sua dign�ssima propriet�ria, a professora, cr�tica e fil�sofa Meg Guimar�es conduz suas aprecia��es, suas pesquisas, suas entrevistas e dicas visando sempre a descobrir blogueiros promissores revestindo tudo de um humor colorido e irresist�vel.

A poesia tem no Subrosa um lugar de excel�ncia, tanto que a Meg est� sempre a repetir: *Fora da poesia n�o h� salva��o*. E, realmente, � imposs�vel pensar em Meg sem fazer essa ila��o, tanto que fa�o uma pausa para inserir:

De William Blake:

INJUNCTION

The Angel that presided o�er my birth
Said: *Little creature, formed of joy and mirth,
Go, love without the help of anything on earth.*

e

LOVE�S SECRET

Never seek to tell thy love,
Love that never told can be:
For the gentle wind does move
Silently, invisibly.

I told my love, I told my love,
I told her all my life;
Trembling, cold, in gastly fears,
Ah! She did depart!

Soon as she was gone from me,
A traveller came by,
Silently, invisibly:
He took her with a sigh.

� dif�cil continuar falando do Subrosa sen�o por meio de poemas que levar�o � Meg sua atmosfera encantat�ria, onde ela respira livremente e se realimenta.



De Charles Beaudelaire:


HARMONIE DU SOIR

(Les Fleurs du Mal, seconde �dition)

Voici venir les temps o� vibrant sur sa tige
Chaque fleur s'�vapore ainsi qu'un encensoir ;
Les sons et les parfums tournent dans l'air du soir ;
Valse m�lancolique et langoureux vertige !

Chaque fleur s'�vapore ainsi qu'un encensoir ;
Le violon fr�mit comme un coeur qu'on afflige ;
Valse m�lancolique et langoureux vertige !
Le ciel est triste et beau comme un grand reposoir.

Le violon fr�mit comme un coeur qu'on afflige,
Un coeur tendre, qui hait le n�ant vaste et noir !
Le ciel est triste et beau comme un grand reposoir ;
Le soleil s'est noy� dans son sang qui se fige.

Un coeur tendre, qui hait le n�ant vaste et noir,
Du pass� lumineux recueille tout vestige !
Le soleil s'est noy� dans son sang qui se fige...
Ton souvenir en moi luit comme un ostensoir !



De Florbela Espanca:


OS VERSOS QUE TE FIZ


Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer !
S�o talhados em m�rmore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.


T�m dol�ncia de veludos caros,
S�o como sedas p�lidas a arder ...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !


Mas, meu Amor, eu n�o tos digo ainda ...
Que a boca da mulher � sempre linda
Se dentro guarda um verso que n�o diz !


Amo-te tanto ! E nunca te beijei ...
E nesse beijo, Amor, que eu te n�o dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!



De Carlos Drummond de Andrade


CONSIDERA��O DO POEMA


N�o rimarei a palavra sono
com a incorrespondente palavra outono.
Rimarei com a palavra carne
ou qualquer outra, que todas me conv�m.
As palavras n�o nascem amarradas,
elas saltam, se beijam, se dissolvem,
no c�u livre por vezes um desenho,
s�o puras, largas, aut�nticas, indevass�veis.

Uma pedra no meio do caminho
ou apenas um rastro, n�o importa.
Estes poetas s�o meus. De todo o orgulho,
de toda a precis�o se incorporam
ao fatal meu lado esquerdo. Furto a Vinicius
sua mais l�mpida elegia. Bebo em Murilo.
Que Neruda me d� sua gravata
chamejante. Me perco em Apollinaire. Adeus, Maiakovski.
S�o todos meus irm�os, n�o s�o jornais
nem deslizar de lancha entre cam�lias:
� toda a minha vida que joguei.

Estes poemas s�o meus. � minha terra
e � ainda mais do que ela. � qualquer homem
ao meio-dia em qualquer pra�a. � a lanterna
em qualquer estalagem, se ainda as h�.
* H� mortos? h� mercados? h� doen�as?*
� tudo meu. Ser explosivo, sem fronteiras,
por que falsa mesquinhez me rasgaria?
Que se depositem os beijos na face branca, nas principiantes rugas.
O beijo ainda � um sinal, perdido embora,
da aus�ncia de com�rcio,
boiando em tempos sujos.

Poeta do finito e da mat�ria,
cantor sem piedade, sim, sem fr�geis l�grimas,
boca t�o seca, mas ardor t�o casto.
Dar tudo pela presen�a dos long�nquos,
sentir que h� ecos, poucos, mas cristal,
n�o rocha apenas, peixes circulando
sob o navio que leva esta mensagem,
e aves de bico longo conferindo
sua derrota, e dois ou tr�s far�is,
�ltimos! esperan�a do mar negro.
Essa viagem � mortal, e come��-la.
Saber que h� tudo. E mover-se em meio
a milh�es e milh�es de formas raras,
secretas, duras. Eis a� meu canto.

Ele � t�o baixo que sequer o escuta
ouvido rente ao ch�o. Mas � t�o alto
que as pedras o absorvem. Est� na mesa
aberta em livros, cartas e rem�dios.
Na parede infiltrou-se. O bonde, a rua,
o uniforme de col�gio se transformam,
s�o ondas de carinho te envolvendo.

Como fugir ao m�nimo objeto
ou recusar-se ao grande? Os temas passam,
eu sei que passar�o, mas tu resistes,
e cresces como fogo, como casa,
como orvalho entre dedos,
na grama, que repousam.

J� agora te sigo a toda parte,
e te desejo e te perco, estou completo,
me destino, me fa�o t�o sublime,
t�o natural e cheio de segredos,
t�o firme, t�o fiel... Tal uma l�mina,
o povo, meu poema, te atravessa.

Ficam por aqui, Meg, nossos louvores a voc� e ao Subrosa. Que sua dedica��o e amor � cultura continuem a desempenhar com f�lego e sabedoria esse precioso trabalho nessa �rea t�o promissora, abrindo caminhos aos que t�m aptid�o e vontade de crescer.

Felizes trilhas, felizes resultados, FELICIDADES.

E aguardemos o dia de amanh�, 19 de setembro, o quinto ano de vida do valente SUBROSA.


publicado por Magaly Magalhães às 5:30 PM
13.9.06
 

UMA PAUSA PREVISTA


Chegou a hora de dar meu adeusinho a voc�s. Claro que vou sentir um bocado, mas a maratona que me espera vai me deixar em tal roda viva que n�o vou ter muita folga para as saudades. Quando voltar, virei cheia de novidades e, ent�o, descontaremos o tempo de aus�ncia.
Deverei estar sem internet j� na pr�xima semana. Ent�o, quero deixar um abra�o apertado a cada um de voc�s e um desejo profundo de que voc�s se conservem felizes neste meu per�odo de afastamento.

Deixo tamb�m uns poeminhas meus pra quem gosta de versos. N�o ficaram muito tempo em quarentena, como gosto que fiquem, mas tenho que fechar tudo pra balan�o. Aproveitem e sugiram altera��es. Quando estiver de volta considerarei as sugest�es apresentadas.

Pena que s�o versos tristes, mas a saudade trai a gente mesmo. � o companheiro da vida inteira que n�o volta. � o filho ausente que faz anivers�rio. Quem sabe, depois dessas mudan�as que come�o a acionar, meus versos tomem cores mais leves e saibam a alegria?


DESEJOS V�OS

Ao T�o


Vontade de estar contigo,
desejo de ouvir tua voz.
Desgaste n�o ver sentido
no que fa�o, no que olho,
no que paira sobre n�s.

Parem a m�sica! Parem a dan�a!
Quero estar s� com meus ais.
Voltar � fase crian�a...
N�o v�em que peno e choro
a dor de n�o t�-lo mais?!

Hoje sou s� uma sombra
a preencher os desv�os
da vida que inda me honra.
Reflito, medito e oro.
O resto... desejos v�os...

31/ 05/06, Rio de Janeiro



EST�V�O 2006


Dia frio, molhado, lacrimoso.
Recolho lembran�as, choro saudades.
Tento reunir retalhos da tua imagem,
recompor tua face de mand�bulas rijas,
nelas ancorado sempre aquele teu riso
espont�neo, pronto a soltar-se com alarde
ou a desfazer-se de mansinho,
preludiando algo l�dico e prazeroso.

Quanta falta me tens feito!
Tr�s anos de desalentada aus�ncia.
Meninos continuam meninos,
homens, mulheres (poucos os de boa vontade)
continuam por a�.
Sem ti.

Em familia, �s lembrado
com a ternura de sempre e
a cada evoca��o recebemos contentes
os chuviscos de alegria que da� esparzes

Feliz dia de teu anivers�rio, filho,
enquanto durar meu ex�lio aqui.

04 /08 /2006, Rio de Janeiro
E,
para n�o dizer que s� falei de tristezas e saudades, deixo este poema de um tempo mais ing�nuo.



O POETA E A LUA


Solta a lua na noite aberta, desce e
vem prender-se a alado ser � sua espera
�brios um do outro e transl�cidos
planam juntos, a lua e o poeta.


- Preciso de tua luz compensadora
sou um oceano de revoltas emo��es.
S� tua reveladora claridade
pode ater-me � vida nessas condi��es.


- Tua eu sou, poeta ensandecido,
mas n�o s� tua, de todos os poetas
carentes de frios raios de luz
a atenuar-lhes a fervescente verve.


- Vem, fa�amos uma fina parceria,
a vida � fugaz e me deixa alerta.
Em sua eternidade, como poderia ela
ser s� minha se haver� sempre poetas?

1998 / Rio de Janeiro

Beijos, beijos, beijos.


Antes de finalizar, quero lembrar a todos que o SUBROSA faz seu 5� anivers�rio no pr�ximo dia 19 e que vai haver festa. Vamos todos l� dar nosso Viva ao blog mais palpitante da internet?

E mais: o Subrosa lan�a um post revelador. Vale constatar o que digo. Corram l�.

E v�o tamb�m ao CIRCULANDO para ler: *Cidad�o, assuma-se e confirme*.


publicado por Magaly Magalhães às 11:09 PM